14/04/2010 - 10:58
Campinas, Abril de 2010 - Liderada pela Professora de Biologia Katherine Magor, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, identificou a existência, nos patos, de um “sensor genético” que possibilita à ave hospedar naturalmente o vírus da Influenza Aviária sem ser por ele influenciado ou sem ficar doente.
O mecanismo localizado, identificado pela sigla RIG-I (retinoic acid-inducible gen – I) permite que o sistema imunitário do pato hospede o vírus sem qualquer efeito adverso, mas não impede que ele infecte com facilidade os galináceos, de onde se dissemina rapidamente e alcança até mesmo o homem.
As galinhas não possuem o gene RIG-I e, por isso, morrem num espaço de tempo de até 18 horas depois de serem infectadas. Nos experimentos realizados, os pesquisadores de Alberta transferiram o RIG-I do pato para células de galinhas que, dessa forma, tiveram aumentadas suas defesas contra o vírus da Influenza Aviária a ponto de a replicação do vírus ter sido reduzida à metade.
Pode não ser, ainda, a solução para o problema. Mas a equipe da Professora Magor entende que a descoberta pode revolucionar a indústria avícola, equacionando a questão da Influenza Aviária. E o caminho é adotar a transgenia para desenvolver galináceos (frangos, poedeiras, reprodutores) resistentes ao vírus.
Clique aqui para acessar um resumo dos resultados obtidos pelos pesquisadores de Alberta. Eles foram publicados na edição de 23 de março de 2010 dos Proceedings from the National Academy of Sciences.
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