A maioria das pneumonias dos animais é adquirida pelo ar e nesse tipo de infecção é muito importante o isolamento dos animais. | |||
A pneumonia enzoótica dos bezerros é o nome utilizado para designar a doença respiratória infecciosa. É observada normalmente em animais jovens com menos de 6 (seis) meses de idade, podendo ocorrer em animais de até 1 ano. Geralmente a doença tem ligação direta com fatores estressantes, como temperatura, lotação, desmame e transporte, que reduzem a imunidade dos animais e facilita a infecção viral primária e depois uma infecção bacteriana secundária no trato respiratório. O principal agente envolvido é a Pasteurella multocida, também chamada de Pasteurelose. A ingestão dos anticorpos através do colostro é de grande importância para a prevenção das pneumonias, tanto quanto as medidas de manejo adequadas para se evitar o estresse dos animais. Broncopneumonia A pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar que quase sempre é acompanhada pela inflamação dos bronquíolos (broncopneumonia). As manifestações clínicas são: aumento da frequência respiratória, tosse, sons respiratórios anormais e, nos casos de infecções bacterianas, evidências de toxemia e febre. As pneumonias podem ser causadas principalmente por vírus, bactérias, uma combinação de ambos, verminose e fungos. A maioria das pneumonias dos animais é adquirida pelo ar e nesse tipo de infecção é muito importante o isolamento dos animais acometidos a fim de se detectar a doença em seu estágio inicial. O tratamento com antibióticos é bastante eficaz no caso de pneumonias bacterianas e os quadros normalmente são revertidos em 24 a 48 horas. Pneumonia verminótica, bronquite verminótica (Dictiocaulose) A invasão dos pulmões de bovinos pelo Dictyocaulus viviparus resulta no desenvolvimento da pneumonia verminótica. Essa enfermidade deve ser diferenciada das pneumonias causadas por bactérias e vírus, pois não responde bem aos tratamentos frente a estes agentes infecciosos. Em bovinos essa doença é mais comum em animais criados a pasto, principalmente os mais jovens e de origem Européia, porém, surtos graves da forma aguda, são mais comuns em animais adultos. Os sinais incluem respiração rápida e superficial, tosse constante, secreção nasal e temperatura elevada. O animal apresenta-se ativo, contudo, mostra dificuldade em se alimentar, devido aos distúrbios respiratórios. A evolução da doença é rápida e dentro de 24 horas, a dificuldade respiratória se torna muito evidente. Inflamação dos pulmões e intestinos (pneumoenterite) Vários tipos de pneumonias dos bovinos podem ter como alguns de seus sintomas as enterites e consequentemente diarreias. A pneumonia verminótica quase sempre está acompanhada por diarreia nos animais. Os sinais comuns são febre, falta de apetite, secreção nasal, ruídos pulmonares e diarreia. A utilização de antibióticos de amplo espectro é muito importante para atingir os micro-organismos presentes no trato respiratório e nos intestinos. Predisposição dos animais à enfermidade Os animais mais predispostos a estas enfermidades são da espécie Bos taurus, ou comumente chamados de “europeus”, em especial os animais utilizados na produção leiteira, como o Holandês e o Jersey. Grandes aglomerações de animais também predispõem à ocorrência da doença, devido a um maior contato entre eles. Este fato é muito observado nos confinamentos, muito comuns nesta época do ano. Os animais que chegam para o confinamento, muitas vezes são transportados por longas distâncias, muitas vezes enfraquecidos e estressados, esta condição associada ao manejo e o clima de inverno, onde os dias são quentes e as noites frias contribuem para a ocorrência de pneumonia nos confinamentos. É possível observar grupos de animais tossindo, mais de 50% dos animais com pneumonia vão apresentar sintomas logo nos primeiros 15 dias. Tratamentos O tratamento vai depender da causa e etiologia da doença. Para as pneumonias de origem viral, como as causadas por IBR, BVD, PI3 e Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV), é utilizada a vacinação do rebanho como medida preventiva. Nas bacterianas, o uso de antimicrobianos é de extrema importância, sendo os mais eficazes as penicilinas, sulfas e quinolonas. Na parasitária, o uso de sulfóxido de albendazol tem mostrado excelentes resultados, podendo também ser usadas as ivermectinas. Em casos mais graves e com comprometimento do estado geral do animal, devemos fazer um tratamento auxiliar com a utilização de soros, antipiréticos e antiinflamatórios. Disponível em http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?data=24/07/2010&id=22266&secao=Gestão |
Neste Blog fazemos: 1- Atualização sobre a ocorrência de doenças de importância em Veterinária e em Saúde Pública em todo o mundo. 2- Troca de informações sobre: Doenças Infecciosas, Zoonoses, Saneamento Ambiental, Defesa Sanitária Animal (Legislação e Programas Sanitários do Ministério da Agricultura) e demais assuntos relacionados à sanidade e Saúde Pública. Este blog se destina a discutir a saúde animal dentro dos seus mais variados aspectos.
domingo, 25 de julho de 2010
Pneumonia Bovina
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