segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MS vai fazer estudo inédito da tuberculose no rebanho bovino


Anderson Viegas

Do Agrodebate
A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) inicia no fim de outubro os trabalhos de campo do inédito estudo epidemiológico de tuberculose em bovinos e bubalinos.

Segundo a diretora-presidente da Iagro, Cristina Carrijo, Mato Grosso do Sul, assim como outros estados do País está realizando o estudo para atender as determinações do Programa Nacional de Controle de Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (Pncebt) e avançar no trabalho de erradicação da doença.

"Não se tem registrado aumento de casos em nosso rebanho, pois se trata de uma enfermidade cujos índices são muito baixos, mesmo em rebanhos leiteiros tradicionais, o que não é o nosso caso. Evidentemente, que após conhecermos o percentual dessa enfermidade em nosso reganho serão delineados novos meios de controle e erradicação para que possamos ganhar mercados comerciais internacionais", explica.

Ela comenta que apesar do dia 24 de outubro marcar o começo do trabalho de campo do estudo, ações preliminares como a de planejamento, aquisição de materiais, delineamento amostram, reciclagem e preparação das equipes vem sendo executadas desde 2011.

O planejamento da Iagro aponta que o estudo deve ser realizado em 943 propriedades rurais do Estado até 2013, sendo que em 580 já neste ano. Devem ser submetidos aos exames entre 30 mil e 35 mil fêmeas, com 24 meses ou mais.

A participação dos produtores rurais é voluntária mediante a assinatura de um termo de compromisso, e as propriedades são sorteadas aleatoriamente, considerando a existência de fêmeas reprodutoras bovinas e bubalinas com mais de 24 meses. Caso o produtor opte por não participar do estudo é realizada a substituição por outro criador.

O trabalho de orientação das equipes técnicas no Estado, conforme a diretora-presidente da Iagro, está sendo feito pelo professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), José Ferreira Soares, com a mesma metodologia utilizada em estudos similares já realizados no País.

Os animais que apresentarem diagnóstico positivo para a doença, conforme Cristina Carrijo, serão avaliados e será proposta aos criadores uma indenização, segundo estipulado por lei federal, de equivalente a 25% do valor apurado pela equipe de avaliação. 

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