quinta-feira, 8 de julho de 2010

Controle de verminoses deve começar no desmame


Produtores não podem perder tempo para aplicar remédios porque parasitas começam a atacar bovinos logo nos primeiros meses de idade
Juliana Royo07/07/2010  
As verminoses atacam o sistema respiratório e, principalmente, o sistema gastrointestinal causando desde perdas de peso até a morte do animal. Por isso elas precisam ser tratadas de forma planejada e preventiva antes que comecem a causar problemas. Os bovinos devem começar a ser tratados logo nos primeiros meses de idade, antes até do período da desmana, porque os parasitas contaminam os animais via oral, durante o pastejo. O controle estratégico de verminoses prevê um programa de tratamento em três etapas, em que a primeira é aplicada antes de o animal ser liberado para o pasto. Os remédios devem ser dados aos animais no período da seca, que vai de maio a setembro e coincide com a fase de desmame.


Nos primeiros meses de vida os animais estão mais vulneráveis porque ainda não estão com o sistema imunológico formado completamente. As verminoses são mais frequentes entre os seis meses e dois anos e meio de idade. A partir desta época, o animal já está mais fortalecido e consegue combater os parasitas. Além de fazerem o tratamento à base de remédios, é importante que os produtores tomem outros cuidados que também influenciam na taxa e contaminação dos animais como a alimentação. O produtor deve oferecer uma boa quantidade de proteína, prestar atenção na taxa de lotação, porque taxas de lotação muito elevadas favorecem a transmissão dos parasitas para os animais e, principalmente, fornecer água limpa e de lugares seguros. 
— Em um passado não muito distante, a gente tinha um número alto de animais que morriam por verminoses, mas, com a melhoria da alimentação, hoje a gente vê menos mortalidade. Mas elas continuam dando prejuízo para o produtor por diminuir o ganho de peso. Isso ocorre de várias maneiras, mas os parasitas diminuem a ingestão do alimento, inibem a fome, diminuem a digestibilidade, ou seja, o animal aproveita menos o alimento que é ingerido e eles competem pelos nutrientes dentro do trato gastrointestinal. Com isso, o animal perde peso, diminuiu a produção de leite e tem diarreia — explica o pesquisador João Batista Catto, da Embrapa Gado de Corte.

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