O Globo Repórter desta sexta-feira, dia 8 de novembro, entrou na discussão que divide os brasileiros. Quem se alimenta melhor? Os que comem muita carne? Ou os vegetarianos?
"Com relação aos comentários feitos pela nutricionista Flávia Cyfer na edição do programa Globo Repórter desta sexta-feira (8/11), mencionando hormônios em aves, a União Brasileira de Avicultura (UBABEF) esclarece que não são utilizados hormônios na criação das aves no Brasil.
Seu crescimento é influenciado, principalmente, pelo melhoramento genético por seleção natural (com o cruzamento de animais de melhor ganho de peso), nutrição, ambiência e cuidados adequados. Não há qualquer adição de hormônios em sua criação.
A presença de hormônio em aves é um mito utilizado para justificar o crescimento e o menor tempo de abate dos frangos comerciais. Pesquisas mostram que a seleção genética é responsável por 90% da eficiência no ganho de peso. As evoluções nas áreas da genética e da nutrição (com base em dieta balanceada e eficiente), além do manejo nutricional e sanitário, resultam em uma ave que requer aproximadamente 1/3 do tempo e 1/3 do total de alimento de uma ave desenvolvida na década de 1950, por exemplo.
No Brasil há um rígido controle sanitário promovido anualmente pelo Ministério da Agricultura, por meio do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), com análises sobre a ocorrência de resíduos nos produtos – desde a implantação do PNCRC, nunca foram constatadas ocorrências de utilização de hormônios. Em seu último levantamento, foram realizadas 3,7 mil análises em aves voltadas para o consumo do mercado interno e para a exportação. Nenhuma das análises deu resultado positivo para substâncias de ação anabolizante – assim como as demais análises realizadas em anos anteriores. O levantamento promovido pelo MAPA é o principal atestado sobre o elevado padrão produtivo da avicultura brasileira.
A técnica também seria economicamente inviável, devido ao grande número de aves criadas para abate. Em 2012 a produção foi de 12,645 milhões de toneladas. O frango comercializado no Brasil é o mesmo vendido no mercado internacional, que impõe sérias condições sanitárias para os produtos que importa. A proibição ao uso de hormônios é uma delas, por isso nossas granjas e frigoríficos passam por constantes inspeções de técnicos estrangeiros, assim como é comum a aplicação de diversos testes na carne de frango na chegada ao porto de destino. O fato de o Brasil ter se tornado, a partir de 2004, o maior exportador mundial do produto, representa um atestado à qualidade e à sanidade de nosso produto, que está em mais de 150 países e com vendas de quase 4 milhões de toneladas para o exterior".
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