Apesar dos bons resultados que a pecuária de corte no Brasil vem alcançando, a produtividade de modo geral ainda é baixa. Uma boa genética acompanhada de nutrição adequada, manejo correto e sanidade são a chave do sucesso na criação de bovinos. Novas tecnologias voltadas para a nutrição e manejo, direcionam para sistemas mais rentáveis e viáveis de produção.
Neste Blog fazemos: 1- Atualização sobre a ocorrência de doenças de importância em Veterinária e em Saúde Pública em todo o mundo. 2- Troca de informações sobre: Doenças Infecciosas, Zoonoses, Saneamento Ambiental, Defesa Sanitária Animal (Legislação e Programas Sanitários do Ministério da Agricultura) e demais assuntos relacionados à sanidade e Saúde Pública. Este blog se destina a discutir a saúde animal dentro dos seus mais variados aspectos.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Brucelose Bovina
Uno de los problemas que afecta a la ganadería nacional sigue siendo la alta mortandad de animales. La brucelosis es una enfermedad contagiosa que afecta principalmente al ganado vacuno y se caracteriza por abortos producidos en las hembras. Ocasionan afecciones genitales en los machos, e infertilidad en ambos sexos. Puede afectar al hombre. La aplicación de la vacuna en tiempo y forma ofrece un margen de protección del 75% para el ganado vacuno.
Tratamento contra Pitiose em Equinos
Fonte: Agrolink
A pitiose é causada pelo fungo Pythium insidiosum e acomete eqüinos, felinos, caninos, bovinos e humanos. A espécie eqüina é a mais atingida e a lesão causada pelo fungo se restringe, geralmente, à pele e tecidos subcutâneos. Casos de pitiose com envolvimento de outros tecidos, como ossos, linfonodos, olhos, artérias e órgãos dos sistemas digestivo e respiratório, já foram descritos nas diferentes espécies susceptíveis.
A pitiose (ferida-da-moda ou ferida-brava) é uma doença tumoral que ataca equinos que pastejam em locais alagados como açudes, lagos e pântanos. É causado pelo fungo Pytium insidiosum que se desenvolve sobre plantas aquáticas. a lesão se restringe, geralmente, a pele e tecidos subcutâneos, podendo atingir orgãos internos.
Vacina cura “ferida da moda” em cavalos
A Embrapa Pantanal está apresentando no VICiência para a Vida uma vacina que cura a pitiose, doença que atinge humanos e animais, principalmente cavalos, também conhecida como "Ferida da Moda” e “Ferida Braba".
A pitiose é causada por um fungo que se desenvolve em locais alagadiços, especialmente nas regiões de clima tropical e subtropical. O Pantanal brasileiro é considerado a região de maior ocorrência de pitiose eqüina do mundo, mas a doença ocorre em todo o país e causa prejuízos significativos na agropecuária.
O agente etiológico (Pythium insidiosum) não é sensível às drogas antifúngicas existentes e causa a morte ou invalidez na grande maioria dos casos. O objetivo da tecnologia foi pesquisar, desenvolver, testar e aperfeiçoar um método alternativo para o controle da doença, baseado no tratamento com um imunobiológico desenvolvido pela Embrapa Pantanal e UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). O produto, apesar de popularmente chamado de vacina, é utilizado na cura da doença.
O agente etiológico (Pythium insidiosum) não é sensível às drogas antifúngicas existentes e causa a morte ou invalidez na grande maioria dos casos. O objetivo da tecnologia foi pesquisar, desenvolver, testar e aperfeiçoar um método alternativo para o controle da doença, baseado no tratamento com um imunobiológico desenvolvido pela Embrapa Pantanal e UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). O produto, apesar de popularmente chamado de vacina, é utilizado na cura da doença.
Chamado de Pitium Vac, o medicamento foi lançado há nove anos, com recursos captados do Prodetab (Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias). As pesquisas foram desenvolvidas na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, e nos laboratórios da UFSM. O custo estimado para a criação da tecnologia é de R$ 109 mil.
De acordo com levantamento da Embrapa Pantabal, até o momento pelo menos 251 produtores já adquiriram a Pitium Vac pelo menos uma vez. A redução de custo no tratamento foi de R$ 440 por animal.
A vacina ainda não é exportada, mas existe potencial para que seja usada em países onde ocorre a enfermidade, como Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Haiti, Panamá, Nicarágua, EUA (Flórida, Louisiana, Mississippi e Texas), Índia, Indonésia, Japão, Nova Guiné, Nova Zelândia, Coréia e Tailândia. Há possibilidade de adaptar essa tecnologia para o tratamento de humanos, já que esta doença também atinge essa espécie.
O pecuarista Emílio César Miranda de Barros, ex-presidente do Sindicato Rural de Corumbá, já utilizou a vacina em sua tropa e aprovou os resultados. “É muito boa, excelente. Antes a gente tratava cortando a ferida ou queimando. Quando estava no início, alguns animais saravam.Mas se a doença fosse avançada...” Emílio Barros calcula que em uma de suas fazendas, de 120 cavalos, entre seis e oito apresentam a pitiose todos os anos.
Ele calcula um prejuízo aproximado de R$ 4,2 mil por ano, considerando o custo de cada animal a R$ 600.
Outro produtor, Urbano Gomes de Abreu, disse que em áreas do Pantanal onde a cheia é mais expressiva e em fazendas mais suscetíveis à enchente, a pitiose eqüina pode atingir 10% da tropa.Outra vantagem da Pitium Vac, segundo Barros, é o preço. “Não é cara. Você aplica três doses e acabou!”.
Outro produtor, Urbano Gomes de Abreu, disse que em áreas do Pantanal onde a cheia é mais expressiva e em fazendas mais suscetíveis à enchente, a pitiose eqüina pode atingir 10% da tropa.Outra vantagem da Pitium Vac, segundo Barros, é o preço. “Não é cara. Você aplica três doses e acabou!”.
Ana Maio Mtb 21.928
Embrapa Pantanal
Corumbá (MS)
Contatos:(67) 3233-2430 ramal 235
Embrapa Pantanal
Corumbá (MS)
Contatos:(67) 3233-2430 ramal 235
Governo admite que defesa sanitária é inadequada
Enviado por: "Adriano da Silva Guahyba"
A estrutura da defesa agropecuária brasileira, fundamental para garantir acesso dos produtos do agronegócio ao mercado externo, é "inadequada" , registra um "enorme descompasso" na quantidade e capacitação dos recursos humanos, conta com laboratórios de análise "deficientes" e tem uma fiscalização "insuficiente" , conclui a análise do Portal do Planejamento, retirado da internet na última sexta-feira, após o Valor divulgar as avaliações críticas sobre programas do governo.
A seção "reflexões críticas" sobre a defesa agropecuária aponta ter havido "poucos avanços" na qualidade de produtos e processos "num sentido mais amplo" e afirma que, mesmo diante do diagnóstico, o governo restringe-se a "atuações tópicas" em defesa sanitária.
A severa avaliação da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI) sobre as ações do próprio governo cobra o fim da sobreposição de funções entre União, Estados e municípios, pede um marco regulatório "consistente" para o setor e prega a urgência da criação de uma agência reguladora de defesa agropecuária. Há necessidade, segundo a análise, de separar a formulação e a operacionalizaçã o das normas de política de qualidade, com a concentração das decisões regulatórias numa única instância federal. Ocorre que o governo Luiz Inácio Lula da Silva esvaziou, em muitos casos, o poder das agências reguladoras, deixando aos ministérios a fiscalização das políticas setoriais.
O documento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirma que as metas de combate à aftosa, por exemplo, estão longe de ser cumpridas pelo governo, aponta o documento. "Persistindo a situação atual, não se alcançará a erradicação da febre aftosa e somente se manterá a epidemia ao nível de controle, permanecendo a possibilidade de difusão da doença às zonas livres", afirma o texto. A análise crítica do Planejamento aponta que os regulamentos de defesa sanitária animal e vegetal, datados de 1934, "não mais atendem os objetivos mais amplos de garantia de qualidade dos produtos" nacionais. "Por isso, é necessária a revisão e adequação da legislação vigente", afirma o Planejamento.
Em outra crítica contundente, o Portal do Planejamento aponta que o Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) é "incipiente" , "lento" e carece de integração com Estados e municípios. A avaliação do portal atribui "distorções e conflitos" do sistema à falta de definição sobre os limites de competência de cada nível de administração. Os gestores apontam, ainda, dificuldades legais para garantir a melhoria dos serviços. Os repasses de recursos da União a Estados e municípios têm sido impedidos pela inadimplência dos demais entes federativos, aponta o texto. É preciso alterar a lei, segundo o Portal do Planejamento, para evitar a mistura do poder de polícia do Estado com a produção de provas laboratoriais. "Quem aplica a legislação, não deve exercer o poder normativo e regulamentar" , anota o documento oficial do governo. O Planejamento prega a urgência de "reorganizar as instituições e instâncias específicas de forma a evitar a sobreposição de funções" no sistema de defesa agropecuária.
Fonte: Notícia publicada em http://www.pecuaria .com.br, no dia 23/06/2010,
Com informações do Valor.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Transgenia pode propiciar ave resistente à Influenza Aviária
14/04/2010 - 10:58
Campinas, Abril de 2010 - Liderada pela Professora de Biologia Katherine Magor, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, identificou a existência, nos patos, de um “sensor genético” que possibilita à ave hospedar naturalmente o vírus da Influenza Aviária sem ser por ele influenciado ou sem ficar doente.
O mecanismo localizado, identificado pela sigla RIG-I (retinoic acid-inducible gen – I) permite que o sistema imunitário do pato hospede o vírus sem qualquer efeito adverso, mas não impede que ele infecte com facilidade os galináceos, de onde se dissemina rapidamente e alcança até mesmo o homem.
As galinhas não possuem o gene RIG-I e, por isso, morrem num espaço de tempo de até 18 horas depois de serem infectadas. Nos experimentos realizados, os pesquisadores de Alberta transferiram o RIG-I do pato para células de galinhas que, dessa forma, tiveram aumentadas suas defesas contra o vírus da Influenza Aviária a ponto de a replicação do vírus ter sido reduzida à metade.
Pode não ser, ainda, a solução para o problema. Mas a equipe da Professora Magor entende que a descoberta pode revolucionar a indústria avícola, equacionando a questão da Influenza Aviária. E o caminho é adotar a transgenia para desenvolver galináceos (frangos, poedeiras, reprodutores) resistentes ao vírus.
Clique aqui para acessar um resumo dos resultados obtidos pelos pesquisadores de Alberta. Eles foram publicados na edição de 23 de março de 2010 dos Proceedings from the National Academy of Sciences.
RS quer discutir retirada da vacina contra aftosa com Uruguai e Argentina
29/06/2010 - 18:04
Transparência nas informações entre os países ajudaria a tornar decisão segura
Foi deflagrada oficialmente na manhã desta terça-feira (29) a discussão para o Rio Grande do Sul suspender a vacinação contra a febre aftosa. O passo inicial foi um encontro entre governo gaúcho, Assembléia, veterinários, indústrias de carnes e dos pecuaristas na Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Porto Alegre.
A primeira decisão foi agendar para julho um encontro com representantes dos serviços veterinários e produtores do Uruguai e Argentina, para balizar as ações de combate à doença com os dois países vizinhos. Assim como o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina vacinam contra a enfermidade.
A situação de controle da aftosa no Mercosul e a transparência nas informações entre os países são condições que tornariam a decisão gaúcha de suspender a vacinação mais segura.
A data ainda não está confirmada, mas deve ser dia 16 ou 23 de julho, em Uruguaiana. A reunião fará parte de uma extensa agenda de pelo menos outros 10 encontros no Interior do Estado para a discussão dos passos que podem levar o Estado voltar a pleitear o status de livre de febre aftosa sem vacinação, condição que pode abrir para a carne gaúcha o mercado de países mais exigentes e aceitam pagar mais pelo produto.
A primeira decisão foi agendar para julho um encontro com representantes dos serviços veterinários e produtores do Uruguai e Argentina, para balizar as ações de combate à doença com os dois países vizinhos. Assim como o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina vacinam contra a enfermidade.
A situação de controle da aftosa no Mercosul e a transparência nas informações entre os países são condições que tornariam a decisão gaúcha de suspender a vacinação mais segura.
A data ainda não está confirmada, mas deve ser dia 16 ou 23 de julho, em Uruguaiana. A reunião fará parte de uma extensa agenda de pelo menos outros 10 encontros no Interior do Estado para a discussão dos passos que podem levar o Estado voltar a pleitear o status de livre de febre aftosa sem vacinação, condição que pode abrir para a carne gaúcha o mercado de países mais exigentes e aceitam pagar mais pelo produto.
Zero Hora
Autor: Caio Cigana
Mato Grosso do Sul terá nova lei de sanidade animal a partir de julho
A partir do dia 1° de julho entra em vigor em Mato Grosso do Sul a nova lei de defesa sanitária animal. As alterações proporcionarão aos produtores maior clareza quanto aos seus deveres para evitar futuras infrações, fazendo com que o mesmo evite possíveis multas, e outras sanções administrativas.
De acordo com o fiscal estadual agropecuário da Iagro, Cyl Farney Freitas Jorge, que atualmente desempenha um trabalho em conjunto com a Famasul de reativação e implantação dos conselhos municipais de saúde animal no Estado, a maioria das infrações cometidas por produtores é devido a falta de conhecimento da legislação vigente. “É importantíssimo levar ao produtor o conteúdo prático da lei. Quem possui conhecimento da lei, consegue se enquadrar com muita facilidade”, ressalta.
A vacinação e comprovação de mesma, os documentos de uso obrigatório - como a nota fiscal e a Guia de Trânsito Animal (GTA) - e as declarações ou registros são os principais pontos para os quais os produtores precisam ficar atentos. Cyl Farney salienta que, apesar da flexibilização, a lei traz mais penalidades aos produtores nos casos comprovados de impacto sanitário.
Entre as ações de divulgação e disseminação das mudanças na lei a Famasul juntamente com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal (Iagro), realizam um trabalho de implementação e reativação dos Conselhos Municipais de Saúde Animal em todo o Estado. Já foram reativados 13 conselhos, sendo que cerca de cinco implantações serão feitas todo mês. O principal objetivo do trabalho é solucionar os impactos sanitários da região entre outras deficiências que o município possa vir a apresentar. As informações são de assessoria de imprensa.
De acordo com o fiscal estadual agropecuário da Iagro, Cyl Farney Freitas Jorge, que atualmente desempenha um trabalho em conjunto com a Famasul de reativação e implantação dos conselhos municipais de saúde animal no Estado, a maioria das infrações cometidas por produtores é devido a falta de conhecimento da legislação vigente. “É importantíssimo levar ao produtor o conteúdo prático da lei. Quem possui conhecimento da lei, consegue se enquadrar com muita facilidade”, ressalta.
A vacinação e comprovação de mesma, os documentos de uso obrigatório - como a nota fiscal e a Guia de Trânsito Animal (GTA) - e as declarações ou registros são os principais pontos para os quais os produtores precisam ficar atentos. Cyl Farney salienta que, apesar da flexibilização, a lei traz mais penalidades aos produtores nos casos comprovados de impacto sanitário.
Entre as ações de divulgação e disseminação das mudanças na lei a Famasul juntamente com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal (Iagro), realizam um trabalho de implementação e reativação dos Conselhos Municipais de Saúde Animal em todo o Estado. Já foram reativados 13 conselhos, sendo que cerca de cinco implantações serão feitas todo mês. O principal objetivo do trabalho é solucionar os impactos sanitários da região entre outras deficiências que o município possa vir a apresentar. As informações são de assessoria de imprensa.
Agrolink
Implicações técnicas da vacinação na resposta imune contra o vírus da febre aftosa - Techinical implications of the vaccination in the immune response against the foot-and-mouth disease virus
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science
ISSN 1413-9596
Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. v.41 n.6 São Paulo nov./dez. 2004
doi: 10.1590/S1413-95962004000600003
Techinical implications of the vaccination in the immune response against the foot-and-mouth disease virus
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Jaboticabal - SP
RESUMO
Na bovinocultura brasileira, a vacinação contra o vírus da Febre Aftosa (FA) é fundamental para a fase inicial de erradicação da enfermidade. Mesmo a qualidade da vacina tendo controle rígido feito pelos órgãos oficiais, restam variáveis técnicas ainda não monitoradas como manipulação, transporte e conservação pelo consumidor, dose, local e forma de aplicação que interferem na resposta imune, preocupações essas, que direcionam o presente estudo. Assim, pela pesquisa de anticorpos neutralizantes do vírus da FA em placas de microtitulação com cultivo de células BHK-21, foram determinados os títulos, calculados em logaritmo decimal (SN), em soros sanguíneos de bovinos vacinados conforme o protocolo apresentado. No primeiro grupo com 25 animais, a média de SN foi igual a 2,37 e 2,19, respectivamente, 30 e 180 dias após a vacinação, cuja vacina foi manejada por especialista com todos os cuidados técnicos recomendados. Outro grupo com 140 bovinos, distribuídos em 5 fazendas distintas, apresentou média de SN igual a 1,66 e 1,5l depois de 30 e 180 dias após a vacinação, cuja vacina foi manejada sem acompanhamento técnico e por indivíduos não especializados. Finalmente um terceiro grupo com 10 animais, que ficaram sem vacinação, apresentou média de SN igual a 0,82 e 0,81, também 30 e 180 dias após a aplicação do placebo. Assim, só os cuidados com a qualidade da vacina são insuficientes para proporcionar títulos satisfatórios que determinam proteção dos rebanhos contra o vírus da FA, uma vez que a literatura pertinente considera rebanhos com 1,52 de média do SN como tendo 50% dos animais protegidos, e com 1,70 como tendo mais de 70% de proteção, no período de até 7 meses.
Palavras-chave: Resposta imune. Vacinação. Febre aftosa.
ABSTRACT
In Brazilian cattle-breeding, the vaccination against the foot-and-mouth disease virus is essential during the early stages of disease erradication programmes. In spite of the official control on the vaccine quality, thecnical variables, as manipulation, transportation and conservation by the consumer, dosage, place and manner of inoculation that interfere with the immune response, remain unmonitered and are the concerns that guide this study.Titers of neutralizing antibodies to the foot-and-mouth disease virus were established in microtitration plates with BHK-21 cell culture, calculated in decimal logarithm, in sera from cattle vaccinated according to the protocol presented. Among 25 animals of the first group, the mean antibody titers were 2.37 and 2.19, respectively, 30 and 180 days after the inocculation of a vaccine manipulated by specialized people, adopting all the recomended technical cares. Another group, with 140 cattle from 5 different farms, showed mean antibody titers of 1.66 and 1.51, respectively, 30 and 180 days after the inoculation of a vaccine manipulated without technical monitoring and by unspecialized people. Finally, a third group with 10 unvaccinated animals had mean antibody titers of 0.82 and 0.81 respectively, 30 and 180 days after the inoculation of a placebo. So, only the control of the vaccine quality was not enough to give to the herds satisfactory protection against the foot-and-mouth disease virus, since the literature considers that, in herds with a mean titer of 1.52, 50% of the animals are protected, and 70% of the animals in herds with mean titer of 1.70 are protected for a period of 7 months.
Key-words: Immune response. Vaccination. Foot-and-mouth disease.
Introdução
A Febre Aftosa (FA) está classificada na Lista A do Código Sanitário Internacional como reflexo da sua elevada contagiosidade que coloca em risco o agronegócio das nações onde a pecuária tem importância econômica1. Deste modo, no Capítulo 2 do referido código, essa organização determina os quesitos necessários para enquadramento em uma das situações, quais sejam, país livre de FA sem vacinação, país livre de FA com vacinação, zona livre de FA sem vacinação, zona livre de FA com vacinação, zona de vigilância, zona tampão e, país e zona infectada.
Com isto, observa-se que em vários países ou regiões onde a FA ocorre de forma endêmica, as estratégias para seu combate baseiam-se no uso de medidas sanitárias e na vacinação profilática do rebanho bovino2. Entretanto, na ausência de casos da doença, por questões técnicas e econômicas o uso da vacina deve ser realizada em intervalos cada vez maiores para depois ser suspenso, logicamente quando a meta for atingir a situação de país ou zona livre de FA sem vacinação.3,4
No Brasil, o Estado de São Paulo está dentro do Circuito Pecuário Centro-Oeste classificado como zona livre de FA com vacinação, onde são comercializadas somente vacinas com adjuvantes oleosos, cuja eficácia é comprovada por setores competentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para conferir imunidade nos bovinos a partir de 14 a 21 dias de sua aplicação por um período de 6 a 7 meses de duração.5 Na prática, todos esses bons resultados na indução de imunidade foram comprovados à muito tempo atrás com as vacinas contra a FA formuladas com adjuvantes oleosos.6,7, por experimentos realizados em condições ideais na manipulação da vacina, para que fossem obtidos altos títulos de anticorpos contra o vírus.8
Assim, considerando que as vacinas contra a FA comercializadas no território nacional têm eficácia comprovada e aprovação de órgãos oficiais primeiro, para depois ter sua venda liberada, o objetivo do presente trabalho foi monitorar a resposta imune de bovinos vacinados em situações diferenciadas quanto aos cuidados adotados na vacinação em condições de campo.
Materiais e Métodos
Animais de trabalho
O trabalho foi conduzido no ano de 1996, em 7 propriedades rurais da região nordeste do Estado de São Paulo, onde foram feitas as colheitas de sangue 30 e 180 dias depois da vacinação dos bovinos com vacinas comerciais produzidas com adjuvante oleoso.
Em uma propriedade (Esquema 1), os 25 animais foram vacinados com vacinas manejadas com todos os cuidados técnicos em relação as boas condições de conservação (temperatura 2ºC a 6ºC), não exposição à temperatura ambiente, dose com volume de 5 ml, higiene local da pele, e aplicação na tábua do pescoço por via subcutânea. Em outras 5 propriedades (Esquema 2) 140 bovinos foram vacinados com vacinas manejadas por funcionário ou proprietários de forma não monitorada. Na última propriedade (Esquema 3) os animais foram inoculados com placebo.
Titulação de anticorpos
Anticorpos neutralizantes (SN) foram pesquisados para a estirpe "O1" Campos do vírus da FA seguindo a técnica de microtitulação empregando o método de inibição do metabolismo celular calculado em logarítimo decimal.9
Resultados e Discussão
Como pode ser observado na tabela 1, a indiscutível qualidade das vacinas induziu e manteve os títulos maiores ou menores na dependência estrita dos cuidados técnicos empregados na vacinação.
Assim, só o controle rígido com a qualidade na formulação, produção e armazenamento da vacina pelos órgãos oficiais são insuficientes para obter-se títulos que determinam proteção satisfatória dos rebanhos contra o vírus da FA, uma vez que a literatura pertinente considera rebanhos com 1,52 de média dos SN como tendo 50% dos animais protegidos, e com 1,70 como tendo mais de 70% de proteção, no período de 7 meses.8 Por estes parâmetros, observa-se que os bovinos que foram vacinados com todos os cuidados técnicos (Esquema 1) atingiram níveis de anticorpos depois de 30 dias (2,37) e de 180 dias (2,19) suficientes para proteger mais de 70% do rebanho que poderia ir além dos 6 meses que foi o período de estudo.
Pelo outro esquema de vacinação (Esquema 2), que ficou sem acompanhamento técnico quanto aos cuidados adotados, os níveis de anticorpos após 30 dias (1,66) e 180 dias (1,51) indicaram uma proteção máxima de 50% dos rebanhos dentro desse período. As primeiras vacinas formuladas com adjuvantes oleosos já induziam altos níveis de SN (2,87) nos testes científicos por períodos bastante longos de até dois anos.6,7 Assim, o que se observou na prática das campanhas oficiais de vacinação são níveis de indução de anticorpos menores que, podem complicar etapas mais avançadas de combate a FA, como as citadas anteriormente em outros trabalhos3,4, principalmente pela maior possibilidade de infecção de um animal mal vacinado por uma estirpe viral "selvagem", estabelecendo um novo portador que, sem dúvida vai gerar um grande problema epidemiológico. Como não houve mudanças na orientação relacionada a vacinação contra essa virose, do período estudado até o momento, talvez fosse relevante considerar a questão em tela antes de se cogitar quaisquer alterações nas atuais estratégias de combate a FA.
Referências
1.CÓDIGO ZOOSANITÁRIO INTERNACIONAL, 2002. Disponível em: <http://www.oie.int>. Acesso em: maio de 2003. [ Links ]
2.IYER, A. V. et al. Evaluation of three "ready to formulate" oil adjuvants for foot-and-mouth disease vaccine production. Vaccine, v. 19, p. 1097-1105, 2001. [ Links ]
3. SAMARA, S. I. Controle da Febre Aftosa. In: Simpósio sobre manejo nutrição de gado de corte e leite, Goiânia (GO), editora Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, p. 139-152, 2000. [ Links ]
4.PARLAMENTO EUROPEU, 2002. A posição dos governos internacionais em matéria de vacinação contra a febre aftosa. Disponível em: <http://www.europarl.eu.int/meetdocs/committees/fiap /2002617/46447dpt.pf>. Acesso em: maio 2003. [ Links ]
5. COMISSÃO TEMPORÁRIA PARA A FEBRE AFTOSA, 2002. A política de vacinação. Disponível em: <http://www.europarl.eu.int/20020930/470548pt.pdf >. Acesso em: maio 2003. [ Links ]
6. AUGÉ DE MELLO, P.; SUTMÖLLER, P.; COSTA, K. F.; MILLÁN, A. Persistência de anticuerpos en respuesta a la revacinacion com vacuna antiaftosa com adyuvante oleoso. Boletin del Centro Panamericano de Fiebre Aftosa, v. 37/38, p. 37-38, 1980. [ Links ]
7.BAHNEMANN, H. G.; MESQUITA, J. A. Vacuna antiaftosa com adyuvante oleoso. Boletin del Centro Panamericano de Fiebre Aftosa, v. 53, p. 19-24, 1987. [ Links ]
8.UMEHARA, O. Estudo comparativo da resposta imunitária humoral, induzida em bovinos jovens, pelo emprego de vacinas antiaftosa formuladas com Avridine e com emulsão primária de óleo mineral.São Paulo (SP), 1991. 124 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991. [ Links ]
9. MARTIN, W. B.; CHAPMAN, W. G. The tissue culture colour test for assaying the virus and neutralizing antibody of foot-and-mouth disease and its application to the measurement of immunity in cattle. Research in Veterinary Science, v. 2, p. 53-61, 1961. [ Links ]
Scielo
Autor: Samir Issa Samara; Maria da Glória Buzinaro; Adolorata Aparecida Bianco de Carvalho
Vigilância abate bovinos para prevenir vaca louca no MS
A Superintendência Federal de Agricultura abateu, em Terenos (MS), cinco bovinos alimentados com a chamada “cama de frango”, com dejeto de aves, o que pode causar contaminação e ocorrência de butolismo e até mesmo da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o chamado “mal da vaca louca” .
Os abates foram no frigorífico Perin, acompanhados por técnicos da SFA. Nos próximos dias, outros 18 animais serão submetidos a abates sanitários em Sidrolândia, pelo mesmo motivo.
Após denúncias, os fiscais foram à propriedade de Terenos, onde estavam os animais alimentados com a cama de frango misturada à ração. O pecuarista também é avicultor.
A ração foi coletada e analisada no Laboratório Oficial do Ministério da Agricultura em Pedro Leopoldo (MG). O resultado comprovou a utilização do ingrediente proibido pela Instrução Normativa Mapa nº 41 (de 08.10.2009).
Além do abate, o proprietário que utiliza ingredientes de origem animal na alimentação de ruminantes,seja cama de aviário ou farinha de carne e ossos, entre outros, fica sujeito à multa e interdição da propriedade.
Após o abate, serão removidos e destruídos todos os materiais (órgãos) que representam riscos de transmissão da Encefalopatia Espongiforme Bovina.
Segundo o Fiscal Federal Agropecuário, Antonio Belarmino Machado Jr. do Serviço de Saúde Animal da SFA/MS, produtos de origem vegetal, além de leite e derivados não representam risco para a doença da “vaca louca”, sendo permitidos na alimentação de ruminantes. “O que a legislação do MAPA proíbe é o uso de proteínas de origem animal, inclusive a cama de aviário e os resíduos da exploração de suínos”, concluiu Antonio.
Fonte: Agrolink
Governo ajusta regra e facilita adesão ao Suasa
O governo federal fez ajustes na regulamentação do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para estimular a adesão de estados e municípios ao programa. O decreto, que será publicado nesta semana, prevê a equivalência entre os Serviços de Inspeção Federal (SIF), Estadual e Municipal e desvincula a aprovação dos serviços dos parâmetros do SIF. A intenção do governo é desburocratizar o processo. "Com o decreto, se o município tiver uma legislação adequada é suficiente para a equiparação", explica o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos. Na avaliação dele, as regras do SIF são mais apropriado a grandes indústrias. Com a medida, o governo espera que o Suasa chegue a 15 Estados e 500 municípios ainda em 2010. "Estamos muito longe, mas acho que o número de estados é possível."
Segundo o diretor do departamento de inspeção de produtos de origem animal do Ministério da Agricultura (Mapa), Nelmon Oliveira, o ajuste já estava em vigor e Bahia, Paraná e Minas Gerais formalizaram a adesão e comprovaram a equivalência dos serviços. Para Oliveira, uma alternativa para que a adesão possa ser agilizada é seguir o exemplo de 11 municípios de Santa Catarina, que formaram consórcio para solicitar a inclusão no Suasa.
O texto também prevê que estados e municípios tenham autonomia para formular legislações específicas para suas agroindústrias, além de colocar em prática suas próprias regras sanitárias. "É possível ter legislação que entenda as particularidades da produção artesanal", informa Campos.
Fonte: Correio do Povo.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Pesquisadora encontra nova espécie de mosquito na Amazônia
Wyeomyia baltae habita bosques úmidos e coloca larvas em bromélias.
Bióloga vai estudar se inseto transmite doenças e formas de prevenção.
Inseto tem cor de bronze. (Foto: Reprodução)
Pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde do Peru, Rosario Balta León descobriu uma nova espécie de mosquito na Amazônia do país. A descoberta da nova espécie, denominadaWyeomyia baltae, em homenagem à bióloga, foi divulgada neste mês pelo instituto.
De acordo com a bióloga, o mosquito habita principalmente regiões de selva e deposita suas larvas em volumes de água dentro de bromélias, em tocos quebrados de bambu, buracos em árvores e em outras plantas carnívoras.
Os machos adultos habitam bosques úmidos perto dos locais em que ficam as larvas e se alimenta de sangue, segundo a pesquisadora. A maior parte dos mosquitos observados é coberta por escamas com cor de bronze levemente metalizado. Alguns também podem ser dourados.
A partir da descoberta, Rosario Balta pretende estudar se o mosquito pode ou não transmitir alguma doença existente, com o objetivo de identificar uma possível forma de prevenção. Para isso, a pesquisadora também desenvolveu ilustrações que mostram a estrutura do mosquito e seu ciclo biológico.
Os desenhos serão expostos na Universidade Nacional de San Marcos, no Peru, e também em instituições de pesquisa científica nos Estados Unidos. A descoberta foi reconhecida pela Sociedade Entomológica de Washington e teve financiamento da National Geographic Society, por meio do Centro para Controle e Prevenção de Enfermidades dos Estados Unidos.
Resultado da pesquisa de opinião sobre a criação de uma Sociedade Brasileira sobre Defesa Agropecuária
A iniciativa da criação de uma Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária nasceu da troca de idéias entre pessoas interessadas no assunto, dentro da Rede de Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária (RIT DA), onde ganhou força e apoio.
No dia 9 de janeiro de 2010 foi iniciado um fórum de discussão no qual foram coletadas as impressões dos membros da RIT-DA, através de um breve questionário, quanto à necessidade de criação de uma agremiação voltada ao tema Defesa Agropecuária (DA). Esta seria capaz de discutir a DA brasileira
por meio da organização de eventos, cursos e publicações.
Após quase cinco meses no ar, o questionário foi respondido por 183 pessoas de todas as regiões do país (Figuras 1 e 2).
Figura 1: Porcentagem de respondentes por região (n=181).
A variação da porcentagem de respondentes por região reflete perfeitamente os membros por região da RIT-DA (dados não apresentados).
Figura 2: Discriminação de respondentes por unidade da federação (n=181).
Os únicos estados que não contaram com nenhum representante foram Amazonas, Amapá, Rondônia, Piauí e Paraíba. Dos 183 entrevistados, 175 (Figura 3) indicaram sua ocupação sendo mais da metade composta por servidores estaduais da defesa agropecuária (66%).
Figura 3: Porcentagem de respondentes quanto a ocupação (n=175).
A maioria dos respondentes é composta por médicos veterinários (42%) e engenheiros agrônomos (39%). Para esta pergunta o número de respostas foi maior pois três indicaram mais de uma formação acadêmica.
Figura 4: Formação acadêmica dos entrevistados (n=187).
Somente 2% daqueles que responderam a este questionário de forma voluntária indicaram que não seria importante a criação de uma agremiação que fomente cursos de atualização em defesa agropecuária. Os mesmos comentaram que esta seria uma prerrogativa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou que já existem agremiações e outras instituições que realizam esta ação.
Perguntados ainda se estariam dispostos a se filiar, grande parte respondeu positivamente sem nenhuma reserva (81%), sendo que alguns (17%)
salientaram que dependerá dos benefícios trazidos pela mesma (Figura 5).
Figura 5: Disposição dos respondentes a se filiar a uma sociedade sobre defesa agropecuária (n=183)
Quando questionados sobre a importância da criação de uma revista sobre defesa agropecuária so 2% apresentaram negativa. Destes ninguem apresentou motivos para a não criação da revista mas sim outras opções para a realização deste intento.
Perguntados quanto a abordagem desta revista mais da metade (77%) indicou que uma única publicação para as duas áreas seria a melhor abordagem. Abordados quanto ao meio em que ela deveria ser publicada 68% indicou a necessidade de que a revista seja online e impressa.
Quanto a modalidade de cursos que esta agremiação deveria fomentar e ou realizar, não houve uma resposta que demonstrasse a preferência a um tipo específico de curso.
Um dado importante desta pesquisa foi a constatação de que grande parte dos respondentes considera que existe pouca interação entre a acadêmia (ensino e pesquisa) e os orgãos de defesa (Figura 6).
Figura 6: Interação entre os órgãos de defesa agropecuária e a comunidade acadêmico-científica (n=183).
Nos Estados Unidos, a criação de uma agremiação foi capaz de trazer uma maior interação entre os órgãos fiscalizadores, as instituições produtoras de conhecimento e o setor produtivo, sendo extremamente benéfica para a sociedade. Desde 1897 a “United States Animal Health Association” (USAHA) tem sido o fórum nacional de saúde animal americano, contando com 1400 funcionários estaduais e federais, organizações nacionais aliadas, representantes regionais e membros individuais. Para que a defesa do país esteja sempre alerta e atualizada, é importante que o conhecimento possa fluir de forma natural das universidades e centros de pesquisa para as Instituições responsáveis pela defesa agropecuária, contando sempre com o auxílio do setor produtivo.
Durante a II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária (IICNDA), realizada em Belo Horizonte, de 26 a 29 de maio de 2010, foi realizada uma Mesa Redonda para discutir: “Mobilização das Sociedades Científicas e Lideranças Acadêmicas para o Avanço de Áreas Específicas do Conhecimento”, coordenada pelo Professor Evaldo F. Vilela e apresentada pelo Professor Aldo Malavasi Filho, Secretário Executivo da SBPC. Participaram também das discussões sobre a possível criação de uma Sociedade com foco na DA, Oswaldo Júlio Vischi Filho (CDA-SP), Altino Rodrigues Neto (IMA), dentre outros. Desta discussão saíram diversas ponderações sobre o possível papel de uma sociedade que discuta o tema DA no Brasil. Ficou bem claro que esta deverá ser uma agremiação multidisciplinar que não deixe de fora os profissionais da iniciativa privada e o setor produtivo do país.
Esta reunião na IICNDA foi bastante produtiva pois produziu algumas linhas de ação bem claras para o fomento desta sociedade. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, através de seu Secretário Executivo se mostrou extremamente inclinada a auxiliar na formatação de um estatuto interno para esta agremiação. Seguindo-se então, ficou acertada a realização de um workshop para sedimentar esta proposta junto a todos os interessados na criação da mesma. Segundo o Secretário Executivo daSBPC é importante que se institua, o mais rápido possível, uma organização com um CNPJ para que ela possa iniciar a arrecadação de recursos e filiação de membros visando, o seu crescimento e o alcance dos objetivos.
Conclusões
O questionário apresentou uma abrangência de respondentes de todas as regiões do Brasil apesar de uma grande concentração em alguns estados com maior participação na RITDA.
Em um universo de 187 respondentes, constituídos principalmente de médicos veterinários e engenheiros agrônomos, ficou patente a necessidade de criação de uma sociedade capaz de aproximar principalmente os profissionais executores da DA daqueles que produzem o conhecimento científico. Esta observação, baseada no questionário, se reveste de ainda mais importância na medida em que são os próprios profissionais da defesa que reconhecem esta necessidade pois são mais da metade dos respondentes.
O apoio dado pelos membros da RITDA levou a materialização destes anseios durante a IICNDA quando foi discutida a efetiva criação da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária. Esta contará com o auxílio direto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em sua formatação. O próximo passo é a realização de um workshop, capaz de agregar todos os interessados na criação desta agremiação, para que se discutam os termos finais de fundação da mesma.
Com o objetivo de tornar cada vez mais transparente o processo de criação da SBDA, a RITDA servirá como palco para discussões mais aprofundadas sobre o tema, no sentido de fomentar a criação de uma sociedade capaz de efetivamente auxiliar a evolução constante da DA no Brasil.
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