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PanoramaBrasil
SÃO PAULO - Os preços da carne nos açougues ficaram 11,51% mais altos em novembro na comparação com outubro, informou ontem (27) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). Conforme o Índice de Preços no Varejo (IPV), a elevação é a maior já registrada no setor desde o início da pesquisa, em dezembro de 2004. O IPV teve alta de 0,85% em novembro ante outubro, a maior já anotada para o mês. Em 2010, o indicador acumula alta de 4,28%.
As carnes bovinas foram as que tiveram a maior valorização em novembro, com alta de 13,37%. As carnes suínas e as aves ficaram, respectivamente, 6,47% e 3,78% mais caras. No ano, o preço das carnes já acumula alta de 30,55%. A assessora econômica da Fecomércio, Júlia Ximenes, destaca que o aumento do preço da carne não se deve a pressões inflacionárias. "A elevação dos preços se deve à valorização das proteínas animais no exterior, o que impulsiona o preço interno", comenta. "As questões climáticas, como a seca nos pastos e as instabilidades que, ao longo do ano, prejudicaram as safras de commodities como o milho e a soja, produtos que servem de ração para os animais, são outro agravante", disse Júlia.
Em novembro, o pãozinho e os demais produtos de panificação subiram 0,5% e completaram 13 meses de elevação consecutiva. "Além disso, os preços de doces, bebidas, frios e laticínios estão maiores que nos meses anteriores", disse Júlia. Para a economista, o encarecimento do pãozinho se deve ao fato de o Brasil não produzir trigo suficiente para suprir a demanda interna, precisando importá-lo. "Além disso, a Rússia, principal exportador mundial, está passando por uma seca que a fez suspender as vendas."
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