Nesta quinta-feira( 22), comemora-se o Dia Mundial da Água, um recurso fundamental para a vida no planeta e, consequentemente, para a atividade agrícola. Por isso, cabe delinear a importância do manejo adequado da irrigação para a economia de água.
A quantidade correta de água e o momento exato da irrigação são pontos-chave em um manejo adequado que, além de favorecer a economia de água e energia, pode assegurar um melhor desempenho em termos de produtividade e qualidade das hortaliças.
Contudo, para que a irrigação seja eficiente e resulte em impactos positivos na lavoura, é necessário um leque de informações relacionadas não somente ao cultivo, como também às condições edafoclimáticas. Clima e solo são fatores determinantes quando se trata de escolher o método de manejo de água mais apropriado para a irrigação.
O pesquisador Waldir Marouelli, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), explica que há métodos de manejo da água de irrigação em que se utilizam informações climáticas, como temperatura, umidade relativa do ar, vento e radiação solar, para calcular a quantidade de água que a planta consome e há métodos em que se monitora somente a umidade do solo. “Porém, neste
caso, quem determina se a secagem do solo é mais rápida ou mais lenta é a planta que, inexoravelmente, está sendo afetada pelos fatores climáticos”, elucida.
A analogia do pesquisador Marcos Braga, também da Embrapa Hortaliças, facilita o entendimento desse mecanismo de demanda hídrica das plantas.
“Elas funcionam basicamente como as pessoas que, em dias mais quentes e secos, consomem mais água e vice-versa”, correlaciona.
Por isso, quando o agricultor não reavalia constantemente tais condições durante o cultivo e simplesmente estabelece um critério fixo para a irrigação, ele deixa de otimizar o uso da água e o ganho com a produção.
“Na horticultura, por exemplo, o produtor que não utiliza nenhum controle da irrigação e passa a adotar alguma técnica para manejo, como avaliar as condições climáticas ou empregar um sensor de umidade do solo, na média geral, obtém um aumento de 10 a 30% da produtividade”, estima Marouelli.
Ele acrescenta que, por sua vez, a redução do uso de água e energia gira em torno de 20-30%.
Todavia, como o gasto que o produtor tem com água e energia é muito menor diante dos recursos despendidos com a exigência nutricional e fitossanitária das plantas, ele acaba por irrigar em excesso e, com isso, favorece a incidência de doenças e compromete o pleno desenvolvimento das plantas. “O ponto de equilíbrio é importante porque a irrigação em excesso pode causar a lixiviação de nutrientes e, com o prejuízo da parte nutricional, a planta fica mais fraca e mais suscetível a doenças”, pontua Braga.
Para alteração deste cenário, faz-se necessária a conscientização dos produtores. “A pesquisa ainda tem muito por fazer, mas já existe uma imensa quantidade de informação que não está sendo utilizada. Por isso, é preciso minimizar o gargalo na transferência e na adoção das tecnologias disponíveis e recomendadas”, finaliza Marouelli.
Texto de Paula Rodrigues(MTb 61.403/SP), da Embrapa , publicado pelo EcoDebate, 22/03/2012
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