terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ribeirão Preto ganha Delegacia de Proteção aos Animais


Cidade registra, em média, 30 denúncias por mês de cães e gatos que sofrem por violência, fome ou abandono
 
Foto: Tiago Morgan
Agora animais domésticos que sofrem maus tratos terão delegacia especializada para aplicar a lei
 


Até o final do mês será inaugurada a Delegacia de Proteção aos Animais, que irá funcionar na rua Goiás, 656, onde hoje já existe a Delegacia de Proteção ao Idoso.

Com o início dos trabalhos, a cidade passa a ter um local indicado para a população fazer suas denúncias sobre maus tratos a animais, sendo que até hoje isso vem sendo feito nas delegacias mais próximas às ocorrências ou diretamente no Ministério Público.
É um grande avanço, vamos regulamentar uma situação que vem sendo encarada de maneira irregular porque nem sempre um delegado entende ou resolve essa causa. Com o serviço especializado, poderemos dar melhores orientações aos donos de animais e às pessoas que fazem as denúncias”, explica a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Eliana Collucci.
Collucci explica ainda que, depois de inaugurado o serviço, a Zoonoses e as ONGs protetoras de animais deverão iniciar uma discussão sobre a guarda desses animais que sofrem as mais diferentes violências. “Hoje estamos com 115 animais que ficam lá na Zoonoses, todos castrados, vermifugados e vacinados e muitos deles são provenientes de situações de abandono ou violência, mas nós não somos um abrigo, fazemos controle de doenças e nem nós ou as ONGs temos a responsabilidade de abrigar os animais. Por isso nossa próxima discussão é como encaminhar os casos”, coloca.
O trabalho dos médicos veterinários e técnicos da Divisão de Controle de Zoonoses é abordar o dono do animal que sofre maus tratos para orientá-lo em relação a cuidados e também sobre a legislação que diz ser crime maltratar animais e o objetivo é reverter a situação para que o dono comece a tratar corretamente seu animal de estimação.
Infelizmente vivemos uma realidade delicada, onde muitos desses bichinhos são adquiridos ainda filhotes quando são bonitinhos e dão pouco trabalho, mas quando crescem seus donos deixam de cuidar devidamente, às vezes não dão comida, ficam sozinhos e muitos são maltratados fisicamente. São trinta casos em média por mês e agora teremos a lei de forma mais efetiva em favor desses animais”, concluiu Collucci.

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