Após se manter como o único Estado da região Sudeste sem a presença de mormo, o Espírito Santo registra os primeiros casos da doença. Em abril deste ano, uma égua do Regimento de Polícia Montada do Estado apresentou sintomas da enfermidade e, junto com mais 11 animais, foi isolada para análise. Do total, dois animais já foram sacrificados devido à constatação oficial da doença, enquanto o restante está ainda sob observação. Todos os animais do regimento estão interditados.
O Ministério da Agricultura e o Idaf foram imediatamente acionados para poder realizar a coleta de material para exame e investigar como a doença entrou no Estado.
Como medida preventiva, o Idaf elaborou uma série de normas para evitar a propagação da doença. O produtor rural que deseja transportar equídeos precisa portar o GTA (Guia de Trânsito Animal) e o exame negativo de Anemia Infecciosa Equina, que tem validade de 60 dias. Para o transporte para eventos agropecuários, os animais devem apresentar vacinação contra influenza ou atestado de não ocorrência da enfermidade, além de via original de resultado negativo de exame de mormo, que tem validade de 60 dias.
O médico veterinário e coordenador de sanidade animal da Faes, Antonio Carlos de Souza, chama a atenção para a necessidade de controle e prevenção da doença. Evitar a doença é uma parceria entre produtor rural e Idaf. Os órgãos competentes estão em alerta, mas é extremamente importante que o produtor acione o Idaf e isole os animais suspeitos para que sejam feitos os exames e os registros”, aponta o coordenador.
O produtor rural que possui equídeos na propriedade deve manter a limpeza e desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios com hipoclorito de sódio a 1% ou desinfetantes a base de iodo a 70%.
Conheça a doença
O mormo é uma doença infectocontagiosa sem cura causada por uma bactéria que acomete, principalmente, os equídeos. Nestes animais, as chances de letalidade abrangem 95% dos casos, por isso, é recomendada a eutanásia dos positivos.
A transmissão acontece pelo contato direto com animais doentes, ingestão de água ou alimentos contaminados, contato com lesão de pele decorrentes da doença, além de contato com descargas feitas pelas vias respiratórias. A doença apresenta sintomas parecidos com o da gripe equina, podendo dificultar o diagnóstico. O animal doente apresenta emagrecimentoprogressivo, perda de apetite e peso, corrimento nasal viscoso com manchas de sangue, surgimento de nódulos na parte inferior do abdômen, além de lesões em torno das narinas. O produtor rural que tiver algum animal com suspeita da doença na propriedade deve notificar o Idaf.
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