sábado, 28 de julho de 2012

11 curiosidades sobre o cérebro dos animais


O cérebro é um dos órgãos mais fascinantes de qualquer organismo. Afinal, sua função é basicamente ser um pequeno computador com o poder de comandar tudo o que o corpo irá fazer. Nos animais, ele pode ser formado por pequenos grupos de neurônios ou chegar a níveis altos de complexidade, como os da nossa própria espécie. Para você entender melhor este misterioso órgão, separamos 11 curiosidades sobre animais que têm, provavelmente, os cérebros mais estranhos do mundo todo. Olha só:
1. Aranhas que têm parte do cérebro nas pernas
Que as aranhas têm cara de perigosas a gente já sabe. A surpresa é que algumas espécies têm cérebros tão grandes que eles se “espalham” para as pernas. Opa, como assim? Bem. Independente do tamanho, todas as espécies de aranha têm que executar o mesmo conjunto básico de tarefas. Como algumas são bem complexas, tipo construir teias, as células cerebrais necessárias não cabem na “cabeça” e precisam ficar alojadas em outras partes do corpo. Segundo o Smithsonian Tropical Research Institute (STRI), o sistema nervoso central das menores aranhas do mundo pode preencher até quase 80% de suas cavidades corporais e cerca de 25% de suas pernas.
2. Sanguessugas com 32 cérebros
Sanguessugas
Você tem nojo dessas criaturas. Mas não pode negar que elas sejam úteis para a medicina. Sanguessugas são usadas para chupar o sangue em casos indesejados de parasitas e para ajudar a limpar feridas infectadas. Mas, além disso, elas são criaturas fascinantes: têm cinco pares de olhos, 300 dentes e…32 cérebros. Na verdade, tecnicamente é apenas um, mas na prática ele é formado por 32 gânglios.
3. Lulas gigantes que se alimentam pelo cérebro
Curiosidade sobre o cérebro da lula gigante
As lulas gigantes estão, com certeza, entre os animais mais misteriosos do planeta. Afinal, a espécie nunca foi capturada ou estudada viva. Uma das bizarrices do animal é que ele precisa morder seus alimentos em pedaços relativamente pequenos. Isso porque, uma vez que eles são engolidos, precisam passar pelo cérebro (que tem o formato de uma rosquinha) para chegar ao esôfago. E apesar do tamanho colossal, as lulas gigantes têm cérebros incrivelmente pequenos. Steve O’Shea, pesquisador do Universidade de Tecnologia de Auckland, conta que uma lula gigante masculina, por exemplo, tem o desafio de coordenar 150 quilos de peso, 10 metros de comprimento e um pênis de 1,5 metro (!) com um cérebro minúsculo de apenas 15g.
4. Formigas zumbis com fungo no cérebro
Sim, é isso mesmo que você leu. E o importante aqui não é exatamente o cérebro dessas formigas, mas a maneira como ele reage a uma certa espécie de parasita, o fungo do gêneroCordyceps. Funciona assim: esporos microscópicos se infiltram no hospedeiro (a formiga, no caso) e o fungo começa a se alimentar dos seus órgãos não-vitais. Quando está pronto para lançar seus esporos, o Cordyceps faz uma lavagem cerebral na formiga. Crescem filamentos no cérebro do inseto e o fungo solta substâncias químicas que o forçam a escalar a planta mais próxima. Quando chegam ao topo, o fungo mata o hospedeiro e um pequeno cogumelo contendo esporos brotam de sua cabeça. Olha só (dá um pouco de agonia. Então, cuidado):
5. e 6. Vespas e nematoides com cérebros minúsculos, mas capazes de realizar funções complexas
Apesar de ter um corpo quase completo, com olhos, cérebro, asas, músculos e genitais, a minúscula vespa da espécie Megaphragma mymaripenne é menor que uma ameba unicelular e dona de um dos menores sistemas nervosos entre os insetos. Ele é composto por apenas 7400 neurônios. Para se ter uma ideia, uma mosca tem cerca de 340.000 neurônios e uma abelha pode chegar a 850.000. E mesmo assim, a vespa M.mymaripenne consegue voar, procurar por comida e encontrar os locais corretos para depositar seus ovos.
Além dela, o nematoide C. elegans é outro animal com um cérebro pequeno, mas poderoso. Esse verme de apenas 302 neurônios é capaz de realizar funções de grande complexidade, mais comuns em organismos mais desenvolvidos. Por isso, cientistas estão estudando o cérebro doC. elegans para compreender melhor alguns mecanismos básicos que facilitam comportamentos mais complexos.
7. Ascídias que comem seus próprios cérebros
Curiosidade sobre o cérebro das ascídias
Apesar do nome estranho, você provavelmente já ouviu falar das ascídias. Essas criaturas parecidas com pequenos sacos vivem fixadas em corais e se alimentam filtrando sua comida da água do mar. Além disso, são hermafroditas e, por isso, soltam larvas que se dispersam para encontrar lugares onde possam crescer. Nesse período larval, elas ainda são “normais”. Mas quando crescem, elas, literalmente, “perdem a cabeça”. As ascídias digerem a própria glânglia cerebral, responsável por controlar seus movimentos. O motivo? Já que os animais vão se tornar “sedentários”, pra que ter cérebro, né?
8. Peixes com cérebros diferentes para o macho e a fêmea
Curiosidade sobre o cérebro do Gasterosteus aculeatus
Sabe aquele papo de que as mulheres não são tão inteligentes quanto os homens? Bem, isso já foi cientificamente desmentido há um tempo. Porém, em uma única subespécie particular, a afirmação está correta. Esse peixe, que habita o Lago Mývatn, na Islândia, tem uma disparidade entre o tamanho dos cérebros femininos e masculinos. Pesquisadores especulam que o cérebro masculino pode ser maior pelo papel que os machos encaram: são eles que enfrentam a função mais desafiadora, que envolve construir os “ninhos”, realizar as danças de acasalamento e ainda cuidar dos ovos. Enquanto isso, as fêmeas precisam apenas escolher o parceriro e depositar os ovos.
9. Pica-paus com bolsas de ar em seus crânios
Você já parou para se perguntar como os pica-paus não acabam com danos cerebrais, depois de ficarem o dia todo bicando superfícies duras? Assim como outros pássaros, eles têm crânios muito complexos, cheios de pequenos e levíssimos ossos. Além disso, desenvolveram um mecanismo de proteção embutido que protege seus cérebros dos impactos da sua atividade. E esse mecanismo é a resposta para a pergunta do início desse parágrafo: são bolsas de ar em seus crânios que protegem o cérebro desses pássaros. É tipo um airbag orgânico.
10. Cachorros com cérebros esmagados
Curiosidade sobre o cérebro da raça de cães Cavalier King Charles Spaniel
Com fama de serem uma raça amigável, os cães Cavalier King Charles Spaniels estão ficando populares lá nos Estados Unidos. O problema é que todos os “melhoramentos” da raça feitos pelos criadores nos últimos séculos criaram nestes cães uma patologia conhecida como siringomielia. Basicamente, o que acontece é que o cérebro do cão pode ficar grande demais para seu crânio. Um terço dos cachorros da raça sofre com a condição, que deve incomodar bem mais do que ter pés do tamanho 40 presos eternamente em um sapato 36.
11. Corvídeos são extremamente espertos (mais do que você imagina)
Os corvídeos, aquele grupo de pássaros que inclui corvos, gaios e gralhas, são muito mais espertos do que muita gente pensa. Alguns pesquisadores acreditam até que eles talvez sejam tão inteligentes quanto alguns primatas. Não acredita? Preste atenção em algumas das coisas que têm surpreendido os cientistas: eles têm memórias extraordinárias, são capazes de desenvolver raciocínio social e de elaborar e usar ferramentas. Aliás, alguns até transformam varas em “ganchos” para conseguir pegar larvas e vermes em lugares difíceis. Surpreendente, não? Segundo o pesquisador da Universidade de Cambridge, Christopher Bird (sobrenome apropriado, não?), se eles estão sendo observados, também escondem suas comidas. “Mas eles vão fazer alguns falsos esconderijos também. Como encostar o bico no chão, mas não colocar a comida. É um pouco como uma estratégia de confusão”, diz Bird.

http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/11-curiosidades-sobre-o-cerebro-dos-animais/

MINAS AVALIA PROGRAMA PARA MELHORAR A QUALIDADE DO LEITE



BELO HORIZONTE (27/07/2012) – A proposta de um programa destinado a melhorar a qualidade do leite em Minas Gerais foi apresentada nesta quinta-feira (26), em Belo Horizonte, pela Câmara Técnica Setorial de Bovinocultura de Leite do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O secretário Elmiro Nascimento disse, na reunião, que o programa deve trazer grandes benefícios à economia do Estado, primeiro no ranking nacional de leite com uma produção da ordem de 8 bilhões de litros por ano.
“As ações incluídas no Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite atendem à evolução de uma atividade tradicional do Estado, espalhada por praticamente todos os municípios”, acrescentou. “Por sua importância, o segmento e o produto devem ser fortalecidos e preservados, principalmente por meio de parcerias”.
Neste caso, os parceiros são instituições como a Emater-MG e IMA (vinculadas à Seapa), Embrapa Gado de Leite, universidades e outros órgãos dos segmentos público e privado. Após aprovação, o programa será desenvolvido com a coordenação do governo de Minas por meio de ações básicas para a melhoria de infraestrutura, educação e outras.
Agregação de valor
De acordo com o coordenador da Câmara Técnica de Leite, Carlos Eduardo Ferreira, os primeiros efeitos do programa devem ser a agregação de valor ao produto e o aumento de renda para o produtor. “Como o objetivo é dar condições para o processamento de produtos lácteos de excelência, as indústrias deverão gerar informações que facilitem a produção de leite de qualidade superior”, explica.
Ferreira ressalta que a proposta é começar com a adoção, nas fazendas, de medidas simples, como a limpeza dos equipamentos e instalações, higiene dos trabalhadores e um melhor tratamento aos animais. Esses cuidados, segundo o coordenador, deverão ser adotados sempre com a orientação dos técnicos. “São ações fundamentais para a obtenção de um produto que possa ter melhor aproveitamento na indústria.”
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Cota Moreira, também destaca o papel das processadoras como difusoras das boas práticas de produção nas propriedades, tarefa que deve ser compartilhada pelas demais instituições que integram a câmara técnica e participaram da elaboração do programa.
Ele acrescenta que o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite foi inspirado principalmente nas fazendas da Nova Zelândia, onde as mudanças começaram com a higienização pessoal, dos equipamentos e dos animais. Depois foram agregados outros fatores de qualidade à produção do leite até o produto apresentar condições para melhor aproveitamento nas processadoras.
Importância da água
Para o coordenador do grupo que elaborou o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite, José Rinaldi Brito, “a utilização sustentável da água nas propriedades é providência básica e indispensável”. Está prevista inclusive a definição do volume necessário, em cada propriedade, para o consumo por vaca, limpeza de equipamentos, instalações e animais, além da geração, pelo programa, de outras informações referentes ao uso sustentável da água.”
De acordo com Brito, por meio do programa serão criados plantões técnicos, possivelmente na Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, para atendimento aos produtores, industriais, técnicos e extensionistas. As questões serão encaminhadas por intermédio de um site. 
  
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Genérico para animais pode não ser tão atrativo para fabricantes e consumidores


A expectativa em torno da redução de custos com a autorização do uso de produtos genéricos veterinários pode tomar rumos diferentes do que ocorreu em relação aos medicamentos de uso humano. Nem a indústria nem alguns segmentos do governo acreditam que, inicialmente, os preços dos novos produtos para o tratamento de animais sejam significativamente mais atrativos para fabricantes e para consumidores em relação aos dos produtos convencionais.

O conservadorismo em relação aos efeitos da lei que entrará em vigor no final de outubro de 2012 é resultado das exigências cobradas para autorização de novos produtos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) vai concluir os detalhes da regulamentação para registro dos produtos em 90 dias. Além dos testes para comprovar equivalência de efeitos em relação aos medicamentos convencionais, deve ser mantida a obrigatoriedade de testes de resíduos.

"A lei precisa ser atrativa para o empresariado que precisa ver a produção de genéricos como oportunidade de negócio, baseado no custo da produção", disse o diretor executivo da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Henrique Tada. Segundo ele, a manutenção das exigências faz com que os preços dos novos produtos fiquem nos mesmos patamares dos cobrados pelos itens convencionais.

"Na área humana, o estudo de bioequivalência substitui os estudos clínicos, que são mais caros. Para produtos veterinários não é possível transpor o beneficio, porque as exigências se equiparam", acrescentou.

O diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários do Ministério da Agricultura, Fernando Silva, reconheceu que as margens da indústria de produtos veterinários são "bastante reduzidas" e que a comprovação do resíduo significa um custo adicional para o genérico. Esses testes são importantes porque garantem que não exista acúmulo de resíduos de medicamentos ou vacinas, por exemplo, em produtos consumidos pelo homem, como mel, leite, queijo e carne.

"Não há como flexibilizar. É uma questão de saúde publica. A indústria tem que comprovar que o produto é seguro para o consumidor e não apenas para os animais", explicou. Fernando Silva acrescentou que a redução de custos pode ser negociada em um outro momento, com pleitos por redução tributária e fiscal. "A redução de custos não pode é ser jogada para questões que garantem qualidade e segurança para todos", reforçou.

Além do problema de saúde pública, os técnicos do ministério alertam para restrições de mercado. Há dois anos, por exemplo, os Estados Unidos suspenderam o comércio com o Brasil depois de identificar em uma carga de carne brasileira a presença de resíduos do antiparasitário ivermectina.

Para que o novo negócio seja atrativo, a indústria não apela apenas para o custo de produção, mas também critica a morosidade nos processos de registro de produtos. Fernando Silva reconhece que o trâmite de autorização de novas substâncias e fórmulas pelo Ministério da Agricultura tem superado o prazo estipulado em lei, que é seis meses. "Estamos levando entre oito meses e um ano com as análises. Na nossa área, falta pessoal qualificado. A indústria já chega com toda a documentação pronta, mas a avaliação requer gente qualificada", justificou o diretor.

A falta de técnicos também afeta o setor de fiscalização, que é responsável por verificar o cumprimento das regras. Segundo Silva, há a perspectiva de concursos para o ingresso de novos profissionais, mas sem data prevista. O quadro de fiscais tem, atualmente, quase 400 vagas abertas, antes ocupadas por servidores que se aposentaram. Para Benedito Fortes de Arruda, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a falta de fiscais pode comprometer os benefícios que a nova lei pode trazer para o setor.

"Não existe fiscalização adequada nas casas que comercializam produtos veterinários. Vamos encontrar uma gama de produtos que vão de R$ 2 a R$ 200 por dose. Alguma cosia deve estar errada", disse. Arruda acrescentou que pequenos laboratórios "de ponta de rua", vendem produtos inadequados. "Como não tem fiscalização, os laboratórios estabelecidos que fazem os estudos exigidos são prejudicados por esses outros atravessadores."

FONTE

Carolina Gonçalves - Repórter 
Juliana Andrade - Edição

Ibama reavalia uso de quatro tipos de agrotóxicos e suas relações com o desaparecimento de abelhas






Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.

Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.

Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.

Estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. "Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores", explicou o engenheiro.

A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no país.

A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.

O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. "É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada", acrescentou.

Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.

No dia 25 de julho de 2012, o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.

Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) -- órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. 

"Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos", explicou o engenheiro.

No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.

Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias.

FONTE

Carolina Gonçalves - Repórter
Lana Cristina - Edição


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) será inteiramente reformulado

Depois de ter sido regulamentado em 2006 pelo Ministério da Agricultura e praticamente não sair do papel, o Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) será inteiramente reformulado. Com a nova configuração, o programa vai transferir boa parte da responsabilidade pela qualidade do produto para quem o fabrica e simplificar as regras de registro para a comercialização.

Até agora, o Ministério da Agricultura era responsável pela realização de testes e aprovação das vendas de todos os produtos e insumos fabricados no país. Com as novas regras, a responsabilidade será dividida entre o ministério, os produtores, os governos estaduais e municipais e entidades governamentais. O Suasa foi criado inicialmente para inspecionar e autorizar a comercialização de produtos agropecuários em todo o território nacional. Mas a tarefa se tornou impossível com o crescente número de empresas e produtores.
As mudanças vão permitir maior liberdade para o empresário rural colocar seu produto no mercado. A vistoria será feita depois. Em um primeiro momento, o dono da fazenda vai entregar a documentação aos fiscais estaduais especificando seu produto e receberá a autorização para vendê-lo. Essas informações serão incluídas no sistema nacional e ficarão abertas para consulta, permitindo que os produtores vendam o produto em todo o Brasil.
No futuro, o próprio produtor deverá submeter, com frequência, amostras para análise em laboratórios autorizados pelo governo. No caso de inconformidade com a documentação entregue ao ministério e o produto vendido, o produtor será responsabilizado. "No regime anterior, a responsabilidade pela segurança do produto era exclusivamente do governo. Nos últimos anos a questão ficou clara para todos: quem tem que garantir a especificação do produto é quem o faz", disse o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques Pereira.
Hoje, as regras para comercialização são "altamente" burocráticas e impediam o produto de se regularizar. Para comercializar um produto em um município, a agroindústria precisava cadastrá-lo na secretaria municipal. Se for em mais de um município, na estadual. Se for vender em todo o território nacional e no exterior, é necessário um SIF. "O governo está reconhecendo a equivalência do serviço municipal ao nacional", disse Pereira ao Valor.
Com o novo Suasa, o produtor pode entregar a documentação e registrar o produto no seu município e vender em todo o país. Para cada produto, existe um sistema de informação subordinado ao Suasa: Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA); Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SISBI-POV); Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Agrícolas; Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pecuários.
A expectativa do secretário de Defesa Agropecuária do ministério é que o programa atinja 1,1 mil municípios até 2015. Hoje, esse número não passa dos 50. Atualmente, vários Estados já têm um programa de vistoria e cadastro de alimentos, mas que não é integrado nacionalmente ou nem sempre estão funcionando.
"Dentre todos os municípios brasileiros, 67% não possuem um serviço de inspeção instalada. Nos 33% que possuem, mais da metade deles não está funcionando", afirmou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira.
Um dos principais benefício esperado pelo governo será a formalização dos produtores. Nos padrões antigos, por incapacidade do governo em autorizar a todos a comercialização, somente indústrias e entrepostos podiam finalizar a fabricação do produto. Isso faz com que a agricultura familiar tenha dificuldades para vender sua produção fora do seu território.
Um produtor de queijo, por exemplo, somente poderia concluir algumas etapas da produção. A finalização do processo deveria ser feita em outro local autorizado pelo governo, já que somente uma propriedade não conseguiria a licença. Hoje, aqueles que já seguem as regras poderão abrir uma agroindústria ou se juntar a vizinhos para isso.
"Nos últimos cinco anos conseguimos criar um tipo de regra que é possível o pequeno atender", explicou o secretário. A informalidade é mais acentuada nas propriedades que atuam em menor escala e onde o consumo é local, como em feiras livres ou de produtos como leite cru, direto do animal.
A informalidade hoje assusta em alguns segmentos. No caso dos ovinos, ela pode chegar a 90% de toda a carne comercializada no país. Nos lácteos, cerca de 50% da venda dos derivados e do leite são feitos sem vistoria oficial.
O caso mais complicado é o de bovinos. Mesmo com abates clandestinos, quando o produtor decide abater o animal em sua propriedade e vender cortes de carne, a expectativa é que este quadro não mude. A tendência é que somente quem processa o produto, como salames, queijos e salsichas possa se beneficiar. "O produtor deve sofrer pela falta de estrutura. As obrigações para construir um abate são gigantescas. É impossível ele construir um matadouro pequeno. Ou o município faz ou vários se reúnem para construir", disse Pereira.
O governo ainda avalia qual o método que será usado para pequenos produtores comercializem seus produtos. No caso daqueles pequenos que não se interessarem em abrir uma agroindústria coletiva, está em estudo pelos Ministérios da Receita, Previdência e Agricultura a possibilidade de eles continuarem utilizando seus CPFs ao invés de um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Fonte:  Valor Econômicohttp://www.suinoculturaindustrial.com.br/noticias/inspecao-sanitaria-agropecuaria-sera-revista/20120727082834_K_225

FAO pede pesquisas globais com vírus da peste bovina


A agência alimentar das Nações Unidas fez um pedido nesta terça-feira (23) para que os países se unam a uma moratória global sobre pesquisas que façam uso do vírus da peste bovina, para garantir que a doença mortal para o gado permaneça erradicada. Doença viral altamente infecciosa, a peste bovina não afeta diretamente humanos, mas mata em poucos dias um animal doente e pode eliminar rebanhos inteiros. O último surto ocorreu no Quênia em 2001.
Chefe do escritório veterinário da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Juan Lubroth, observa que os países “devem garantir que esse material seja mantido em apenas alguns laboratórios seguros para evitar riscos inaceitáveis”. Declarada erradicada há um ano pela FAO e pela Organização Mundial para Saúde Animal (OIE), a peste bovina só continua a existir em laboratórios.
Em um comunicado de imprensa, a FAO afirmou que trabalha com a OIE para destruir amostras do vírus de peste bovina potencialmente perigosas e materiais biológicos armazenados em mais de 40 laboratórios em todo o mundo, alguns em níveis insuficientes de biossegurança.
Em duas resoluções internacionais aprovadas no ano passado, os países membros da OIE e da FAO concordaram em destruir os estoques remanescentes do vírus ou armazená-los em segurança em um número limitado de laboratórios de alta segurança aprovados por ambas as organizações. Eles também concordaram em proibir qualquer pesquisa que use o vírus vivo, a menos que seja aprovada pela FAO e OIE.
Fonte: ONU, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Uruguai: auditoria sobre qualidade da carne relacionada ao bem-estar animal


Em 2013, será feita uma terceira auditoria sobre qualidade da carne nos frigoríficos uruguaios buscando medir os avanços na aplicação das técnicas de bem-estar animal. A intenção é aportar informações adaptadas à realidade local. A primeira auditoria foi feita em 2003, com o apoio da Universidade do Colorado, Estados Unidos, e detectou que entre a produção, o transporte e a industrialização, foram perdidos US$ 32,52 por cada novilho abatido por um mau manejo do animal. Na segunda, realizada em 2008, as perdas baixaram pela metade, mas se seguiu avançando e não há novos dados.
Por isso, o Comitê Técnico de Bem-Estar Animal, composto por instituições de pesquisa e transferência de tecnologia, está pensando em realizar em 2013 um novo monitoramento, adaptado às condições produtivas do Uruguai, segundo o representante do Instituto Plano Agropecuário e da Academia Nacional de Veterinária do Comitê, Déborah César.
“É como uma foto que mostrará a evolução de todos esses anos, com pontos fortes e pontos fracos. É uma linha que temos que seguir. Ver os limitantes que temos com a informação gerada em nossos sistemas e determinar como podemos seguir melhorando”, disse a especialista. A iniciativa surgiu no marco do Congresso Internacional de Bem-Estar Animal, Avanços e Estratégias para o futuro das espécies produtivas e o 2º Encontro Regional de Pesquisa em Bem-Estar Animal que terminou na semana passada, com participação de representantes de 17 países, incluindo Estados Unidos e vários países da União Europeia (UE).
Segundo César, “o Uruguai está bem posicionado na aplicação das normas de bem-estar animal com relação aos demais países da região”. Para ela, a grande fortaleza é “o trabalho multi-institucional. Esse é um valor muito importante que devemos manter. Estão presentes todas as instituições que formam o Comitê Técnico de Bem-Estar Animal, trabalhando em conjunto cada um com suas forças”. O fato de ter informação nacional, adaptada às mudanças produtivas e à evolução industrial é fundamental para crescer.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Rigor marca início da inspeção russa no RS


Equipe conferiu desde o processamento de carne até o fluxo de pessoas
O país está há 13 meses sem vender para a Rússia, destino de 70% das exportações
De Porto Alegre, RS, 25 de Julho de 2012 - Uma comitiva de técnicos russos começou ontem a vistoriar oito frigoríficos no Estado, entre eles, dois em Lajeado. Haverá inspeção em unidades de abate de suínos, bovinos e aves em outros seis municípios. Hoje, as paradas serão em Santa Rosa e Garibaldi. O país está há 13 meses sem vender para a Rússia, destino de 70% das exportações. Segundo o responsável pelo Serviço de Inspeção Federal da BR Foods, Everton Fauth, a equipe passou o dia verificando o funcionamento da indústria e a documentação.
Minuciosos, conferiram o processamento de carne, o fluxo de pessoas, de produtos, execução de normas sanitárias e de higiene. Como normalmente acontece neste tipo de missão, em que está em jogo a reabilitação, os russos não se manifestaram sobre suas impressões em relação à inspeção. Conforme Fauth, após passar por todas as plantas industriais previstas no Estado, os integrantes da missão russa irão se reunir com equipe técnica do Ministério da Agricultura, em Brasília, para apresentar seus pareceres. A expectativa é que o relatório final decida sobre o fim do embargo imposto ao Brasil ou pela liberação de exportações. "Eventualmente, eles poderão desabilitar um e outro frigorífico e liberar a venda de carne entre Brasil e Rússia."
(Correio do Povo) (Redação)

http://www.avisite.com.br/clipping/index.php?codclipping=19223

Zoonoses recolhe mais 4 morcegos com vírus da raiva em Piracicaba, SP


Ações de vigilância foram iniciadas nesta terça nos bairros identificados.
Cidade soma 21 animais com a doença, contra 3 em todo o ano passado.

Do G1 Piracicaba e Região
Número de morcegos com raiva cresceu 333% em Piracicaba neste ano (Foto: Reprodução EPTV)Número de morcegos com raiva cresceu em
Piracicaba neste ano (Foto: Reprodução EPTV)
Quatro novos casos positivos de raiva em morcegos foram diagnosticados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) dePiracicaba (SP), segundo divulgou a Prefeitura nesta terça-feira (24). Com estes novos animais, o município soma 21 casos da doença desde janeiro deste ano, contra três em todo ano de 2011.
Os bairros onde os animais foram recolhidos, e por onde o vírus circula, são: Dois Córregos, São Francisco/Taquaral, Nova Pompéia e Bosque Água Branca. Todos esses animais foram, como de rotina, encaminhados para exame no CCZ de São Paulo.
A bióloga do CCZ Regina Lex explicou que não há estudos que indicam acréscimo real no número de morcegos infectados neste ano, pois o crescimento de animais positivos pode estar relacionado "apenas com o número de amostras enviadas para exame". "Houve maior conscientização das pessoas sobre a necessidade de notificação", disse.
Cobertura na Pompeia
A equipe de vetores do CCZ iniciou nesta terça as ações de cobertura de foco no bairro Nova Pompéia, nas áreas delimitadas num raio de 500 metros a partir do local onde o animal foi encontrado, seguindo para Bosque Água Branca. Todos os imóveis serão visitados e os animais (cães e gatos) que ainda não foram vacinados neste ano receberão a dose de vacina anti-rábica.


Emerging Infectious Diseases: Volume 18, Number 8 August 2012


August 2012 cover art
Table of Contents 
Volume 18, Number 8 August 2012 

SYNOPSIS

RESEARCH

DISPATCHES
Capsular Switching in Invasive Neisseria meningitidis, Brazil 
     T.M.P.P. Castiñeiras et al. 

LETTERS
Epidemic Clostridium difficile Ribotype 027 in Chile 
     C. Hernández-Rocha et al. 
KIs Virus and Blood Donors, France 
     P. Biagini et al. 
Rickettsia felis in Fleas, Southern Ethiopia, 2010 
     O. Mediannikov et al. 
Carpal Tunnel Syndrome with Paracoccidioidomycosis 
     F. von Glehn et al. 

BOOK REVIEWS
Fundamental Medical Mycology 
     T.G. Mitchell 

ABOUT THE COVER
Heart Fastened to a Dying Animal 
     P. Potter 

ETYMOLOGIA