segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ebola: Vírus que mata 90% dos doentes chegou à Europa em garrafa térmica em 1976

BBC
Ebola foi descoberto em 1976, em uma comunidade no antigo Zaire
Há cerca de 40 anos, um jovem cientista belga viajou para um parte remota da floresta do Congo com a tarefa de descobrir por que tantas pessoas estavam morrendo de uma doença misteriosa e aterrorizante.
Em setembro de 1976, um pacote com uma garrafa térmica azul havia chegado ao Instituto de Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica.
Peter Piot tinha 27 anos e, com formação em medicina, atuava como microbiologista clínico.
"Era um frasco normal, como os que usamos para manter o café quente", lembra Piot, hoje diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Mas essa garrafa não continha café. Em meio a cubos de gelo derretidos estavam frascos de sangue, com um bilhete.
BBC
Piot (direita) no laboratório em 1976
Vinham de um médico belga que estava no então Zaire, hoje República Popular do Congo. Sua mensagem explicava que o sangue era de uma freira, também belga, contaminada por uma doença misteriosa.
A encomenda incomum tinha viajado da capital do Zaire, Kinshasa, em um voo comercial, na bagagem de mão de um dos passageiros.
"Quando abrimos a garrafa térmica, vimos que um dos frascos havia quebrado e o sangue havia se misturado com a água do gelo derretido", disse Piot.
Ele e seus colegas não sabiam o quão perigoso aquilo era - à medida em que o sangue vazava na água gelada, um vírus mortal e desconhecido também escapava.
Os cientistas colocaram algumas das células sob um microscópio eletrônico e se surpreenderam. Era uma estrutura que lembrava a de um "verme gigantesco para os padrões virais", diz Piot, semelhante a apenas um outro vírus, o Marburg.
O Marburg havia sido descoberto em 1967, quando 31 pessoas tiveram febre hemorrágica na Alemanha e na Iugoslávia. O surto ocorrera entre pessoas que trabalhavam em laboratórios com macacos infectados de Uganda. Sete pessoas haviam morrido.
Piot entendia a gravidade do Marburg mas, depois de consultar especialistas, concluiu que o que estava vendo não era Marburg - era algo diferente, algo nunca visto.
"É difícil de descrever, mas eu senti uma empolgação incrível", diz Piot. "Me senti privilegiado, era um momento de descoberta."

'Adeus'

Os pesquisadores foram informados de que a freira no Zaire havia morrido. A equipe também soube que muitos estavam doentes em uma área remota no norte do país. Os sintomas incluíam febre, diarreia, vômito seguido de sangramento e, por fim, morte.
Crédito: Peter Piot
Médico pessoal do líder do país organizou ida de equipe até aldeia
Duas semanas depois, Piot, que nunca tinha ido à África, pegou um voo para Kinshasa. A equipe viajou para o centro do surto, uma aldeia na floresta equatorial.
Quando o avião pousou em um porto fluvial no rio Congo, o medo da doença misteriosa era visível. Nem os pilotos queriam ficar por muito tempo - eles deixaram os motores do avião ligados enquanto a equipe descarregava seus equipamentos.
"Ao saírem eles gritaram 'Adeus'", conta Piot. "Em francês, as pessoas dizem 'au revoir' para 'até logo', mas quando eles dizem 'adieu' é como dizer 'nunca vamos nos ver novamente'."
"Mas eu não estava com medo. A excitação da descoberta e de querer parar a epidemia guiava tudo."
"
A excitação da descoberta e de querer parar a epidemia guiava tudo."
Peter Piot, médico que descobriu o ebola
O destino final da equipe era a aldeia de Yambuku, sede de uma antiga missão católica. Nela, havia um hospital e uma escola dirigida por um padre e freiras, todos da Bélgica.
As freiras e o padre haviam estabelecido eles próprios um cordão sanitário para prevenir a propagação da doença.
Um aviso no idioma local, lingala, dizia: "Por favor, pare. Qualquer um que ultrapassar pode morrer".
"Eles já tinham perdido quatro colegas. Estavam rezando e esperando a morte."
A prioridade era conter a epidemia, mas primeiro a equipe precisava descobrir como esse vírus se propagava - pelo ar, nos alimentos, por contato direto ou transmitida por insetos. "Era uma história de detetive", diz Piot.

Contaminação

A equipe descobriu que o surto estava ligado a áreas atendidas pelo hospital local e que muitos dos doentes eram mulheres grávidas na faixa de 18 a 30 anos. Em seguida, perceberam que as mulheres que passavam por consulta pré-natal recebiam uma injeção de rotina.
Todas as manhãs, apenas cinco seringas eram distribuídas e as agulhas eram reutilizadas. Assim, o vírus se espalhava entre os pacientes.
A equipe também notou que os pacientes ficavam enfermos depois de ir a funerais. Quando alguém morre de ebola, o corpo está cheio de vírus - qualquer contato direto, como lavagem ou preparação do corpo sem proteção, apresenta um risco grave.
O passo seguinte foi interromper a transmissão do vírus. As pessoas foram colocadas em quarentena e os pesquisadores ensinaram como enterrar corretamente aqueles que faleciam por causa do vírus.
Peter Piot
Vírus foi batizado com nome de rio para evitar estigma na comunidade
O fechamento do hospital, a quarentena e as informações para a comunidade levaram ao fim da epidemia. Mas cerca de 300 pessoas já tinham morrido.
Piot e seus colegas decidiram dar ao vírus o nome de um rio, o Ebola.
"Nós não queríamos batizá-lo com o nome da aldeia, Yambuku, porque é tão estigmatizante. Ninguém quer ser associado a isso", diz Piot.
Em fevereiro de 2014, o pesquisador foi a Yambuku pela segunda vez desde 1976, por ocasião de seu 65º aniversário. Ele encontrou Sukato Mandzomba, um dos poucos que pegou o vírus em 1976 e sobreviveu. "Foi fantástico, muito emocionante", contou.
Naquela época, Mandzomba era enfermeiro no hospital local. "Ele agora está coordenando o laboratório lá, e é impecável. Fiquei impressionado", disse Piot.

'Doença da pobreza'

Passaram-se 38 anos desde o surto inicial e o mundo está vivendo a pior epidemia de ebola que já ocorreu. Mais de 600 pessoas morreram nos países africanos da Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Na ausência de vacina ou tratamento, o conselho para este surto é quase o mesmo da década de 1970. "Sabão, luvas, isolar pacientes, não reutilizar agulhas e deixar em quarentena os que tiveram contato com as pessoas que estão doentes. Em teoria, deveria ser muito fácil para conter o ebola", avalia Piot.
Heidi Larson
Visita de Piot, em 2014, ao local onde ebola foi descoberto
Na prática, porém, outros fatores dificultam a luta contra um surto. Pessoas que ficam doentes e suas famílias podem ser estigmatizados pela comunidade, resultando em uma relutância para ajudar. As crenças levam alguns a confundir a doença com bruxaria. Pode haver ainda hostilidade para com os trabalhadores de saúde.
"Não devemos esquecer que esta é uma doença da pobreza, dos sistemas de saúde deficientes -e de desconfiança", diz Piot.
"
Não foi só a descoberta de um vírus, mas também de mim mesmo."
Peter Piot, cientista que identificou o ebola
Por isso, informação, comunicação e envolvimento de líderes comunitários são tão importantes quanto a abordagem médica clássica, argumenta.
O ebola mudou a vida de Piot: após a descoberta do vírus, ele passou a pesquisar a epidemia de Aids na África e se tornou diretor-executivo fundador da organização Unaids.

"O ebola me levou a fazer coisas que eu pensava que só aconteciam nos livros. Isso me deu uma missão na vida para trabalhar nos países em desenvolvimento", diz. "Não foi só a descoberta de um vírus, mas também de mim mesmo."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140721_descobridor_ebola_lab.shtml

Espécie do parasita é determinante na resposta imune à leishmaniose cutânea

Interação com o hospedeiro varia de acordo com o subgênero e a espécie do protozoário, apontam estudos de pesquisadores da USP em colaboração com instituições do Pará e do Maranhão (imagem: FMUSP)
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Especiais
15/09/2014
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Profissionais de saúde que atuam na região amazônica deparam-se frequentemente com pacientes com leishmaniose tegumentar (ou cutânea). Esses pacientes podem apresentar desde lesões na pele – que, em alguns imunologicamente resistentes, se curam de forma espontânea – até úlceras nas mucosas que atingem a cartilagem do nariz e o palato, além de nódulos e placas eritematosas infiltradas, incuráveis pelo corpo.
“Acompanhamos por mais de 20 anos um paciente com leishmaniose tegumentar cheio de lesões espalhadas pelo corpo que não curaram”, disse Carlos Eduardo Pereira Corbett, professor do Departamento de Patologia e chefe do Laboratório de Patologia de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), à Agência FAPESP. “Nesse caso, indicamos ações paliativas, para que o paciente não sofra muito.”
Um grupo de pesquisadores da instituição, em colaboração com colegas do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), descobriu, durante pesquisas desenvolvidas no âmbito de um Projeto Temático, que, além de ser influenciada pelo perfil genético e imunológico do hospedeiro, a resposta imune à leishmaniose tegumentar também é determinada pela espécie do parasita.
Alguns dos principais resultados do estudo, coordenado por Corbett, foram publicados nas revistasArchives of Dermatological Research, The Journal of Federation of American Societies for Experimental Biology – Faseb JournalParasite Immunology e Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene.
“Constatamos que alguns tipos de lesões cutâneas de leishmaniose tegumentar estão mais relacionados a uma espécie de parasita que modula a resposta imune do paciente infectado para desenvolver resistência ou suscetibilidade à doença”, afirmou Corbett.
A constatação foi feita por meio de estudos realizados pelos pesquisadores com pacientes de áreas endêmicas de leishmaniose no Pará e no Maranhão, diagnosticados e acompanhados por eles, em alguns casos, há cerca de 20 anos.
De acordo com Corbett, a leishmaniose tegumentar é transmitida para os humanos – e para animais silvestres como roedores, marsupiais, edentados e primatas – pela picada de fêmeas de insetos flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) infectados por Leishmania. Os pesquisadores estimam que tenha ocorrido, nos últimos cinco anos, cerca de 30 mil casos da doença por ano no Brasil.
Na Amazônia brasileira – que tem a maior variedade de espécies do parasita no mundo e o maior número de casos de infecção no país e na América Latina –, a doença é causada por sete espécies do protozoário, sendo seis do subgênero Viannia – L. braziliensisL. guyanensisL. shawiL. lainsoniL. naiffi e L. lindenbergi – e uma do subgênero Leishmania, a L. amazonensis.
Ao ser infectado por uma dessas espécies de parasita intracelular – que ataca células macrofágicas (hospedeiras) –, o sistema imune do hospedeiro aciona uma série de células de defesa e anticorpos, entre outros mecanismos, que interagem com o protozoário e determinam sua destruição ou sobrevivência e, consequentemente, a resistência ou a suscetibilidade à doença.
Em caso de resistência à doença o hospedeiro pode desenvolver lesões na pele que são curadas espontaneamente. Em casos mais graves de infecção por L. braziliensis, nos quais a resposta imune do organismo ao parasita é muito agressiva, podem ser desencadeadas úlceras nas mucosas.
Já no caso da suscetibilidade, o hospedeiro pode desenvolver, na forma mais grave, lesões cutâneas incuráveis em todo o corpo – em um quadro denominado de leishmaniose alérgica difusa –, como um paciente atendido durante mais de 20 anos pelo pesquisador Fernando Silveira, do Instituto Evandro Chagas de Belém (PA), e um dos pesquisadores principais do projeto.
“A Leishmania tem 250 milhões de anos e foi se adaptando ao longo desse tempo”, disse o pesquisador. “A compreensão dos mecanismos de interação do parasita com o hospedeiro – foco do nosso grupo de pesquisa – ainda representa um grande desafio”, disse.
Papel do parasita
Até agora se sabia que a variação da resposta clínica e imunológica à infecção por Leishmania estava relacionada, principalmente, com o perfil genético e imunológico dos hospedeiros.
Os pesquisadores desse projeto demonstraram que a espécie do parasita também exerce um papel fundamental na determinação do tipo de resposta imune.
As espécies do protozoário do subgênero Viannia, como a L. braziliensis e a L. guyanensis, induzem a produção de duas citocinas (proteínas que modulam a função de células) – IFN-γ e TNF-α – que fazem as células macrofágicas infectadas produzir óxido nítrico (NO) e eliminar o parasita. O hospedeiro, nesse caso, desenvolve resistência à infecção.
Em contrapartida, as espécies do subgênero Leishmania, como a L. amazonensis, estimulam a produção das citocinas como a interleucina-4 (IL-4), interleucina-10 (IL-10) e TGFβ1, que têm capacidade de suprimir a função da citocina IFN-γ e, consequentemente, desativar o macrófago, favorecendo a multiplicação do parasita e a suscetibilidade do hospedeiro à doença.
“É claro que o perfil imunogenético é importante na resposta imune do hospedeiro contra a infecção”, disse Cláudia Maria de Castro Gomes, pesquisadora da FMUSP e uma das pesquisadoras principais do projeto. “Mas observamos por meio de análises de células e tecidos dos pacientes que a espécie do parasita também ajuda a polarizar a resposta ao modulá-la”, avaliou.
Infecção experimental
Para verificar se os resultados poderiam ser observados experimentalmente, os pesquisadores usaram modelos animais. Em um dos estudos, publicado nas revistas Parasite Immunology e Parasitology Research, eles infectaram camundongos com parasitas L. amazonensis e L. braziliensis.
A infecção por L. amazonensis levou à progressão da doença, com aumento do tamanho de lesões e da carga parasitária no animal. Já a infecção por L. braziliensis causou um discreto aumento de lesões entre a sexta e a sétima semana de inoculação do parasita, com posterior regressão e redução da carga parasitária.
“Conseguimos reproduzir e corroborar no modelo experimental os resultados observados na infecção em humanos”, disse Marcia Dalastra Laurenti, professora da FMUSP, que também é uma das pesquisadoras principais do projeto.
Os pesquisadores também realizaram um estudo experimental com cinco espécies de macacos neotropicais – Callithrix jacchusCallithrix penicillataSaimiri sciureusAotus azarae infulatus eCallimico goeldii –, do Centro de Primatas do Instituto Evandro Chagas em Belém, no Pará.
As células macrofágicas do peritônio dos animais foram infectadas com parasitas das espécies L. braziliensis e L. amazonensis, além da L. infantum chagasi, causadora de leishmaniose visceral, que atinge órgãos como o fígado e baço.
Os resultados do experimento, publicados na Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, indicaram que, apesar de infectadas, as células macrofágicas dos animais controlaram a infecção.
“Observamos que, após 48 horas de infecção, a presença do parasita no interior das células diminuía e tendia a desaparecer”, disse Laurenti. “As células produziam citocinas, reagentes de oxigênio e nitrito que são capazes de controlar o crescimento e destruir o parasita”, explicou.
A fim de aprofundar os estudos e buscar outro modelo experimental de primata suscetível à infecção porLeishmania, os pesquisadores infectaram macacos-prego (Sapejus apella) por via intradérmica na cauda também com parasitas das espécies L. braziliensis e L. amazonensis.
Os resultados do estudo, publicado no fim de agosto na revista BioMed Research International, apontaram que, a exemplo das outras cinco espécies de primatas neotropicais, os macacos-prego também foram capazes de controlar a infecção por Leishmania.
A infecção por L. braziliensis durou, aproximadamente, 300 dias e causou lesões no animal que foram naturalmente cicatrizadas. Já a infecção por L. amazonensis durou menos – por volta de 180 dias – e também foi curada espontaneamente.
“Vimos que o primata é um bom modelo para estudar evolutivamente a forma localizada da doença, que culmina na cura espontânea e resistência”, disse Laurenti. “Das seis espécies de primatas que estudamos experimentalmente nenhuma apresentou suscetibilidade à leishmaniose visceral”, afirmou.

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

09 de setembro - Dia do Médico Veterinário!!!



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Em 9 de setembro de 1933 o então Presidente, Getúlio Vargas, promulgou a primeira legislação que regulamentou a profissão e o ensino da Medicina Veterinária no Brasil. Desde essa data, o dia 9 de setembro ficou conhecido como o dia oficial para homenagear profissionais tão importantes para a sociedade. Entretanto, ainda hoje, nossa importância não é bem conhecida e compreendida em sua totalidade. Muitos ainda reconhecem os médicos veterinários apenas como os médicos dos animais.

É uma honra, mas somos mais que isso!

Somos formadores de opinião, porém temos dificuldade de demonstrar e fazer a sociedade entender como nossa profissão está mais presente na vida das pessoas do que elas imaginam. Sempre que nos identificamos comomédicos veterinários, imediatamente nos perguntam: “Onde fica sua clínica?” ou "Sabe, eu tenho um animalzinho, e ele... o que você acha que ele tem?", e por aí, vai...

Desde 1998 a Medicina Veterinária foi incluída entre asprofissões responsáveis pela área da saúde, mas a sociedade ainda não reconhece nosso papel fundamental na promoção da saúde e qualidade de vida humana, assim como nossa participação na promoção da produção sustentável visando a saúde ambiental.
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Somos médicos de animais, sim! Mas somos mais que isso. E somente nós, médicos veterinários, podemos mudar essa percepção da sociedade.
Nossa participação na produção de alimentos aumenta o consumo de proteína animal nas classes menos favorecidas da população, gerando emprego e renda desde a produtividade no campo até a chegada do produto de origem animal na mesa do consumidor.
Nos fazemos presentes no desenvolvimento, através de pesquisas, de novas tecnologias e produtos na área médica e farmacêutica. Estamos presentes na promoção da saúde pública através do controle e combate das zoonoses, nossa participação efetiva nas equipes de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Ambiental, assim como na Defesa Sanitária e Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Mesmo em se tratando do meio ambiente, não podemos ser lembrados apenas como responsáveis pela saúde da fauna, mas também dedicamos nossos esforços para a manutenção da saúde ambiental.

Por fim, todas as ações profissionais dos médicos veterinários são pautadas na responsabilidade social e em um desenvolvimento sustentável.
Sobre esse assunto recomendamos a leitura dessa entrevista da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) com omédico veterinário Márcio Ricardo Costa dos Santos - MSc, PhD e PósDoc - um dos mais respeitados especialistas da área. (leia a entrevista aqui)



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http://www.escolaveterinaria.com/2014/09/9-de-setembro-dia-do-medico-veterinario.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+EscolaVeterinaria+%28Escola+Veterin%C3%A1ria%29

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

EUA: APHIS reconhece Patagônia como livre de febre aftosa

A região da Patagônia na Argentina será adicionara à lista de regiões consideradas como livres de febre aftosa e peste bovina, anunciou o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 28 de agosto. Porém, a proposta foi recebida com ceticismo pela Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina do país (NCBA).
A Argentina solicitou que a Região da Patagônia fosse reconhecida como livre de febre aftosa. O APHIS fez uma avaliação após a solicitação que determinou que a febre aftosa não está presente na região da Patagônia. O APHIS também descobriu que as medidas de vigilância, prevenção e controle implementadas pela Argentina na Patagônia foram suficientes para minimizar os riscos de introdução da febre aftosa nos Estados Unidos.
A agência disse que a peste bovina nunca foi estabelecida na América do Sul e que nenhum país dessa região reportou a doença, exceto o Brasil. Porém, a doença foi erradicada há quase um século.
Porém, a NCBA disse que o plano do APHIS de reconhecer a região da Patagônia como livre de aftosa é falho. O presidente da NCBA, Bob McCan, argumentou que o plano coloca a saúde e o bem-estar do rebanho dos Estados Unidos em risco.
“O APHIS conduziu sua análise de risco baseada em uma série de visitas a locais da Argentina para determinar o status de risco de aftosa nessas regiões. Os vários pedidos da NCBA por relatórios escritos sobre essas visitas a locais argentinos feitos pelo APHIS não foram respondidos. Finalmente, fomos informados pelo APHIS que relatórios escritos não são requeridos para revisões feitas nos locais. A falta de documentação e a óbvia falta de controles de gestão do processo de revisão nos locais põe em questão a integridade e a garantia de qualidade de toda a análise de risco.
“Apesar de a região da Patagônia dever ser declarada como livre de aftosa, a região será adicionada à lista de regiões que estão sujeitas a certas restrições designadas a reduzir os riscos da introdução de febre aftosa nos Estados Unidos, de acordo com as regulamentações do APHIS. Essas restrições garantirão que não haverá mistura de produtos de regiões com status sanitário animal mais baixo”, disse o APHIS.
Fonte: meatpoultry.com, traduzida e adaptada pela equipe BeefPoint.
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-do-boi/eua-aphis-reconhece-patagonia-como-livre-de-febre-aftosa/

Abate não fiscalizado de bovinos é estimado pelo Cepea/USP em menos de 10%

O número de bovinos abatidos sem nenhum registro de fiscalização sanitária – municipal, estadual ou federal – é menor do que muitos poderiam estimar. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indicam que menos de 10% dos abates estiveram nesta condição em 2012.
Segundo os autores da pesquisa, os resultados obtidos, bem menores que os encontrados na literatura referentes a décadas passadas, evidenciam as mudanças positivas que a pecuária nacional, como um todo, vem implementando. Segundo os pesquisadores, podem ser citados o fortalecimento do aparato legal sanitário, com foco em qualidade de processo, o salto tecnológico e gerencial das indústrias e a internacionalização do setor de carne brasileiro.
Além de analisar o abate que não teve acompanhamento do serviço de inspeção federal, nem do estadual nem do municipal pela via da oferta (de animais para abate), os pesquisadores o estimaram, de forma inédita, também pela perspectiva da demanda (por carne). A aplicação dessas duas metodologias funciona como uma contrachecagem dos resultados que, ao final da pesquisa, mostraram-se bastante semelhantes.
Do lado da oferta, o volume não fiscalizado correspondeu de 7,4% a 8,9% do total abatido em 2012 nos estados da pesquisa. O resultado na forma de intervalo decorre de problemas no ajustamento dos valores oficiais de abate, já que alguns estados forneceram dados incompletos. Pela abordagem da demanda – é menor o grau de detalhamento dos dados –, o abate não fiscalizado foi estimado em 7,6% do total de animais abatidos para atender à demanda por carne no país.
Em linhas gerais, para chegar aos resultados, a equipe do Cepea estimou a oferta de animais para abate e também a quantidade de animais necessária para atender a demanda nacional por carne bovina, tudo referente ao ano 2012. Esses volumes foram, então, comparados ao abate oficial (com fiscalização sanitária). A diferença é o “não fiscalizado”, expressão adotada pelos autores em detrimento de “abate clandestino”, que pode render interpretações não cobertas por esta pesquisa – como a fiscalização tributária/fiscal dos abates.
Pelo lado da oferta, o estudo abrangeu os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e também o Distrito Federal. Para alguns estados, porém, as estimativas são parciais e devem ser aprimoradas conforme se obtenham dados mais detalhados. Para outros, não foram obtidas informações consistentes. Por essas dificuldades, os autores da pesquisa ressaltam que os resultados da estimativa do abate não fiscalizado pela via da oferta de animaisdizem respeito a 84% do rebanho e a 85% do total abatido em 2012, segundo estimativas do IBGE.
Oferta sem fiscalização sanitária – Para mensurar a oferta de animais para abatem 2012 que não foi contabilizada pelos órgãos de inspeção sanitária, os pesquisadores utilizaram a estrutura de propriedades típicas em dezenas de regiões do País já constante dos bancos de dados do Cepea – trabalho realizado desde 2002 em parceria com a CNA – e informações secundárias. Neste grupo, incluem-se: o total de animais vacinados na segunda campanha (novembro) contra a febre aftosa de 2012, Guias de Trânsito Animal (GTA) – documento federal obrigatório tanto para o trânsito intra quanto interestadual de animais, independentemente da finalidade – e também o número de animais abatidos pelos Sistemas de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE) e Municipal (SIM). Parte dos estados, no entanto, não forneceu dados detalhados sobre o abate de animais sob inspeção estadual e municipal nem as GTAs, o que limitou a precisão dos resultados.
Animais abatidos para autoconsumo, ou seja, destinados ao consumo daqueles diretamente relacionados à propriedade pecuária não foram incluídos como “não fiscalizado”, já que não têm finalidade comercial. Segundo os pesquisadores, encontram-se na literatura trabalhos que estimam o autoconsumo de produção agropecuária em geral na zona rural – especialmente em unidades de agricultura familiar –, mas nada que quantifique o autoconsumo de carne bovina. Haveria uma lacuna na literatura técnica ou acadêmica, o que torna este estudo um marco também sobre esse tópico no Brasil.
A estimativa do autoconsumo de carne bovina feita pela equipe do Cepea envolve informações da PNAD e da POF, ambas do IBGE, do Ministério do Trabalho, de painéis realizados pela própria equipe em parceria com a CNA e de outros levantamentos de campo específicos sobre consumo de carne bovina per capita por estado, percentual de funcionários que vivem na propriedade e percentual de propriedades que abatem bovinos. O resultado geral, referente ao País todo, sinaliza que o autoconsumo na zona rural absorveu, em 2012, cerca de 4 milhões de cabeças. A equipe responsável pela pesquisa, no entanto, destaca que também os cálculos de autoconsumo podem ser refinados com o amadurecimento da metodologia ora aplicada.
Sob esses parâmetros metodológicos, o número de animais abatidos não inserido em qualquer sistema de fiscalização é o resultado do número de animais ofertados em 2012, subtraído o autoconsumo no mesmo ano. Assim, o percentual de abate não fiscalizado foi obtido pela comparação desse valor final com os dados oficiais de animais abatidos com fiscalização.
Os resultados variaram consideravelmente entre os estados. No Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul, estão os menores índices de abate não fiscalizado, calculados em apenas 4,1% e 4,8%.No outro extremo, está Minas Gerais, com 15,2% – veja a relação completa na tabela abaixo; abordagem da oferta.
A região Norte, representada pelos estados do Pará e Tocantins – cerca de 60% do rebanho da macrorregião – apresentou o maior percentual de abate não fiscalizado, 11,2%. Em situação oposta está o Sul, com média de 5,2%. Do Nordeste, apesar da contribuição de alguns estados, foi possível considerar somente dados da Bahia – 36% do rebanho nordestino – e, nesta unidade da federação, a informalidade foi estimada em 10,4%. No Sudeste, a pesquisa do Cepea aponta que 9,5% dos abates ainda ocorrem ao largo de qualquer fiscalização sanitária.
Esse resultado médio foi influenciado por Minas Gerais (15,2%), que tem agropecuária bastante heterogênea, já que Espírito Santo aparece com apenas 4,1% de abates não fiscalizados; Rio de Janeiro e São Paulo, com cerca de 5%. No Centro-Oeste, onde é forte a presença de frigoríficos com inspeção federal e é maior a distância dos centros consumidores, o que estimula o autoconsumo nas propriedades, a média é de 5,7%.
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Demanda sem fiscalização sanitária – Na outra frente da pesquisa, quando o objetivo era estimar o número de animais para atender ao consumo de carne bovina brasileira e compará-lo com o total de abates fiscalizados, os pesquisadores trabalharam com dados de todo o País. Foram considerados o consumo de carne bovina por estado, o volume produzido também pela mesma unidade da federação (ponderando-se o rendimento de carcaça e o peso médio do animal), o volume importado, o exportado e, nesta via de análise, também o autoconsumo.
Todos os dados foram convertidos em número de cabeças equivalentes e calculado o necessário para suprir o volume consumido. A equação desenvolvida pela equipe do Cepea levou em conta ainda a elasticidade renda-consumo por região, a taxa de crescimento do rendimento familiar por estado e a taxa de crescimento da própria população.
Os resultados desta estimativa (rebanho necessário para atender à demanda por carne) foram comparados ao número de animais abatidos sob fiscalização de uma das três esferas. A diferença, 7,6%, é, então, assumida como a proporção de animais abatidos sem fiscalização no Brasil, utilizando-se a abordagem da demanda.
Em termos absolutos, os pesquisadores do Cepea calcularam que o consumo interno de carne bovina no Brasil em 2012 foi ao redor de 6,9 milhões de toneladas, face à produção total de 8,5 milhões de toneladas, que corresponderia à demanda de abate de 37,9 milhões de cabeças naquele ano.
Todas as estimativas de demanda por carne e animais foram feitas também por unidade da federação, mas, pela falta de informações sobre o comércio interestadual de carne no Brasil, não foi possível determinar quanto da demanda (equivalente em animais) de cada estado seria atendida por carne sem fiscalização sanitária.
Continuidade – Conforme os autores da pesquisa, os percentuais de abate não fiscalizado ora apresentados podem ser refinados à medida que órgãos governamentais aprimorem a coleta, tabulação e fornecimento de dados. A pecuária bovina de corte é relevante em termos de segurança alimentar, de renda gerada no campo e contribui para o equilíbrio das contas do país, o que justifica suficientemente o empenho para que se tenham dados consistentes sobre o setor. Por outro lado, reconhece-se que implementar e administrar com eficiência sistemas de controle em um país de dimensões continentais como o Brasil é um grande desafio.
Mais que as estimativas obtidas para o ano de 2012, os pesquisadores destacam que este trabalho resultou na construção de metodologias consistentes para a análise tanto do abate não fiscalizado quanto do autoconsumo de carne bovina.
Autores da pesquisa – Este trabalho é de autoria do Cepea, da Esalq/USP. Foi elaborado com a coordenação dos professores Sílvia Helena G. de Miranda e Sergio De Zen, que contaram com a equipe de pesquisadores formada por: Mariane C. dos Santos, Daniel M. Velazco Bedoya, Graziela N. Correr, Wagner H. Yanaguizawa e Gabriela G. Ribeiro.
Financiadores – Esta pesquisa teve o apoio financeiro das seguintes instituições: Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart, JBS, Minerva Foods, Marfrig,  Rodopa e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Fonte: CEPEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-do-boi/abate-nao-fiscalizado-de-bovinos-e-estimado-pelo-cepeausp-em-menos-de-10/

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Peste Suína Clássica: OIE muda regra e Brasil pode perder espaço no mercado internacional

A partir de 2015 a peste suína clássica (PSC) passa a fazer parte da lista de doenças de reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), juntamente com febre aftosa, peste bovina, pleuropneumonia contagiosa dos bovinos, encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca), peste dos pequenos ruminantes e peste equina. A partir de então o reconhecimento de país ou área livre da doença será dado através de certificação da agência internacional. 
A mudança na regra, oficializada pela resolução 29 da OIE e aprovada pelos países membros em maio de 2013, altera a condição da peste suína clássica de doença de autodeclaração para doença de reconhecimento oficial. Na situação anterior, cada país membro poderia declarar seu território ou parte dele como livre da doença. No caso do Brasil, a Instrução Normativa 52/2013 do Ministério da Agricultura declara como livres de peste suína clássica os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins, o Distrito Federal e alguns municípios do estado do Amazonas. 
Com a nova regra os países membros solicitam a certificação internacional à Organização Mundial de Saúde Animal, e o que vem causando discussão é que o Ministério da Agricultura vai encaminhar o pedido de certificação de área livre apenas para os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deixando de fora estados importantes na produção e exportação de carne suína. Pelo menos dois estados, Paraná e Goiás, já se mostraram insatisfeitos com o relatório que será encaminhado para OIE agora em setembro, e ameaçaram até mesmo entrar na justiça para fazerem valer seu status de área livre. Fica claro que a atual situação da área autodeclarada livre de peste suína clássica não suportará uma auditoria internacional.
No curto prazo, pelo menos até meados de 2015, nada muda em relação às exportações de carne suína, já que até lá todos os países membros estão fazendo o mesmo que o Brasil, e solicitando à OIE o reconhecimento de seus estados nacionais ou de parte deles como livres da doença. A partir daí há risco de perda de espaço brasileiro no comércio internacional, seja pela redução do número de estados certificados como livres, seja pela possibilidade de retaliação do Brasil por países que sejam reconhecidos como livres pela OIE. A utilização do conceito de equivalência previsto pelo acordo de medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC) poderá ser utilizado para impor restrições ao Brasil, no todo ou em partes.
O acordo SPS tem como objetivo o estabelecimento de regras para a aplicação de medidas sanitárias e fitossanitárias aos produtos agrícolas, para proteção da vida ou saúde humana, animal ou vegetal, de modo a não criar barreiras desnecessárias ao comércio internacional. A partir do acordo SPS, três instituições passam a ser fundamentais para o comércio de produtos agrícolas: o Codex Alimentarius (CODEX) para medidas de segurança dos alimentos; a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no estabelecimento de medidas na área de sanidade animal; e a Convenção Internacional para Proteção Vegetal (IPPC) que estabelece critérios para sanidade vegetal.
O desafio que hora se apresenta ao Ministério da Agricultura, enquanto autoridade sanitária nacional, é o de incluir o quanto antes todos os estados brasileiros com importância na produção e exportação de carne suína, que são basicamente os três estados do sul, São Paulo em Minas Gerais na região sudeste e os estados da região centro-oeste, dentro da área livre de peste suína clássica reconhecida pela OIE. A execução desta empreitada vai implicar na definição de questões como formação de fundos sanitários em estados como São Paulo e Minas Gerais e a reestruturação dos serviços de defesa sanitária de estados como Mato Grosso e São Paulo.
Outro ponto que necessariamente precisará ser enfrentado é a questão do nordeste, região onde a peste suína clássica é endêmica. O desafio aqui é a grande quantidade de animais criados sem nenhum controle sanitário ou zootécnico e a pouca importância econômica da suinocultura industrial para o PIB daqueles estados. A baixa relevância econômica faz com que os estados nordestinos não tenham maiores incentivos na execução de um programa de erradicação da doença, sobretudo porque é justamente nestes estados que o controle da enfermidade será mais dispendioso, seja pela falta de conhecimento do real tamanho da população de suínos, seja pela dispersão geográfica destes animais ou seja pela necessidade de recursos para suportar possíveis indenizações em casos de abates sanitários.
Não é hora de acusações sobre quem foi negligente em relação aos estados tido como livres e que agora veem-se ao largo do reconhecimento internacional, ou do porquê a questão da peste suína clássica não foi solucionada no nordeste depois de tantos programas oficiais de erradicação da doença. O momento é de uma discussão profunda entre a cadeia produtiva, governos estaduais e federal e especialistas no assunto, para colocar em ação um planejamento estratégico que no médio prazo resolva a inserção dos estados produtores de carne suína na área livre e no longo prazo resolva a situação endêmica da peste suína clássica no nordeste.
Fonte:  Blog do Coser
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/noticia/peste-suina-classica-oie-muda-regra-e-brasil-pode-perder-espaco-no-mercado-internacional/20140828093123_J_688