O protecionismo dos países europeus contra as importações de leite e derivados foi tema de debate ontem (01/02/11) em reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Setor Lácteo. O presidente do colegiado, Rodrigo Sant'anna Alvim, representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou que o objetivo é encontrar saídas para estabelecer um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). "O mercado de lácteos é muito imperfeito e os produtos brasileiros e do Mercosul como um todo precisam vencer dificuldades como os subsídios, as barreiras sanitárias e tributárias, que criam um verdadeiro monopólio por parte dos europeus".
Alvim disse que é necessário pensar em abrir o mercado, o que facilitaria a inserção dos produtos brasileiros no Mercosul e na Europa. "Tudo isso precisa ser resolvido em favor do crescimento e do desenvolvimento da pecuária leiteira e da produção nacional. Mais do que fazer uma adequação aos impasses que estamos sofrendo é necessário pensar em abrir mercado", observou.
Uma das questões levantadas na reunião foi a restrição que a UE faz quanto à identificação geográfica de produtos derivados do leite como os queijos parmesão, gorgonzola e muçarela. Eles rejeitam, segundo o presidente da Câmara Setorial, até mesmo a importação de produtos que mencionem a palavra "tipo", estabelecendo uma classificação genérica.
O representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Neto, classifica essas dificuldades criadas, como "uma tática de protecionismo, e é um dos temas mais controversos para se chegar a um acordo com o Mercosul".
FONTE
Lourenço Canuto - Repórter
Lana Cristina - Edição
Links referenciados
www.canaldoprodutor.com.br
www.brasilcooperativo.com.br
www.agenciabrasil.gov.br
europa.eu/index_pt.htm
www.mercosur.int
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