sexta-feira, 6 de abril de 2012

Caso de raiva em cão de Ribeirão Preto (SP) é o 1º do Estado neste ano

05/04/2012 - 13h14 | da Folha.com

DE SÃO PAULO
ELIDA OLIVEIRA ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Após dois anos sem vacinação contra a raiva --e com baixa adesão na atual campanha--, o Estado de São Paulo tem o primeiro registro da doença em cães. O caso ocorreu em Ribeirão Preto em março e foi confirmado nesta quarta-feira pela prefeitura.

O registro é grave porque indica que o vírus da doença está circulando e pode chegar aos humanos. No ano passado inteiro, São Paulo teve só um registro de raiva em gato, na capital --não se registrou a doença em cães. Em 2010, foram dois registros em todo o Estado.

Só 20 cidades de SP fixaram data para vacinar cães contra a raiva

Com a confirmação do caso em Ribeirão, as 14 pessoas que conviveram com o cão doente foram encaminhadas para tratamento. O animal foi achado na região da avenida Mogiana, no Parque Industrial Tanquinho. Lá, a vacinação será intensificada.

A imunização contra a raiva está suspensa desde setembro de 2010 após reações à vacina levarem à morte alguns animais no país.

Desde então, só a rede privada fez a imunização. Com a baixa cobertura, a população de cães e gatos ficou mais exposta aos riscos.

A raiva é transmitida por morcegos caçados por cães e gatos, disse Neide Takaoka, do Instituto Pasteur.

A doença pode chegar aos humanos por meio de lambidas, mordidas ou arranhões de animais infectados como vírus.

A raiva transmitida de cão para cão ou de gato para gato, que se espalha mais rapidamente, não ocorre desde 1998, segundo o Pasteur. Essa variante é a mais perigosa porque a taxa de transmissão é maior -cães e gatos convivem mais entre si, por exemplo, do que caçam.

O caso de raiva em cão em Ribeirão foi o primeiro em 11 anos. A doença foi transmitida por um morcego, disse a diretora do departamento de Vigilância em Saúde da cidade, Maria Luiza Santa Maria.

O Instituto Pasteur informou, no entanto, que o laudo do caso ainda não é conclusivo, mas que aponta um forte indício para a doença. Por isso, recomendou precaução à cidade.

No Tanquinho, o trabalho da Prefeitura de Ribeirão começou nesta quinta-feira, com um bloqueio em um raio de 500 metros na região da avenida Mogiana.

A campanha antirrábica continua em outros pontos da cidade.

BAIXA ADESÃO

Ribeirão iniciou a campanha de vacinação contra a raiva em 12 de março, mas tem baixo índice de procura. Com meta de imunizar 58,4 mil animais, foram só 1.565.

A expectativa era imunizar ao menos o dobro, disse Eliana Collucci, chefe da Divisão de Controle de Zoonoses.

Em Barretos, onde também já há campanha, o cenário não é diferente: foram 9.473 animais vacinados, mas a meta era de 23,1 mil. Pior: a cidade terá só mais um dia de campanha: 14 de abril.

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2012/04/05/caso-de-raiva-em-cao-de-ribeirao-preto-sp-e-o-1-do-estado-neste-ano.jhtm

Um comentário:

  1. M.V. Valéria Raquel de Araujo8 de abril de 2012 às 10:16

    A Saúde pública no Brasil é tratada sem carinho pelas autoridades. A falta de esclarecimento do povo aliada a falta de interesse pelos politicos ao interesse comum da nação tem me dado medo. O que eu posso fazer é informar os meus clientes, fazendo papel de formiguinha, mas tem tanta gente que pode fazer grande...será que vai ter que morrer um secretário do governo para a presidenta ficar indignada, como foi que o que ocorreu com seu ex secretário que buscou atendimetno do SUS e morreu? Como se ela não soubesse do falho atendimento do Sistema Unico de Saúde. É...para quem é atendido no hospital Sírio e Libanês tem essa desvantagem...a falta de informação.

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