Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 29/11/2012 às 20:40
Até o final deste ano, o Pará deverá ser declarado área livre de febre aftosa, junto com os Estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. Essa é a expectativa de Hildegardo Nunes, secretário de Estado de Agricultura. Segundo ele, estudos da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) mostram que o Pará não registra indícios de febre aftosa em mais de 90% do seu território, configurando a área livre da doença pelos critérios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em dezembro, um relatório final sobre o quadro da aftosa no Brasil será encaminhado à Organização Mundial de Saúde Animal, responsável pela certificação internacional de ausência da doença.
Mais de 40 municípios das regiões sul e sudeste do Pará já não apresentam casos da doença. Recentemente, o inquérito sorológico realizado nas regiões Nordeste, Baixo Amazonas e Marajó não apontou a presença do vírus causador da aftosa.
Hildergado Nunes ressaltou que, agora, o importante é manter os resultados alcançados. “O maior desafio não é alcançar o status, e sim mantê-lo. Portanto, as campanhas de educação sanitária e de mobilização e conscientização dos produtores devem ser permanentes. Nós não podemos diminuir os esforços. Os produtores, em nenhum momento, podem descumprir as determinações, sob o risco de perdemos o andamento desse processo, o que ocasionaria perda financeira”.
Barreira - O secretário destacou ainda que o Pará está com o sistema de vigilância e monitoramento de barreia ativo, para impedir a entrada de animais contaminados, principalmente oriundos dos Estados do Amazonas, considerado área de médio risco, e do Amapá, ainda área de alto risco para aftosa.
O estudo da Adepará mostra, também, que o Pará aperfeiçoou as atividades de controle de trânsito, epidemiologia, controle de revendas e funcionamento dos escritórios de defesa sanitária. O diretor geral da Adepará, Mário Moreira, disse que era meta do governo estadual e dos produtores rurais atingir o status de zona livre de febre aftosa há mais de 15 anos.
A declaração e o reconhecimento internacional, ressaltou Mário Moreira, melhora a exportação da carne vermelha, atrai novos frigoríficos para o Estado e permite aos municípios investir em animais melhorados geneticamente.
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