O debate sobre a retirada da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul está presente na Expointer. Ao reunir entidades do Brasil, Argentina e Uruguai, a Sociedade de Veterinária do Rio Grande do Sul (Sovergs) reafirma o posicionamento de defesa pelo fim da imunização. “A retirada da vacina é um objetivo a ser alcançado, mas não sabemos quando isso vai acontecer”, considera o vice-presidente Antônio Machado de Aguiar, defendendo que a retirada vai beneficiar a entrada da carne em mercados como os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, países que só aceitam o produto de região com status de livre de febre aftosa sem vacinação.
Os dirigentes dos países do Prata são mais cautelosos em relação ao fim da imunização. “O vírus segue circulando no continente. Por isso, ainda não é conveniente retirar a vacinação”, afirma Jorge Dillon, diretor de Sanidade Animal do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária da Argentina.
De acordo com Francisco Muzio Lladó, diretor de Serviços de Pecuária do Ministério da Pecuária,
Agricultura e Pesca do Uruguai, é fundamental intensificar a vigilância dos rebanhos para assegurar uma pronta resposta em caso de um eventual surto da doença. “Precisamos trabalhar de forma conjunta na América”, disse o dirigente que defende a existência um banco de vacinas contra a febre aftosa.
O setor da pecuária gaúcha retomou a discussão, mas ainda não encaminhou nenhuma reivindicação oficial de retirada da vacinação ao Ministério da Agricultura.. “Quando houver algum pedido, o ministério vai avaliar e enviar o pedido à Organização Mundial de Saúde Animal. Mas até o momento, o Rio Grande do Sul não se manifestou”, declarou Jamil Gomes de Souza, diretor do Departamento de Saúde Animal
do ministério.
Fonte: Jornal do Comércio
Enviado por Marcus Vinícius Sandim
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