MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COORDENAÇÃO GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIAS E IMUNOPREVENÍVEIS
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NOTA TÉCNICA N.º 15/2010/COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS
Assunto: A Organização Mundial da Saúde (OMS) decreta em 10/08/2010 o início da fase pós-pandêmica do vírus Influenza Pandêmica (H1N1) 2009.
1. Nessa terça-feira, 10 de agosto de 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o início da fase pós-pandêmica da gripe H1N1 (Figura abaixo). Isso significa que o vírus continua circulando no mundo, mas junto com outros vírus sazonais (da gripe comum) e em intensidade diferente entre os países. Alguns países, como a Índia e Nova Zelândia, ainda tem apresentado epidemia pela gripe H1N1. De acordo com a OMS, o monitoramento epidemiológico mostrou que o vírus H1N1 não sofreu mutação para formas mais letais, a resistência ao antiviral fosfato de oseltamivir não se desenvolveu de forma importante e a vacina se mostrou uma medida eficaz para proteger a população.
Fonte: http://www.who.int/en/. Acesso em 10/08/2010.
2. Essas evidências contribuíram para a decisão de mudar o nível de alerta para fase pós-pandêmica. No entanto, a OMS alerta que, mesmo com a mudança de nível, o monitoramento e as ações preventivas devem continuar, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis para desenvolver formas graves da doença, como gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças menores de dois anos. "A vigilância contínua é extremamente importante", orientou a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que ressaltou a importância da vacinação no enfrentamento da pandemia.
3. O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforça as recomendações da OMS e destaca a vacinação recorde realizada no Brasil. “Fizemos um imenso esforço conjunto e conseguimos vacinar, em apenas três meses, 88 milhões de pessoas. Isso nos permite ter todos os índices de gripe em queda e a demanda por atendimento médico por doenças respiratórias está menor que o esperado para esta época do ano”, afirma o ministro. Ele ressalta, no entanto, que é necessário continuar monitorando a circulação do vírus e manter os cuidados típicos do período do inverno, como os hábitos de higiene.
4. A análise dos indicadores qualitativos informados à OMS revela, além da queda de demanda por atendimento médico, que o Brasil apresenta, atualmente, uma intensidade baixa a moderada na proporção de pessoas com doenças respiratórias agudas.
5. No Brasil, no ano epidemiológico de 2009, foram confirmados 46.100 casos e 2.051 óbitos por influenza pandêmica. De 1º de janeiro a 31 de julho de 2010, foram confirmados 95 óbitos e 753 casos de influenza pandêmica em pacientes hospitalizados e, desde o mês de março, observa-se uma redução no número dos casos graves e óbitos pela influenza pandêmica em todo o país. Essas informações mostram que ações adequadas de vigilância, como a estratégia de vacinação desenvolvida, resultam positivamente para o controle da doença. No entanto, seguindo orientações da OMS, o Ministério da Saúde manterá, junto com os estados e os municípios, o monitoramento da gripe H1N1.
6. Mesmo com estes resultados positivos, é importante que as ações de controle e prevenção no país não sejam minimizadas, somente sejam adequadas para a nova fase. Portanto, a população deve continuar adotando hábitos de higiene (como lavar as mãos freqüentemente e usar lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ter atenção especial com crianças, gestantes, portadores de doenças crônicas (como cardiopatias, diabetes, nefropatias e outras) e idosos. Ao surgirem sinais de gripe ou resfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.
7. Em relação à rotina de vigilância de influenza, as secretarias estaduais e municipais de saúde devem priorizar:
a) O monitoramento de eventos incomuns;
b) A investigação de casos graves individuais ou em situações de surto;
c) O monitorando das infecções respiratórias agudas e vírus circulantes;
d) A manutenção e atualização dos fluxos de informações.
8. Para maiores esclarecimentos, a área técnica nacional de influenza se coloca a disposição através do correio eletrônico gripe@saude.gov.br.
Brasília, 11 de agosto de 2010.
Recebido por e-mail de Marcelo M. Pinto
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