O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) informa que foi confirmada, nesta sexta-feira (10), a ocorrência de mormo (doença que atinge os equídeos) no Estado. O caso foi registrado em seis cavalos do Regimento de Polícia Montada (PM-ES), que acionou o Instituto imediatamente para adoção das medidas sanitárias obrigatórias. O exame confirmatório foi realizado esta semana pelo Ministério da Agricultura, que está apoiando integralmente o Idaf quanto às medidas sanitárias necessárias.
O Idaf já havia
interditado, preventivamente, oito propriedades no Estado que abrigam animais que tiveram contato com os equinos com suspeita da doença. Com a confirmação, essas propriedades continuarão interditadas e todos os animais, aproximadamente 350, serão submetidos a exame laboratorial. A desinterdição só pode ser autorizada após a realização de exames na tropa em que todos os animais estejam negativos para a enfermidade. Os municípios com propriedades interditadas são:
Cariacica, Serra, Vila Velha, Fundão e Cachoeiro de Itapemirim.
Embora seja uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos seres humanos, o chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Fabiano Fiuza Rangel, explica que não há motivo para pânico. "A transmissão não é habitual e não há registro de casos em humanos no Brasil. Além disso, desde o início, os animais suspeitos foram isolados enquanto aguardávamos o resultado confirmatório e os médicos veterinários envolvidos na operação adotaram as precauções necessárias, como o uso de equipamento de proteção individual", destacou.
Sacrifício
Segundo a legislação que trata da doença (a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura nº 24, de 2004, a Lei Estadual nº 5.736 e o Decreto-N nº 4.495), no caso de confirmação de mormo, os animais contaminados devem ser sacrificados, uma vez que a doença não tem cura e essa é a única forma de controle. A data do sacrifício dos animais do Regimento ainda não está confirmada.
Para o comandante do Regimento, tenente-coronel Márcio Sartório, a expectativa é que dentro de 30 dias os conjuntos formados estejam em pleno funcionamento. “Atualmente, temos 127 cavalos no Regimento. Seis deles apresentaram sintomas da doença e resultado positivo nos exames de saúde. Os demais, por medida preventiva, já tiveram amostras coletadas para verificar se estão contaminados, mesmo não apresentando sintomas. Vamos aguardar o resultado dessa avaliação médica e esperamos retornar as atividades do policiamento montado dentro de 30 dias. Enquanto isso, fazemos o policiamento ostensivo de forma motorizada para não comprometer a segurança da população”, disse o comandante.
Mormo
O mormo é uma doença contagiosa que atinge principalmente os equídeos (cavalos, mulas e burros), causada por uma bactéria. Pode apresentar-se na forma respiratória, nasal ou cutânea. A transmissão acontece pelo contato entre animais, ingestão de água e alimentos
contaminados, inalação ou contato com materiais contaminados, como freio, bebedouro, comedouro, entre outros.
Em seres humanos, o mormo pode se manifestar com febre, feridas na pele, inchaço no nariz, pneumonia e abscessos no corpo e o contágio ocorre pelo contato direto com animais infectados.
O Espírito Santo era o único Estado da Região Sudeste sem ocorrência de mormo.
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