Venda do “bacalhau da Amazônia” em São Paulo é resultado de projeto de sustentabilidade que envolve governo, ONG e iniciativa privada
por Kátia Arima
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL ONLINE
Bacalhau da Amazônia (pirarucu salgado)
O pirarucu (Arapaima gigas), peixe da bacia amazônica, pescado e salgado em Maraã (AM), será vendido ainda este mês em lojas do Extra e do Pão de Açúcar em São Paulo. Os pescadores da região seguem regras de manejo sustentável, para evitar que a espécie fique em risco.
O Governo do Amazonas e a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror-AM) fizeram uma parceria com o Grupo Pão de Açúcar, que se comprometeu a comprar e comercializar a produção de Marãa (AM), onde há uma indústria de salga. A primeira remessa, de cinco toneladas do chamado “bacalhau da Amazônia”, já foi adquirida pelo Pão de Açúcar. “Nós damos orientação para que eles possam oferecer um produto mais interessante para o consumo em São Paulo. Uma sugestão, por exemplo, foi fazer a salga com o peixe bem fresco”, diz Paulo Pompilio, do diretor de relações institucionais do grupo Pão de Açúcar.
Para estimular que os chefs paulistanos incluam o pirarucu salgados em suas receitas, o projeto também contou com o apoio do restaurante Dressing, do empresário João Paulo Diniz. Com ajuda do chef Felipe Schaedler, do restaurante Banzeiro, de Manaus, o chef do Dressing, Ednaldo Santana, está preparando um menu com o peixe de água doce e outros ingredientes amazônicos. “Vou fazer testes com diversos tipos de molhos para escolher um que combine com o sabor forte do pirarucu”, diz Santana.
Dos 700 pescadores da colônia Z32 de Maraã, 530 estão capacitados para fazer o manejo sustentável do pirarucu. Quem afirma é o líder da colônia, Luiz Gonzaga Medeiros de Matos. “Temos muitas regras para poder manejar o pirarucu. É preciso pagar vigias para evitar que pessoas de fora façam a pesca predatória do pirarucu, por exemplo. E temos que respeitar a época de pesca, restrita aos meses de outubro e novembro, com limitação de número de peixes pescados”, diz. O município de Marãa fica a mais de 600 quilômetros de Manaus, capital do Amazonas, e fica na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá.
O pirarucu é um peixe predador de grande porte, que chega a três metros de comprimento e 250 quilos. Gonzaga explica que a pesca do pirarucu é feita com arpão, que é atirado contra o peixe quando ele sobe à superfície para respirar, e malhadeira (rede).
O projeto do pirarucu salgado também tem o apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que estimula a obtenção de renda por meio da produção sustentável de produtos locais. Segundo Virgílio Viana, superintendente geral da FAS, esse tipo de ação ajuda a evitar a devastação da Amazônia. “O desmatamento não pode ser o sustento dessa população”, diz.
http://viajeaqui.abril.com.br/materias/pirarucu-de-manejo-sustentavel-sera-vendido-em-supermercados-em-sp?utm_source=facebook&utm_content=national
Neste Blog fazemos: 1- Atualização sobre a ocorrência de doenças de importância em Veterinária e em Saúde Pública em todo o mundo. 2- Troca de informações sobre: Doenças Infecciosas, Zoonoses, Saneamento Ambiental, Defesa Sanitária Animal (Legislação e Programas Sanitários do Ministério da Agricultura) e demais assuntos relacionados à sanidade e Saúde Pública. Este blog se destina a discutir a saúde animal dentro dos seus mais variados aspectos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário