Cientistas dos Estados Unidos usaram uma proteína do leite e argila para desenvolver um novo tipo de poliestireno extrudido - tipo de "espuma de plástico", usado como isolante térmico -, leve, biodegradável que eles dizem que podem substituir o produto tradicional. A pesquisa foi liderada por David Schiraldi, da Case Western Reserve University, que disse que "trata-se de uma opção de produto para companhias que buscam materiais verdes e que não causam danos ao meio-ambiente". Ele disse que o processo em si também não prejudica o meio-ambiente, uma vez que o único efluente é o vapor de água.
Os resultados do estudo, recentemente publicado no Biomacromolecules, mostra que o material produzido usando leite bovino é biodegradável e forte o suficiente para usos comerciais com quase um terço do material se degradando dentro de 30 dias. Oitenta por cento das proteínas do leite correspondem à caseína, que já é usada na fabri cação de colas e revestimentos de papel. "A caseína mostra boa formação de filme e propriedades de revestimentos, bem como excelentes propriedades de barreira a substâncias não polares (oxigênio, dióxido de carbono e aromas). Isso a torna uma excelente candidata para várias aplicações, como revestimentos de papeis, colas e embalagens de alimentos".
Entretanto, a caseína por si só tem uma resistência mecânica limitada e é sensível à água, o que pode restringir suas aplicações práticas. Para tornar a caseína mais flexível e aumentar sua resistência à água, os cientistas a misturaram em uma pequena quantidade de argila e uma molécula reativa chamada gliceraldeído, que une as moléculas de proteína da caseína.
Os cientistas congelaram e desidrataram a mistura resultante, removendo a água para produzir um aerogel esponjoso, um material leve. Para fortalecer o material, os cientistas o secaram em um forno e, entã o, testaram sua resistência. Os pesquisadores disseram que o desenvolvimento veio em meio a preocupações sobre o acúmulo de lixos plásticos em aterros sanitários municipais e a dependência do petróleo importado para se fabricar plásticos.
Os pesquisadores disseram que esse novo material pode ser usado em uma série de aplicações onde a baixa densidade e a característica de não ser agressivo ao meio-ambiente são de grande importância. Em termos de desenvolvimento do produto a nível universitário, Schiraldi disse que pretende trabalhar com empresas de lácteos para ver se os cientistas podem usar produtos lácteos diretamente, ao invés de usar caseína purificada.
As informações são do Dairy Reporter.
Enviado por Roberto Amaral
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