segunda-feira, 3 de novembro de 2014

MORMO: Um Animal da raça mangalarga marchador foi sacrificado na unidade de Veterinária da Universidade Federal de Goiás


ASSESSORIA DE IMPRENSA DA SGPA
Os 128 animais da raça mangalarga marchador estão praticamente confinados no Parque Agropecuário de Goiânia por causa de um caso de mormo numa égua. Esses animais participaram de julgamento na 51ª Exposição Agropecuária, realizada nesta Capital no período de 17 a 25 de outubro. O animal da raça mangalarga marchador foi sacrificado na unidade de Veterinária da Universidade Federal de Goiás, no Campus 2, por oferecer melhor bem-estar, ou seja, evitar sofrimento. Mormo trata-se de uma zoonose, doença perigosa para equinos, asininos, muares e para o homem, embora rara e não mortal neste caso. 
Os equinos ficarão de quarentena no Parque Agropecuário de Goiânia por exigência da Agrodefesa e do Ministério da Agricultura. A prevenção proposta pelas autoridades sanitárias animal é a de evitar contatos entre animais sadios e doentes com aqueles que apresentem sintomas semelhantes. Por isso, a interdição do Parque Agropecuário Dr. Pedro Ludovico Teixeira. Os 128 animais retidos nos pavilhões permanecerão por uns 40 dias, ou a chamada quarentena. A partir de ontem (1º), esses animais estão passando por exames, podendo haver repetição depois de 30 anos se der algum caso positivo. Caso contrário, não haverá reteste.
O presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Ricardo Yano, lamentou o Estado perder o status de livre de mormo, transmitido pela bactéria Burkholderia mallei. Essa condição dava direito ao trânsito livre dos equinos. Mas considera que "essa situação não traz maiores prejuízos nos processos de comercialização". As cavalgadas, no entanto, ficam impedidas de realização, para evitar temporariamente fatores de risco. 
A égua abatida na sexta-feira em Goiânia teve a contraprova confirmada em laboratório de Recife (PE). Uma amostra do sangue do animal foi enviada ao Laboratório Nacional Agropecuário, do governo federal, na capital pernambucana. A bactéria é transmitida por secreções do animal doente, como urina, fezes e secreção nasal. Dentre os sintomas do cavalo estão febre, emagrecimento e pneumonia. Não existe vacina para combater o mal e a orientação do Ministério da Agricultura é sacrificar o animal infectado. 
Goiás desconhecia essa doença há 40 anos, segundo o fiscal federal Wendell Amaral. Havia recentes casos de mormo em São Paulo e Minas Gerais. O animal sacrificado era de Itumbiara, município situado no Sul goiano. Os 120 animais da raça mangalarga marchador são considerados de alto padrão genético. 
A SGPA tão logo foi confirmado o caso pioneiro de mormo procurou dar todo apoio aos tratadores e criadores. Para tanto, foram ministradas palestras e orientações, através de João Bosco, da área animal da 51ª Exposição Agropecuária de Goiânia. Como a entrada de veículos foi proibida no local, a alimentação para o rebanho equino só pode ser transportada manualmente

http://www.dm.com.br/texto/195976-alerta-na-sgpa

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