Foto: Divulgação/Sxc
Após inspeção em mais de quatro mil animais, foram identificados 49 bovinos, em plena condição física de saúde
Investigações de campo envolveram 11 propriedades, todas com vínculo de trânsito animal com estabelecimentos onde esteve a vaca analisada
O resultado dos exames laboratoriais feitos em 49 animais que tiveram contato com a vaca com suspeita do caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como Mal da Vaca Louca, em Mato Grosso, deram negativo. A informação foi divulgada nesta quinta, dia 1º, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Agora, o Mapa aguarda o laudo definitivo do laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), localizado em Weybridge, na Inglaterra.
De acordo com o Mapa, as investigações de campo envolveram 11 propriedades, todas com vínculo de trânsito animal com estabelecimentos onde esteve a vaca analisada. Após inspeção em mais de quatro mil animais, foram identificados 49 bovinos, em plena condição física de saúde, que haviam nascido um ano antes e um ano depois da vaca com suspeita de EEB. Os resultados demonstram que o caso do animal é registrado como isolado e não apresenta risco para a sanidade animal e à saúde pública.
Os laudos mantém o país com classificação de risco insignificante para o Mal da Vaca Louca. Segundo o Mapa, essas medidas foram adotadas visando encerrar as atividades de campo, independentemente do resultado conclusivo que ainda está por ser enviado pelo laboratório da OIE.
O caso
De acordo com o Mapa, a recomendação internacional prevê a eliminação desses animais – o que ocorreu no dia 25 de abril. O serviço sanitário também submeteu amostras encefálicas coletadas de todos os exemplares ao teste de EEB pelo Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro-PE). No dia 30 de abril, todos os resultados foram negativos para a doença. Segundo o Ministério da Agricultura, isso demonstra de forma inequívoca que o animal identificado é um caso isolado e não representa risco algum para a sanidade animal e à saúde pública.
Saiba mais
Em 2005, a OIE extinguiu o termo “livre de EEB” de seu Código Sanitário de Animais Terrestres. A avaliação atual da entidade em relação à doença elenca as seguintes categorias: insignificante, controlado e indeterminado, em ordem crescente de grau de risco. De acordo com isso, nenhum país do mundo está isento da ocorrência de casos esporádicos da enfermidade.
Para avaliação de situação sanitária, a OIE considera as medidas de prevenção, vigilância e mitigação de risco adotadas por um país nos últimos oito anos. Com isso, um animal com idade avançada não desqualifica o sistema de prevenção implantado, que é o caso do animal que está sendo investigado no Mato Grosso (12 anos). Nesse cenário, a eventual confirmação de caso de EEB é indicativa de que o país possui um sistema de vigilância robusto, capaz de identificar e retirar situações isoladas e previsíveis da cadeia de alimentação.
http://pecuaria.ruralbr.com.br/noticia/2014/05/exames-em-49-bovinos-deram-negativo-para-caso-atipico-do-mal-da-vaca-louca-em-mato-grosso-4489282.html
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