Brasília (AE) - O Ministério da Agricultura afirmou ontem que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) confirmou o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrado em frigorífico da JBS, dona da marca Friboi, em Mato Grosso, como “atípico”. Com isso, os exames feitos pela OIE em laboratório na Inglaterra afastam a hipótese de o animal ter contraído a doença pela ingestão de alimento e um eventual surto no País.
Apesar do resultado positivo, a Agricultura ressaltou em nota que não houve “diagnóstico conclusivo que possa ser usado para classificá-lo de forma inequívoca até o momento”. Ou seja, a OIE não conseguiu identificar a origem da doença e optou por respaldar os exames feitos pelo laboratório da rede estatal Lanagro, em Recife.
A vaca nelore tinha 12 anos. O caso clássico da doença ocorre em rebanhos mais novos, de até 7 anos, que é a média de idade limite dos animais comercializados no mercado. Nesses casos, a enfermidade pode ser causada pela alimentação à base de farinha de osso e carne.
“A manifestação do laboratório corrobora com as investigações epidemiológicas desenvolvidas a campo de que se trata de um caso espontâneo e previsível, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado, e que pode ser detectado em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto transparente como o do Brasil”, disse o ministério em nota.
A divulgação do caso levou o Peru a suspender a importação de carne brasileira. Fontes do setor afirmam que Irã e Egito também impuseram embargo ao produto brasileiro em razão do mal da vaca louca. Em sua nota, a Agricultura frisa que o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP) elogiou a rapidez e transparência do serviço sanitário brasileiro.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/oie-descarta-surto-no-brasil/281483
João Maria Alves
A doença traz risco ao homem se houver consumo da carne
Apesar do resultado positivo, a Agricultura ressaltou em nota que não houve “diagnóstico conclusivo que possa ser usado para classificá-lo de forma inequívoca até o momento”. Ou seja, a OIE não conseguiu identificar a origem da doença e optou por respaldar os exames feitos pelo laboratório da rede estatal Lanagro, em Recife.
O laboratório brasileiro classificou o caso como atípico devido ao fato de o animal não ter desenvolvido a doença nem ter morrido em função dela. O Lanagro detectou que uma deficiência na formação de proteína, a chamada marcação priônica, se desenvolveu por causa da idade avançada do animal - ela ocorre normalmente em bovinos acima de dez anos, em função do envelhecimento das células.
A vaca nelore tinha 12 anos. O caso clássico da doença ocorre em rebanhos mais novos, de até 7 anos, que é a média de idade limite dos animais comercializados no mercado. Nesses casos, a enfermidade pode ser causada pela alimentação à base de farinha de osso e carne.
“A manifestação do laboratório corrobora com as investigações epidemiológicas desenvolvidas a campo de que se trata de um caso espontâneo e previsível, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado, e que pode ser detectado em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto transparente como o do Brasil”, disse o ministério em nota.
A divulgação do caso levou o Peru a suspender a importação de carne brasileira. Fontes do setor afirmam que Irã e Egito também impuseram embargo ao produto brasileiro em razão do mal da vaca louca. Em sua nota, a Agricultura frisa que o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP) elogiou a rapidez e transparência do serviço sanitário brasileiro.
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