quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Embargo da Rússia à carne brasileira deve continuar


A visita ao Brasil do primeiro-ministro da Rússia, Dimitri Medvedev, na semana que vem (18/fev), dificilmente resultará no fim do embargo imposto por Moscou às carnes procedentes de três Estados brasileiros, segundo fontes na capital russa. O mais provável é que a delegação russa acerte uma data para o envio de uma nova missão de veterinários ao Brasil.
O sentimento entre alguns exportadores brasileiros é que o terreno para isso foi pavimentado com a habilitação fitossanitária do trigo russo pelo Brasil e a redução, pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), da tarifa incidente sobre o produto por quatro meses, entre abril e julho. Além disso, o Brasil negocia a compra bilionária de um sistema de defesa antiaéreo russo.
Outro problema que não facilita o melhor acesso das carnes brasileiras ao mercado russo é o atraso do Brasil em enviar os documentos exigidos por Moscou sobre o caso do mal da “vaca louca” confirmado no Paraná no fim de 2012. A documentação foi pedida em encontro entre autoridades dos dois países em 16 de janeiro em Berlim e ainda não chegou a Moscou.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou esta semana o status do Brasil como país com ”risco insignificante” para ” vaca louca”, mas isso não garante o que o monitoramento é forte, como querem os russos. O limite de sensibilidade exigido pela Russia é muito baixo e não tem respaldo em padrões internacionais. A ideia é que em Brasilia seja discutido um limite comum. O tema está sendo examinado, mas se nada for resolvido, o risco de problemas no futuro tende a persistir.
A autoridade sanitária da Rússia formalizou o embargo sanitário sobre as carnes de três Estados do Brasil (Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso) em junho de 2011. Desabilitou também frigoríficos em outros Estados. No inicio de 2012, Moscou habilitou mais três unidades, de Goiás, Minas e Santa Catarina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário