Após as recentes afirmações do primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, de que o país irá fechar as portas para a entrada da carne de frango a partir de 2011, os produtores russos de frango também se manifestaram contra as importações, pedindo a suspensão imediata do produto estrangeiro.
Para tanto, a alegação dos criadores de frango da Rússia se baseia na forte queda dos preços do produto no mercado interno, a partir da retomada das exportações dos Estados Unidos em setembro de 2010. Para os produtores, a concorrência é "desleal".
As justificativas de Putin haviam sido mais leves, afirmando que o setor era autossuficiente. "De 2011 em diante a Rússia poderá viver sem importar carne de frango", declarou.
Apesar das alegações, tanto do governo quanto dos avicultores do país serem diferentes, é notado que o momento para a derrubada dos preços é dos mais impróprios. Com a quebra da safra russa, os custos internos de arraçoamento sofreram fortes altas, passíveis de repasse ao produto final graças à ausência no mercado local do produto de origem norte-americana.
Segundo dados veiculados no jornal The Moscow Times, a simples entrada de 30 mil toneladas da carne de frango norte-americana causou uma queda de 5% nos preços do produto no mercado interno.
Com isso, o setor está temeroso em relação a chegada de outras 100 mil toneladas de frango dos Estados Unidos, já em trânsito e com desembarque previsto nos portos russos para o início do mês de novembro.
Para evitar mais perdas e quedas nos preços, o setor, por meio de lideranças avícolas russas estão intensificando o pedido ao governo para a suspensão imediata das importações. Para reforçar seu pleito, fazem coro a Vladimir Putin e citam que o país já produz mais de três milhões de toneladas de carne de frango. "É o suficiente para atender o mercado interno", defendem os criadores.
BRASIL
No Brasil, a carne de frango continua ganhando destaque. Segundo estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(Cepea) de 30 de setembro a 19 de outubro as altas registradas nos preços do frango resfriado foram de 11,7%. Já a cotação da carcaça suína comum, no mesmo período, subiu 2,7% e a da especial, 3,8% no atacado da grande São Paulo. Também na capital paulista, a carcaça casada bovina teve alta de 8,8%. "Tais percentuais mostram que a carne suína foi a que menos valorizou no acumulado de outubro", informou o Cepea.
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