quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decreta em 10/08/2010 o início da fase pós-pandêmica do vírus Influenza Pandêmica (H1N1) 2009


MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COORDENAÇÃO GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIAS E  IMUNOPREVENÍVEIS

SCS, Quadra 04, Edifício Principal, 2º andar – CEP: 70.304-000
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NOTA TÉCNICA N.º 15/2010/COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS

Assunto: A Organização Mundial da Saúde (OMS) decreta em 10/08/2010 o início da fase pós-pandêmica do vírus Influenza Pandêmica (H1N1) 2009.

1. Nessa terça-feira, 10 de agosto de 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o início da fase pós-pandêmica da gripe H1N1 (Figura abaixo). Isso significa que o vírus continua circulando no mundo, mas junto com outros vírus sazonais (da gripe comum) e em intensidade diferente entre os países. Alguns países, como a Índia e Nova Zelândia, ainda tem apresentado epidemia pela gripe H1N1. De acordo com a OMS, o monitoramento epidemiológico mostrou que o vírus H1N1 não sofreu mutação para formas mais letais, a resistência ao antiviral fosfato de oseltamivir não se desenvolveu de forma importante e a vacina se mostrou uma medida eficaz para proteger a população.

Fonte: http://www.who.int/en/. Acesso em 10/08/2010.

2. Essas evidências contribuíram para a decisão de mudar o nível de alerta para fase pós-pandêmica. No entanto, a OMS alerta que, mesmo com a mudança de nível, o monitoramento e as ações preventivas devem continuar, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis para desenvolver formas graves da doença, como gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças menores de dois anos. "A vigilância contínua é extremamente importante", orientou a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que ressaltou a importância da vacinação no enfrentamento da pandemia.

3. O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforça as recomendações da OMS e destaca a vacinação recorde realizada no Brasil. “Fizemos um imenso esforço conjunto e conseguimos vacinar, em apenas três meses, 88 milhões de pessoas. Isso nos permite ter todos os índices de gripe em queda e a demanda por atendimento médico por doenças respiratórias está menor que o esperado para esta época do ano”, afirma o ministro. Ele ressalta, no entanto, que é necessário continuar monitorando a circulação do vírus e manter os cuidados típicos do período do inverno, como os hábitos de higiene.

4. A análise dos indicadores qualitativos informados à OMS revela, além da queda de demanda por atendimento médico, que o Brasil apresenta, atualmente, uma intensidade baixa a moderada na proporção de pessoas com doenças respiratórias agudas.

5. No Brasil, no ano epidemiológico de 2009, foram confirmados 46.100 casos e 2.051 óbitos por influenza pandêmica. De 1º de janeiro a 31 de julho de 2010, foram confirmados 95 óbitos e 753 casos de influenza pandêmica em pacientes hospitalizados e, desde o mês de março, observa-se uma redução no número dos casos graves e óbitos pela influenza pandêmica em todo o país. Essas informações mostram que ações adequadas de vigilância, como a estratégia de vacinação desenvolvida, resultam positivamente para o controle da doença. No entanto, seguindo orientações da OMS, o Ministério da Saúde manterá, junto com os estados e os municípios, o monitoramento da gripe H1N1.

6. Mesmo com estes resultados positivos, é importante que as ações de controle e prevenção no país não sejam minimizadas, somente sejam adequadas para a nova fase. Portanto, a população deve continuar adotando hábitos de higiene (como lavar as mãos freqüentemente e usar lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ter atenção especial com crianças, gestantes, portadores de doenças crônicas (como cardiopatias, diabetes, nefropatias e outras) e idosos. Ao surgirem sinais de gripe ou resfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

7. Em relação à rotina de vigilância de influenza, as secretarias estaduais e municipais de saúde devem priorizar:

a) O monitoramento de eventos incomuns;
b) A investigação de casos graves individuais ou em situações de surto;
c) O monitorando das infecções respiratórias agudas e vírus circulantes;
d) A manutenção e atualização dos fluxos de informações.
8. Para maiores esclarecimentos, a área técnica nacional de influenza se coloca a disposição através do correio eletrônico gripe@saude.gov.br.

Brasília, 11 de agosto de 2010.


Recebido por e-mail de Marcelo M. Pinto

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