— Isso porque, quando uma bactéria entra na glândula, causa uma reação imunológica no animal e ele responde enviando células somáticas para o interior da glândula mamária. Essas células somáticas são do próprio corpo do animal, ou seja, do sistema imunológico. São células brancas que têm como finalidade destruir os agentes invasores — explica o professor. De acordo com ele, é possível identificar uma infecção analisando a presença de bactérias diretamente na glândula ou indiretamente através da contagem de células somáticas. Ele diz que se uma vaca apresenta contagem superior a 200 mil células para cada ml de leite, existe uma chance de mais de 90% de essa vaca estar infectada por uma bactéria. — Esse procedimento pode ser feito visualmente identificando e contando cada uma das células somáticas que estão presentes no leite. Nós coramos os núcleos dessas células e, utilizando o microscópio, é possível fazer a contagem. Esse é um método preciso, porém extremamente trabalhoso, caro e demorado — conta Machado. Para resolver essas dificuldades, foram criados equipamentos eletrônicos que fazem esse trabalho. Esses equipamentos são capazes de corar as células e realizar a contagem em alta velocidade, como fala o professor, que afirma existirem equipamentos que fazem quinhentas contagens por hora. — Todo rebanho possui vacas com mastite, mas o ideal é que o rebanho tenha, no máximo, 15% das vacas infectadas por bactérias. Muitas vezes, essas vacas não mostram sinais da infecção, é a chamada mastite subclínica. Algumas vacas, no entanto, mostram a presença da bactéria, a chamada mastite clínica. Portanto, a contagem somática identifica as vacas com mastite clínica, mas também as que apresentam a infecção subclínica. Com isso, o produtor sabe a real situação do seu rebanho — explica. Machado diz ainda que, além de ser extremamente importante para o produtor, a contagem de células somáticas também é importante para a indústria, já que a presença dessas células indica um leite de pior qualidade que oferecerá menor rendimento na produção de queijo. O professor afirma também que é importante coletar amostras a cada mês. — O ideal é que seja coletada uma amostra por mês de cada vaca. Com isso, é possível ter uma boa ideia da permanência da mastite no rebanho, da taxa de novas infecções e da taxa de cura, que, em conjunto, dão uma ideia da taxa de crônicas. Portanto, é possível ainda calcular coeficientes que dão toda a informação da situação de mastite no rebanho — explica. Já em relação ao custo do procedimento, o professor afirma ser uma prática barata que todo produtor deve fazer. Segundo ele, ela custa menos de R$ 2 por mês para cada vaca e, através do resultado obtido, o pecuarista pode adotar medidas que venham a salvar um animal de R$ 3 mil, por exemplo. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento de zootecnia da USP através do número (19) 3565-4047. Reportagem exclusiva originalmente publicada em 18/07/2011 | |||
Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Portal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia. http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?data=02/07/2013&id=24743&secao=Agrotemas |
Neste Blog fazemos: 1- Atualização sobre a ocorrência de doenças de importância em Veterinária e em Saúde Pública em todo o mundo. 2- Troca de informações sobre: Doenças Infecciosas, Zoonoses, Saneamento Ambiental, Defesa Sanitária Animal (Legislação e Programas Sanitários do Ministério da Agricultura) e demais assuntos relacionados à sanidade e Saúde Pública. Este blog se destina a discutir a saúde animal dentro dos seus mais variados aspectos.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Procedimento mais barato contra mastite
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário