Filipa Alves (22-06-11
Cientistas americanos chegaram à conclusão que os pelos dispersos que estes mamíferos voadores têm nas asas funcionam como sensores informando-os sobre os fluxos de ar, o que lhes permite adequar o voo de acordo com as suas características. O próximo passo é criar sensores sintéticos equivalentes que possam ser utilizados em aviões.
Um conjunto de investigadores americanos publicou recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences um estudo que se apresenta como uma importante contribuição para aproximar o Homem da sua “velha” pretensão de construir aviões que voem como morcegos, mestres da arte de voar.
A equipa de biólogos das Universidades de Maryland e de Ohio conseguiu, através de um conjunto de experiências realizadas em laboratório compreender qual a função dos pelos dispersos que os morcegos têm nas asas, que são invulgares porque estão ligados a receptores sensoriais, e que se suspeitava que poderiam ser importantes para o voo.
Os resultados de Susanne Sterbing-D’Angelo e colegas revelaram que os pelos em questão funcionam como sensores dos fluxos de ar, permitindo-lhes adequar os padrões de voo de acordo com as suas características, com a sua remoção a impedir os animais de alterar rapidamente a direcção e a torná-los mais lentos.
Compreender como funcionam estes pelos é o primeiro passo para criar, recorrendo à engenharia, sensores artificiais equivalentes que melhorem as faculdades de voo dos aviões.
As experiências deste estudo foram realizadas com duas espécies: Epesicus fuscus e Carollia perspicillata.
Fonte: news.sciencemag.org
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