Brasília/DF
A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) divulgou nota hoje (4) defendendo três de suas empresas associadas que foram colocadas no regime especial de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por conter quantidade de água além do permitido por lei em seus produtoscongelados. Segundo a entidade, “a decisão foi tomada tendo por base uma metodologia não validada e que já está sendo objeto de discussão do setor avícola com o ministério”.
A Ubabef informou que as três unidades, da Rigor Alimentos Ltda, em Jarinú (SP), da Cooperativa Agroindustrial Consolata – Copacol, em Cafelândia (PR) e da BRF Brasil Foods, em Capinzal (SC), já apresentaram recurso ao Mapa contestando a metodologia usada, sob a alegação que ela não é baseada em critérios técnico-científicos.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Nelmon da Costa, estão sendo feitas perícias técnicas por profissionais experientes, enquanto o laboratório de análises oficial do governo valida novas metodologias. “Não dá pra deixar de fazer essas perícias até as novas metodologias serem validadas.”
Costa disse que, apesar das três empresas não terem ultrapassado muito o percentual de 6% de água presente no produto após o descongelamento, como determina a lei, há outras que o fazem de má-fé. Levando-se em consideração que uma empresa de grande porte abate, segundo ele, pelo menos 500 mil aves por dia, o prejuízo ao consumidor pode ser grande. “Houve alguma falha. Então, é melhor corrigir agora para evitar que o problema continue ocorrendo.”
Apesar disso, tanto Costa quanto a Ubabef esclarecem que a comercialização de carnes de aves das três empresas não estão suspensas, como chegou a ser divulgado pelo próprio Mapa. "Com o regime especial de fiscalização, todo o estoque das unidades terá que ser analisados antes de sair para o mercado, o que dará segurança ao consumidor para consumir produtos dessas empresas”, afirmou o diretor do Mapa.
Na prática, enquanto em condições normais as empresas precisam colher amostras aleatórias para análise, podendo comercializar normalmente sua produção, no regime especial de fiscalização a venda está condicionada à análise e apresentação de resultados de todos os lotes produzidos. Segundo Costa, o tempo para as unidades saírem desse regime varia de acordo com a agilidade em revisar seus programas de autocontrole e comprovação de sua eficiência, o que pode levar entre uma semana e meses.
Fonte: Agência Brasil
Disponível em http://www.paginarural.com.br/noticias_detalhes.php?id=137001
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