sexta-feira, 27 de julho de 2012

Uruguai: auditoria sobre qualidade da carne relacionada ao bem-estar animal


Em 2013, será feita uma terceira auditoria sobre qualidade da carne nos frigoríficos uruguaios buscando medir os avanços na aplicação das técnicas de bem-estar animal. A intenção é aportar informações adaptadas à realidade local. A primeira auditoria foi feita em 2003, com o apoio da Universidade do Colorado, Estados Unidos, e detectou que entre a produção, o transporte e a industrialização, foram perdidos US$ 32,52 por cada novilho abatido por um mau manejo do animal. Na segunda, realizada em 2008, as perdas baixaram pela metade, mas se seguiu avançando e não há novos dados.
Por isso, o Comitê Técnico de Bem-Estar Animal, composto por instituições de pesquisa e transferência de tecnologia, está pensando em realizar em 2013 um novo monitoramento, adaptado às condições produtivas do Uruguai, segundo o representante do Instituto Plano Agropecuário e da Academia Nacional de Veterinária do Comitê, Déborah César.
“É como uma foto que mostrará a evolução de todos esses anos, com pontos fortes e pontos fracos. É uma linha que temos que seguir. Ver os limitantes que temos com a informação gerada em nossos sistemas e determinar como podemos seguir melhorando”, disse a especialista. A iniciativa surgiu no marco do Congresso Internacional de Bem-Estar Animal, Avanços e Estratégias para o futuro das espécies produtivas e o 2º Encontro Regional de Pesquisa em Bem-Estar Animal que terminou na semana passada, com participação de representantes de 17 países, incluindo Estados Unidos e vários países da União Europeia (UE).
Segundo César, “o Uruguai está bem posicionado na aplicação das normas de bem-estar animal com relação aos demais países da região”. Para ela, a grande fortaleza é “o trabalho multi-institucional. Esse é um valor muito importante que devemos manter. Estão presentes todas as instituições que formam o Comitê Técnico de Bem-Estar Animal, trabalhando em conjunto cada um com suas forças”. O fato de ter informação nacional, adaptada às mudanças produtivas e à evolução industrial é fundamental para crescer.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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