No mundo canino, cinomose é sinônimo de alerta vermelho! Essa doença viral e contagiosa entre os cachorros é extremamente perigosa, podendo matar o bichinho em poucos dias.
Os sintomas podem aparecer de formas bem diferentes. No início, os sinais clínicos mais comuns são diarreia, vômitos e secreção ocular ou nasal. Porém, na fase mais grave da doença, podem surgir problemas neurológicos, como convulsão, falta de coordenação motora e paralisia. “Essa é uma doença multissistêmica, ou seja, que pode atingir diferentes órgãos”, explica a médica veterinária Marcela Barbosa, que atende na pet shop Petit Ami, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. A cinomose tem um índice altíssimo de mortalidade, chegando a cerca de 70% dos casos, de acordo com estimativas de especialistas. Segundo Marcela, o tratamento é pouco efetivo e bem difícil. “A recuperação depende principalmente da resposta imunológica de cada cão, pois por ser uma doença viral, ela não têm tratamento específico”, afirma. Segundo a veterinária, as medicações utilizadas servem mais para controlar problemas secundários desencadeados a partir da cinomose. É possível que o médico indique, por exemplo, antibióticos, imunoestimulantes e soro, entre outros. Prevenir é o melhor único remédio A cinomose é causada por um vírus geralmente transmitido pelo contato direto com outros animais infectados, ou pelas secreções de focinho, boca ou urina de outros cachorros doentes que tenham contaminado o ambiente. Por isso, é importante que o animal em tratamento fique totalmente isolado. Se isso não acontecer, o vírus se alastra. Para dar um exemplo da gravidade da doença: no início de 2012, 200 cãezinhos morreram no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, todos vítimas da cinomose. Contra esse mal, o caminho indicado é a prevenção. Existe vacina contra a cinomose, e é importante que os tutores sigam à risca os intervalos para a imunização. Em filhotes, a vacina deve ser aplicada em torno de 45 dias, com reforço mensal por três ou quatro meses, dependendo da orientação de cada veterinário. Depois disso, o reforço passa a ser anual, por toda a vida do cão. Por ser muito temida e não ter um tratamento definitivo, a cinomose causa muitas dúvidas nos donos. Assim, Marcela Barbosa nos conta as “verdades e mentiras” sobre a doença: 1) Os cães recuperados se tornam portadores da doença. MENTIRA. No entanto, após a cura, os bichinhos ainda eliminam por cerca de seis meses o vírus na urina, podendo disseminar a doença. 2) Limpar o ambiente ajuda a não disseminar o vírus. VERDADE. O vírus é pouco resistente no ambiente, portanto a realização de limpeza com desinfetantes ajuda no controle e disseminação da doença. 3) A doença pode ser transmitida para humanos. MENTIRA. A doença não é uma zoonose, ou seja, não é transmissível para os humanos. 4) Controle de alimentação, entre outros, pode ajudar a prevenir a cinomose. MENTIRA. A ÚNICA forma de prevenção realmente efetiva é a vacinação anual do seu cão. 5) Algumas raças são mais propensas a desenvolverem a doença. MENTIRA. Não existe predisposição com base em raça. O que ocorre é que a cinomose acomete, principalmente, filhotes ainda não vacinados e cães idosos não vacinados, por terem o sistema imunológico mais frágil. É importante destacar, porém, que qualquer cão, de qualquer idade ou de qualquer raça, está propenso à cinomose quando não vacinado. |
Neste Blog fazemos: 1- Atualização sobre a ocorrência de doenças de importância em Veterinária e em Saúde Pública em todo o mundo. 2- Troca de informações sobre: Doenças Infecciosas, Zoonoses, Saneamento Ambiental, Defesa Sanitária Animal (Legislação e Programas Sanitários do Ministério da Agricultura) e demais assuntos relacionados à sanidade e Saúde Pública. Este blog se destina a discutir a saúde animal dentro dos seus mais variados aspectos.
domingo, 15 de dezembro de 2013
CINOMOSE: A INIMIGA NÚMERO UM DOS CÃEZINHOS
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