Washington. As autoridades americanas acionaram o sinal amarelo diante da nova cepa do vírus da gripe suína que é transmitida de animais para seres humanos. O alerta é que as pessoas evitem contato com animais infectados após o aumento de cinco vezes no número de doentes.
A maioria dos casos está relacionada com feiras agrícolas, onde os visitantes entram em contato direto com porcos doentes. Este tipo de gripe causa sintomas leves e não se espalha de pessoa para pessoa.
"A situação não é de pandemia" disse o médico Joseph Bresee, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, para sua sigla em Inglês).
"No entanto, que qualquer gripe pode ser perigosa para algumas pessoas, então elas devem ter o maior cuidadoso possível", acrescentou. O número de infectados foi 29 pessoas na semana passada, para 158 nesta semana, devido ao aumento de novos casos em Indiana e Ohio, disse Bresee, que chefia o setor de epidemiologia da gripe no CDC.
A maioria dos pacientes é formada por crianças, talvez porque muitas colaboram na criação, exposições e visitas relacionadas com porcos em feiras agrícolas nos Estados Unidos.
Em casos recentes, 113 ocorreram em Indiana, 30 em Ohio, um no Havaí e um em Illinois, disse Bresee em uma entrevista coletiva a imprensa.
Os números mostram uma variação rápida. Funcionários de saúde de Indiana, disseram na quinta-feira que haviam confirmado sete casos, além dos mencionados por Bresee que elevaria o total para 165. Um ponto de preocupação é que a nova gripe suína tem um gene da cepa da pandemia de 2009, que talvez torna mais fácil a transmissão de outros vírus em suínos.
Não perigosa
"A boa notícia é que esta gripe não parece extraordinariamente perigosa para as pessoas. Quase todos os infectados apresentaram sintomas leves e nenhum corre risco de morte. Dois pacientes necessitaram de internação, mas se recuperaram e receberam alta", disse Bresee.
"O que nos preocupa é o potencial que esse vírus tem de se espalhar entre humanos de forma mais ampla", disse o epidemiologista.
As autoridades temem ainda que mais pessoas possam ser infectadas por causa da temporada de férias que ocorre atualmente no país. "Esperamos também que esses casos não sejam graves", declarou Bresee.
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