O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) recebeu, esta semana, um comunicado do Ministério da Agricultura informando os bons resultados do Estado na execução do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros (PNCRH), coordenado pelo Instituto. A quantidade de exames realizados no Estado para diagnóstico da doença em comparação ao tamanho do rebanho obteve o melhor índice do país.
O Idaf acompanha os casos com suspeita de raiva, realizando o exame para confirmação da doença. O Instituto conta com o único laboratório do Espírito Santo que realiza diagnóstico da raiva. Os exames são gratuitos e atendem a todos os municípios capixabas. Em 2012, foram realizados 165 exames em herbívoros, sendo 89 positivos. Os exames permitem que o Idaf identifique locais de maior incidência da doença e sua intensidade para que, assim, tenha condições de direcionar as ações de vigilância.
O médico veterinário do Idaf, Luiz Carlos Barboza Tavares, coordenador do PNCRH no Espírito Santo, explica que os bons resultados refletem o comprometimento do Instituto com o controle da doença. "Embora o Estado tenha uma quantidade relativamente pequena de bovinos se comparado a outros Estados, o índice de realização de exames é proporcionalmente superior. Reconhecemos a importância de manter um trabalho de vigilância epidemiológica constante, uma vez que o programa foca no controle da doença", diz.
Luiz Carlos aproveita para alertar os produtores quanto à importância de comunicar o Idaf caso haja ataque de morcegos no rebanho (os hematófagos veiculam o vírus da raiva) ou suspeita da doença nos herbívoros. "Nessas situações, o animal deve ser isolado, evitando que seja manipulado. Outra questão importante é a vacinação anual do rebanho. Em locais de maior incidência de raiva, a orientação é que a vacina seja aplicada duas vezes ao ano", orienta o médico veterinário.
Outra ação destacada pelo Ministério da Agricultura é o controle populacional dos morcegos hematófagos. Em 2012, a equipe de captura do Idaf realizou a vistoria de 524 abrigos de morcego no Espírito Santo (70% a mais que o realizado em 2011), ficando atrás apenas de Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Esse trabalho é feito com a instalação de redes em lugares como grutas, cavernas e currais. Após a captura, com equipamentos apropriados para a atividade, é aplicada no dorso dos hematófagos uma pasta com efeito hemorrágico, chamada vampiricida. Como os morcegos têm o hábito de lamberem-se mutuamente, um animal tratado com a pasta provoca a morte de aproximadamente 20 outros membros da colônia, realizando o controle populacional e minimizando o risco de disseminação da doença.
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação/Idaf Francine Castro Tel.: (27) 3636-3774/ 9946-7504 comunicacao@idaf.es.gov.br www.idaf.es.gov.br
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