De acordo com denúncias, o local onde funciona o abatedouro fica próximo a um lixão e não oferece higiene no processo de abate – foto: divulgação
O abatedouro do município de Eirunepé (a 1.160 quilômetros de Manaus), responsável por abastecer todo o município, está com os dias de funcionamento contados. A confirmação é da Agência Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) que informou que a interdição irá ocorrer até o fim desta semana.
De acordo com o diretor-presidente da Adaf, Sérgio Muniz, a situação é precária e precisam ser tomadas providências urgentes. “O local, além de funcionar próximo a um lixão, é alvo de muitas denúncias. Já temos uma ação sendo movida e até o fim desta semana o local será interditado” afirmou.
Em março deste ano um documento narrando as irregularidades do local foi produzido por um grupo de vereadores do município e entregue à Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e à Assembleia Legistativa do Amazonas (Aleam). O documento denunciava o abatedouro municipal que funciona sem nenhuma condição de higiene colocando em risco quem consome a carne.
“Em Eirunepé o animal é abatido no chão, misturado com vísceras e restos de bois. Ao lado tem um chavascal com cabeças de animais jogadas e do outro lado um lixão. A Adaf tem que ser rígida, porque não estamos lidando apenas com a questão da saúde animal, mas da saúde humana”, disse o deputado estadual Sidney Leite.
O presidente explica que o papel da agência não é apenas fechar os locais que apresentem irregularidades, mas também dar condições para que voltem a funcionar, oferecendo carne de qualidade para todos. “Nós vamos dar treinamento, prestar orientações para que se reajustem as regras. Espero que isso ocorra o mais breve possível” explicou.
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