O abatedouro móvel é uma solução para os pequenos produtores e associações que precisam do serviço do abate, contribuindo para diminuir o problema dos abates clandestinos
clique para ampliar Reunião do projeto Abatedouro Móvel (Foto: Embrapa)
A idealização, validação e transferência de tecnologia ao mercado do abatedouro móvel foram discutidas na semana passada na Embrapa Suínos e Aves. Como o nome diz, o abatedouro móvel é uma estrutura que pode ser transportada para um local fixo pré-determinado para o abate de animais, com a refrigeração e o miniprocessamento das carcaças e que garanta o tratamento dos efluentes, o bem-estar animal e a segurança dos trabalhadores.
O abatedouro móvel é uma parceria de cinco unidades da Embrapa (Gado de Corte - Campo Grande/MS, Caprinos e Ovinos - Sobral/CE, Pesca e Aquicultura - Palmas/TO, Pecuária Sul - Bagé/RS e Suínos e Aves - Concórdia/SC), Mapa, Cidasc, Epagri e das empresas Engemaq de Concórdia e Licitão de Florianópolis.
"O objetivo é que o abatedouro móvel agregue valor aos produtos cárneos, com garantia de segurança alimentar e inspeção sanitária, dando uma solução mais barata para os pequenos produtores e associações que precisam do serviço do abate e inclusive diminuindo o problema dos abates clandestinos", diz o supervisor de Articulação e Implantação de Tecnologias da Embrapa Suínos e Aves, Idair Piccinin. A intenção é construir três tipos de abatedouros, um destinado a suínos, bovinos e ruminantes; outro para aves e coelhos; e um terceiro modelo para peixes. "O momento agora é de buscar os recursos para a construção do protótipo. Depois será feita a validação dos modelos para essas diferentes espécies e o fomento para a instalação de arranjos produtivos locais para implantar os abatedouros móveis", continua Piccinin.
O abatedouro móvel é construído sobre a carroceria de um semirreboque, com um dispositivo de engate para tornar possível seu transporte por um caminhão. "A estrutura tem todos os equipamentos necessários para abate, refrigeração e miniprocessamento das carcaças com a utilização de materiais feitos de aço inoxidável, não contaminante", diz Daniel Galhart, engenheiro da empresa parceira Engemaq.
O primeiro protótipo do abatedouro móvel deve ser testado em um prazo máximo de 18 meses.
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