terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sebrae lança manuais sobre engorda e reprodução do pirarucu



Piscicultores interessados em criar o pirarucu em cativeiro já contam com duas importantes ferramentas. Trata-se de dois manuais que oSebrae desenvolveu sobre 'Reprodução' e 'Engorda' do peixe. A bibliografia voltada para a espécie Pirarucu é pioneira no mundo, segundo informações do Sebrae. Neste primeiro momento, o material está disponível no site setorial de Aquicultura e Pesca -www.sebrae.com.br/setor/aquicultura-e-pesca. Em breve o material também estará disponível, na versão impressa, nas unidades estaduais do Sebrae na Região Norte.



O pirarucu, um dos símbolos da Bacia Amazônica e o maior peixe escamado de água doce do mundo, é também a maior fonte de renda de grande parte das famílias ribeirinhas da Região Norte do País. No entanto, a pesca extrativista vem reduzindo fortemente os estoques naturais desse peixe. Para encontrar soluções sustentáveis que diminuam o impacto ambiental e gerem mais renda para a comunidade, foi criado em 2007 o Projeto Integrado de Desenvolvimento do Pirarucu da Amazônia, cujo foco foi descobrir melhores práticas de criação do pirarucu em cativeiro.

O resultado final do projeto consolidou-se, neste ano, em dois manuais, sendo um voltado para a reprodução e outro focado na engorda da espécie. As informações contidas no material são provenientes dos trabalhos de observação realizados, durante três anos, tanto pelos pesquisadores quanto pelos piscicultores participantes do projeto. Neste período foram implantadas unidades de criação do peixe em propriedades particulares, localizadas em seis estados do Norte do País: Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.

"A proposta era buscar respostas, como a melhor forma de engorda do peixe, o aumento de reprodução em cativeiro, formas de manejo, e até mesmo verificar como seria sua comercialização", explica José Altamiro da Silva, coordenador nacional do projeto. Segundo ele, até hoje, não existia bibliografia baseada em experiências de criação do pirarucu em cativeiro. "Optamos por trabalhar com essa espécie por não existir material específico, pelo fato do peixe estar ameaçado de extinção e ter bom aproveitamento da carcaça."

Altamiro explica que o custo de criação do pirarucu é muito alto, o que resulta em prejuízo, caso o piscicultor não tenha noções de boas práticas para lidar com o peixe. "Após a consolidação e a divulgação desses conhecimentos, será possível aos empreendedores interessados investir na atividade com maior segurança, tanto no âmbito da produção quanto no da comercialização."

Os piscicultores participantes do projeto permitiram que fossem instaladas unidades de observação em suas propriedades. Em contrapartida receberam do Sebrae consultoria e capacitação técnica. Também foram aportados recursos por ambas as partes. Os consultores era responsáveis por ir a campo e acompanhar e coletar informações sobre a evolução do animal. "O atual material, que é inédito, traz o passo a passo, desde o povoamento até a comercialização do pirarucu", garante o consultor do projeto Eduardo Ono.

CONTEÚDO

Os dois manuais possuem pouco mais de 40 páginas e trazem fotos e informações sobre o histórico da reprodução do pirarucu em cativeiro, resultado de pesquisa referente a reprodução, estratégias de manejo de reprodutores, identificação de sexo e condições climáticas e físicas necessárias.

Com o manual que trata da engorda do pirarucu, o piscicultor tem acesso, por exemplo, ao resumo dos resultados obtidos nas engordas do peixe no Projeto Estruturante, nos diferentes sistemas de produção avaliados, incluindo os principais índices de desempenho zootécnico e econômico, além de informações sobre o manejo da qualidade da água, manejo nutricional e alimentar, viveiros escavados e açudes, e abate para comercialização. 

FONTE

Regina Xeyla - Jornalista

Links referenciados

www.sebrae.com.br/setor/aquicultura-e-pe
sca

www.agenciasebrae.com.br

www.sebrae.com.br

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