quinta-feira, 24 de março de 2011

MS: IAGRO vai intensificar fiscalização volante na fronteira (Paraguai e a Bolívia)


24/3 /2011
A Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) deverá intensificar os postos volantes de fiscalização na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, como medida para manter a qualidade do controle da sanidade animal. A área de 15 quilômetros que compunha a Zona de Alta Vigilância (ZAV) foi oficializada esta semana como “livre de febre aftosa com vacinação”.

De acordo com a diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo, além dos 15 postos fixos que devem ser mantidos – como previsto na Instrução Normativa do Ministério da Agricultura (Mapa) – as ações volantes, que já são feitas, vão ser mantidas. “Nós temos cerca de 900 quilômetros de fronteira seca, que demandam cuidados”, explica. Conforme Maria Cristina, já na próxima semana deverá ser publicada a portaria da agência sanitária regulamentando todas as ações que vão ser tomadas a partir das novas diretrizes determinadas pelo Mapa.

Com a recuperação do status sanitário, essa região deixa de ter uma série de restrições, como a exigência de quarentena para o transporte de animais. Conforme a presidente da Iagro, também não vai mais ser preciso o lacre dos caminhões, que obrigatoriamente precisava ser feito por fiscais sanitários nas propriedades ou nos postos fixos. A vacinação regular contra a aftosa passa agora a ser feita como nas demais regiões, pelo próprio produtor, sem a necessidade de aplicação pela Iagro. Esse cuidado, no entanto, continua para assentamentos, aldeias, periferias de cidades ou pontos considerados de risco. Nessas localidades, será mantida a chamada “agulha especial”, em que a agência sanitária se encarrega da vacinação.

Em entrevista hoje a um telejornal, a presidente da Iagro comentou também a eventual necessidade de alterar o calendário de vacinação na região do Pantanal, em função das cheias. Segundo ela, a agência vai fazer essa definição depois de verificar como as condições estão progredindo na região. “Vamos ver como as coisas caminham, para ajustar situação sanitária”.

ZAV livre de aftosa

A Instrução Normativa nº 13, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, reconhecimento o novo status da antiga ZAV em Mato Grosso do Sul, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 22.

Com a decisão, o trânsito e o comércio de animais e produtos de origem animal dessa região deverão cumprir os requisitos previstos para zonas livres de febre aftosa com vacinação, os mesmos exigidos para as demais áreas do Estado. Antes, as exigências eram mais rigorosas, como a necessidade de quarentena para a venda do animal.

A medida beneficia pecuaristas dos municípios de Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã, Mundo Novo, Corumbá e Ladário, que desde a implantação da ZAV ficaram sujeitos a restrições para movimentação e comércio de bovinos. A nova Instrução Normativa redefine as Diretrizes para Execução do Sistema de Vigilância Veterinária na área compreendida por uma faixa territorial de aproximadamente 15 quilômetros de largura desde a fronteira – e agora considerada zona livre de febre aftosa com vacinação.

A normatização pelo Mapa consolida a decisão da Organização Nacional de Saúde Animal (OIE), que em fevereiro acatou a "Solicitação de Restituição do Reconhecimento da Condição Sanitária de Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação", após comprovação de que as ações sanitárias foram bem sucedidas.

A Iagro, em conjunto com a Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MS) vão produzir em conjunto e colocar em prática um plano de acompanhamento e supervisão das atividades de vigilância.



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