Mais de 1,4 mil cavalos vão permanecer isolados na cidade.
O resultado dos exames que comprovariam a doença de mormo em dois cavalos participantes de 23ª edição do Congresso Brasileiro do Quarto de Milha e o 2ª Campeonato Latino-Americano da Raça do Quarto de Milha, em Avaré(SP), deu negativo. O resultado foi divulgado neste domingo (21) pela Departamento da Defesa Animal do Estado de São Paulo.
Os animais foram submetidos ao teste de Maleína. Uma substância reagente foi aplicada na pálpebra dos animais e, caso uma reação inflamatória ocorresse, a doença seria comprovada, o que não aconteceu.
Um dos cavalos foi analisado por veterinários da Secretaria Estadual da Agricultura e do Ministério da Agricultura ainda dentro do Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel, onde os dois eventos estavam sendo promovidos. Já o outro animal foi analisado no haras do proprietário, pois foi transportado antes do anúncio da resolução da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, que restringiu o trânsito de equinos no estado.
Com o resultado negativo de mormo nos dois cavalos, o recinto de exposições e a propriedade rural devem ser monitorados durante 45 dias, quando um novo exame será feito. Durante este período, mais de 1,4 mil cavalos de 349 criadores da raça Quarto de Milha de todo o país ficam retidos no parque de exposições.
Caso a doença fosse comprovada, os dois cavalos seriam sacrificados.
Entenda o caso
O Departamento de Defesa Animal do Estado de São Paulo confirmou um caso de mormo em um cavalo de Araçariguama (SP) no dia 13 de abril. Na última terça-feira (16), a instituição limitou a transição de cavalos no Estado de São Paulo e afirmou que o transporte só poderia ser feito mediante exames que comprovariam a inexistência de mormo nos animais.
Durante este período estava sendo realizado em Avaré a 23ª edição do Congresso Brasileiro do Quarto de Milha e do 2º Campeonato Latino-Americano da Raça Quarto de Milha. Durante exames realizados nos cavalos que participavam do evento, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo afirmou que dois animais estavam contaminados.
Os primeiros exames deram positivos, por isso medidas de segurança foram adotadas pelo órgão. Nenhum animal entrou ou saiu do Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel até a realização do segundo exame neste domingo (21).
Sobre a doença
O mormo é uma doença infectocontagiosa transmitida por uma bactéria que se aloja em animais equídeos, mas que podem também contaminar homens e outros animais como gato e cachorro.
A contaminação acontece através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como urina e fezes. O agente causador da doença pode penetrar através do organismo digestivo, respiratório ou cutânea e levar o animal a morrer.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais. A medida mais indicada pelos veterinários é isolar o animal que estiver com os sintomas dos outros ao perceber febre e emagrecimento rápido.
Não há cura para a infecção, mas a bactéria pode ser controlada. De acordo com veterinários da Defesa Agropecuária do estado, os medicamentos utilizados no tratamento são a base de sulfas.
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