clique para ampliar Um dos objetivos do grupo de trabalho "Incremento na Sanidade Animal" da Articulação Setorial é melhorar a capacidade laboratorial em sanidade animal no Estado do Paraná (Foto: Observatórios Sesi/Senai/IEL)
A equipe técnica dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, do Sistema Fiep, realizaram a divulgação da pesquisa sobre os entraves na importação de insumos em sanidade animal no Paraná no primeiro encontro do ano do grupo de trabalho “Incremento da Sanidade Animal” da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal, que aconteceu no início do mês de março. Contribuíram com a pesquisa 21 instituições paranaenses com atuação na área de sanidade animal. Este levantamento identificou também os principais fornecedores de insumos para as instituições que trabalham com saúde animal no Estado.
O estudo demostrou que os reagentes para biologia molecular, kits para diagnóstico, anticorpos, equipamentos fixos e materiais biológicos são os insumos que as Instituições com P&D na área de sanidade animal enfrentam maiores dificuldades para importação.
As Instituições dos entrevistados enfrentam dificuldades principalmente na importação direta (41%). No entanto, 33% dos entrevistados responderam que há entraves tanto na importação direta e quanto por fornecedor.
Aproximadamente 50% dos entrevistados relataram que os problemas mais frequentes no processo de importação de reagentes e equipamentos são: demora na autorização da importação, tempo de liberação, falta de estoque no distribuidor nacional, prazo de entrega longo e atraso na entrega. Veja abaixo que alguns entrevistados relataram que esses problemas sempre ocorrem durante o processo de importação. O custo elevado e a burocracia também foram citados como outros fatores que dificultam a aquisição desses materiais.
Problemas mais frequentes na importação de REAGENTES/KITS:
- Demora na autorização da importação (52% freq. e 19% sempre)
- Tempo de liberação (50% freq. e 20% sempre)
- Falta de estoque no distribuidor nacional (62% freq. e 5% sempre)
- Prazo de entrega longo (50% freq. e 15% sempre)
- Atraso na entrega (50% freq.)
Problemas mais frequentes na importação EQUIPAMENTOS:
- Falta de estoque no distribuidor nacional (63% freq. e 5% sempre)
- Demora na autorização da importação (55% freq. e 10% sempre)
- Prazo de entrega longo (53% freq. e 11% sempre)
- Tempo de liberação (50% freq. e 10% sempre)
- Atraso na entrega (47% freq.)
- Demora e/ou falta de peças de reposição (42% freq. e 5% sempre)
Segundo os resultados da pesquisa, a importação de materiais de consumo e reagentes é realizado numa frequência mensal, preferencialmente, enquanto a importação de equipamentos e materiais biológicos é realizada anualmente. A baixa frequência de importação pode ser decorrente dos entraves burocráticos para importação de materiais de pesquisa.
Neste contexto, outro levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstrou resultados similares aos encontrados pelo grupo de trabalho da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal para incremento da sanidade animal no Estado. Segundo o estudo da UFRJ: 76% dos cientistas continuam a perder material científico retido na alfândega; 90% resolveram mudar os rumos de suas pesquisas em virtude das dificuldades para importar os reagentes necessários; 95% têm que esperar, NO MÍNIMO, 1 mês pela chegada dos reagentes; 91% dos pesquisadores afirmaram que as novas resoluções “canal verde” (Receita Federal 2007 e ANVISA 2008) NÃO reduziram a burocracia e/ou custos de armazenagem relacionados ao processo de importação de material científico.
A pesquisa do grupo para Incremento da Sanidade Animal no Estado, assim como o levantamento realizado pela UFRJ, demonstra que a morosidade e burocracia na importação de insumos para saúde animal é um grande entrave à pesquisa científica e tecnológica no Brasil, sendo um dos fatores que contribuem para a perda de competitividade do setor de biotecnologia animal. Como próximo passo, o grupo de trabalho pretende elaborar um documento de apoio à PL 4411/2012 que visa a diminuir a burocracia que impede avanços das pesquisas no País.
Grupo de Trabalho Incremento na Sanidade Animal:
Durante os encontros de Articulação da Rota Estratégica do Setor de Biotecnologia Animal, os especialistas do setor destacaram a necessidade de viabilizar a aquisição de insumos para saúde animal no Paraná. Assim, foi criado o grupo de trabalho “Incremento na Sanidade Animal” com objetivo de melhorar a capacidade laboratorial em sanidade animal no Estado. Participam deste projeto representantes da Emater, Laboratório Prado, MAPA, Grupo São Camilo, SEAB, SINDIAVIPAR, TECPAR, UFPR, Jen Biotecnologia, NBCC Consultoria, Ceres Qualidade, Quinta das Cerejeiras, entre outros.
Aos interessados em conhecerem mais sobre o projeto ou em participarem dos encontros, das discussões e das proposições, pedimos que entrem em contato pelo telefone (41) 3271-7468 ou pelo e-mail: observatórios.rota.biotecanimal@fiepr.org.br
Os resultados da pesquisa Incremento na Sanidade Animal do Paraná podem ser acessados neste link.
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