segunda-feira, 31 de março de 2014

GO: Produtores desaprovam retirada de vacina contra a Febre Aftosa


Proposta para fim da vacinação contra aftosa está em debate em Goiás


Pecuaristas de Goiás avaliaram como precipitada a proposta do governo de Goiás para a retirada da vacinação contra a febre aftosa no Estado. A medida foi debatida na tarde desta quinta-feira, 27, em reunião entre representantes de entidades e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
A proposta foi apresentada pela Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação (Seagro) e pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) no último dia 18 e um novo encontro entre governo e produtores será realizado em 14 de abril para bater o martelo sobre a questão.
“Os produtores não querem correr o risco de perder o que já conseguiram com a possibilidade de que não haja fiscalização. Se tiver um caso a gente regride”, afirma a assistente técnica de pecuária da Faeg, Christiane de Paula Rossi Carvalho. O estado não registra casos da doença há 19 anos.
Segundo ela, os produtores reconhecem que há uma situação boa na defesa agropecuária do Estado, mas afirmam que não há garantia de que os pontos positivos apresentados pelo governo, como a possibilidade de aumento de preços e acesso a novos mercados, irão se concretizar.
Por outro lado, a proibição da entrada de animais de outros estado pode prejudicar os confinamentos e também a realização de exposições. “Fechar a comercialização entre estados também pode gerar a saída de frigoríficos do Estado”, argumenta a assistente técnica.
O presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, afirma que o estado apenas colocou o tema em debate, mas que a decisão será do setor privado.
Vacinação – Apesar de serem contra a retirada da vacinação, os pecuaristas apoiam a proposta de redução do número de campanhas para imunização do rebanho. Os produtores querem que o Ministério da Agricultura realize estudo para alteração do calendário para apenas uma etapa para vacinação de todo o rebanho.
Atualmente, a vacinação ocorrem em duas etapas: em maio, são vacinados todos os bovinos e bubalinos. Em novembro, apenas animais com até 24 meses. “A vacina tem validade de um ano, não há necessidade de vacinar duas vezes”, justifica Christiane. Em 2013, 99,52% dos animais foram vacinados.

Fonte: Portal DBO
http://www.portaldbo.com.br/Portal/Conteudo/Noticias/9254,,Produtores+desaprovam+retirada+de+vacina.aspx

sábado, 29 de março de 2014

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30/2013 DO MAPA – A ILEGALIDADE CONTINUA (procedimentos para registro de queijos artesanais)



Autoria de Rafael Grassi Pinto Ferreira, em 14/08/2013
Advogado analisa Instrução Normativa nº 30/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que trata dos novos procedimentos para registro de queijos artesanais tradicionalmente produzidos a partir de leite cru. Neste artigo, ele mostra por que não houve tantas novidades em relação 
à instrução anterior. 
Foi publicada, no dia 8, a Instrução Normativa Nº 30, de 7 de agosto de 2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.  Na cerimônia de assinatura, ministros, governador e outras autoridades entoaram discursos de liberdade: enfim, o queijo minas artesanal será produzido e vendido sem as autoritárias e descabidas restrições que até agora imperaram. 
Será?  Não quero ser pessimista, mas, muito recentemente, assistimos à igual filme. Foi em dezembro de 2011, quando o MAPA publicou a Instrução Normativa 57/2011, e que aparentemente viera em atendimento aos apelos dos produtores de Queijo Minas Artesanal. Também houve festa e a imprensa publicou manchetes otimistas.
Contudo, não demorou muito para que todos percebessem que a nova norma só complicou a situação dos produtores artesanais e ficou evidente a falta de conhecimento dos legisladores quanto às questões de segurança alimentar. Eles se prenderam ao prazo de maturação e ignoraram estudos acadêmicos que comprovam que a segurança do processo não depende primordialmente do prazo de maturação:  se o queijo estiver contaminado não serão os longos 60 dias de maturação que irão  eliminar a contaminação. Por outro lado, quando o queijo é produzido de forma a eliminar toda possibilidade de contaminação é até desnecessário que seja maturado.
Muito mais adequadas e inteligentes são as normas do Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA (com destaque para Portaria nº 523/2002) -  que estabelecem boas práticas de fabricação do queijo minas artesanal,  de forma equilibrada com as tradições centenárias.
            E, agora, quais novidades foram generosamente outorgadas pelos senhores das leis?  Algumas poucas e boas, não há como negar. Só a elogiar. E em resumo coloco-as no quadro comparativo abaixo:


COMO ERA: IN 57/2011
COMO FICOU: IN 30/2013

Observações


Permite que os queijos artesanais tradicionalmente elaborados a partir de leite cru sejam maturados por um período inferior a 60 dias, quando estudos técnico-científicos comprovarem que a redução do período de maturação não compromete a qualidade e a inocuidade do produto.

Permite que os queijos artesanais tradicionalmente elaborados a partir de leite cru sejam maturados por um período inferior a 60 dias, quando estudos técnico-científicos comprovarem que a redução do período de maturação não compromete a qualidade e a inocuidade do produto.

Nada mudou.
A regra geral continua sendo o período de maturação de 60 dias, com possibilidade de redução a partir do cumprimento de uma série de requisitos.

A definição de novo período de maturação dos queijos artesanais será realizada por atonormativo específico, após a avaliação dos estudos por comitê técnico-científico designado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A definição de novo período de maturação dos queijos artesanais será realizada após a avaliação dos estudos pelo órgão estadual e/ou municipal de inspeção industrial e sanitária reconhecidos pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal- SISBI/POA.

Melhorou.Somente o MAPA poderia autorizar a redução do período de maturação. Agora, órgãos municipais e estaduais, reconhecidos pelo MAPA, também podem.


Para efeito de comércio internacional deverão ser atendidos os requisitos sanitários específicos do país importador.
Para efeito de comércio internacional deverão ser atendidos os requisitos sanitários específicos do país importador.
- Nada mudou.
A produção com período de maturação inferior a 60 dias fica restrita à queijaria situada em região de indicação geográfica certificada ou tradicionalmente reconhecida.
A produção com período de maturação inferior a 60 dias fica restrita à queijaria situada em região de indicação geográfica registrada ou tradicionalmente reconhecida.

- Nada mudou.
A propriedade deve ser certificada como livre de tuberculose e brucelose.

A propriedade deve ser certificada como livre de tuberculose e brucelose, de acordo com o disposto no
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), ou controladas para brucelose e tuberculose pelo Órgão Estadual de Defesa Sanitária Animal, no prazo de até 3 anos a partir da publicação desta IN.


- Pouco mudou.
Apenas explica como o produtor deverá comprovar que a propriedade está livre da tuberculose e brucelose.
As propriedades rurais devem descrever e implementar:
I - Programa de Controle de Mastite com a realização de exames para detecção de mastite clínica e subclínica, incluindo uma análisemensal do leite da propriedade em laboratório da Rede Brasileira da Qualidade do Leite - RBQL - para composição centesimal, Contagem de Células Somáticas e Contagem Bacteriana Total - CBT;
II - Programa de Boas Práticas de Ordenha e de Fabricação, incluindo o controle dos operadores, controle de pragas e transporte adequado do produto até o entreposto; e
III - cloração e controle de potabilidade da água utilizada nas atividades.

As propriedades rurais devem descrever e implementar:
I - Programa de Controle de Mastite com a realização de exames para detecção de mastite clínica e subclínica, incluindo análise do leite da propriedade em laboratório da Rede Brasileira da Qualidade do Leite - RBQL para composição centesimal, Contagem de Células Somáticas e Contagem Bacteriana Total - CBT;
II - Programa de Boas Práticas de Ordenha e de Fabricação, incluindo o controle dos operadores, controle de pragas e transporte adequado do produto até o entreposto; e
III - cloração e controle de potabilidade da água utilizada nas atividades.

- Pouco mudou.
Apenas excluiu a periodicidade mensal da análise do leite.

            Como demonstrado no quadro, pouca coisa mudou. Os avanços normativos se limitaram a reduzir os prejuízos decorrentes da fixação do prazo ilegal de 60 dias para maturação do queijo produzido a partir do leite cru, como é o caso do queijo minas artesanal.
            Conforme já abordado no trabalho As Leis do Queijo, publicado no siteSlow Food Brasil (http://www.slowfoodbrasil.com/textos/queijos-artesanais/619-as-leis-do-queijo), o prazo legal para maturação é de, no mínimo, 10 dias e está previsto no artigo 928, § 6º, do Decreto Presidencial Nº 30.691/1952, com a redação dada pelo Decreto Nº 1.255/1962;
            A recém-publicada IN 30/2013 - por questão de lógica, hierarquia legislativa e respeito aos comandos constitucionais - não pode se sobrepor ao Decreto Presidencial Nº 30.691/1952. Portanto, ela não pode estabelecer prazo de maturação do queijo minas artesanal superior a 10 dias. Assim, a ilegalidade continua, porque a IN 30/2013 repetiu o mesmo erro da IN 57/2011.
            A IN 30/2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresenta legalidade meramente formal, ou aparência de legalidade, por ser ato praticado pela administração pública responsável por zelar pela saúde alimentar. Diante do insanável vício de contrariar a norma à qual deveria dar execução, ela não tem eficácia plena e, para evitar maiores prejuízos sociais, deve ser formalmente revogada ou adequada ao Decreto Presidencial.
Dessa forma, os cidadãos e os agentes da administração não serão induzidos a dar cumprimento a uma norma que afronta o sistema legal brasileiro, seja em seus aspectos formais, seja pelo conteúdo contrário à proteção constitucional do patrimônio cultural.

            E fico a imaginar a cerimônia de assinatura da IN 30/2013. Provavelmente políticos e especialistas discursaram, aplaudiram-se uns aos outros e se deliciaram numa bonita mesa de queijos. Tão branquinhos e tão tenros que certamente tinham menos de 60 dias de maturação. Afinal, as nobres autoridades não comeriam queijos com sabores prejudicados pela teimosia de seus burocratas. 
https://www2.cead.ufv.br/espacoProdutor/scripts/verArtigo.php?codigo=34&acao=exibir

Paraná e cinco estados defendem a padronização da inspeção sanitária

A padronização dos sistemas de fiscalização e inspeção sanitária dos produtos de origem animal foi um dos assuntos discutidos pelo Paraná e outros cinco estados durante o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), realizado quarta-feira (26), durante a Feira Internacional de Proteína Animal, que acontece no Expotrade, em Pinhais. Participaram do debate os representantes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. 


Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, a discussão entre os estados é extremamente importante. “É preciso ficar atento às questões de sanidade e boas práticas para construir soluções. Esta é uma oportunidade para gastar energia e unir conhecimento, com o objetivo de encontrar meios para que a nossa produção mantenha a chancela da qualidade e chegue aos mercados do mundo sem restrições”, afirmou Ortigara. 

O Paraná, representado por sua Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), colocou em discussão a adesão de todos os Estados ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI). “O serviço de inspeção desses estados foi considerado equivalente, mas tenho a impressão de que esta equivalência não está sendo cumprida na sua totalidade. É preciso ter o mesmo critério, não basta apenas seguir os mesmos procedimentos”, apontou Inácio Afonso Kroetz, presidente da Adapar. 

Segundo Kroetz, a adesão ao SISBI daria a garantia de que os produtos de origem animal consumidos em todo o território nacional possuem a mesma qualidade, uma vez que foram inspecionados sob os mesmos critérios. Desta forma, a fiscalização dos produtos inspecionados garantiria sua livre circulação entre os estados. 

Opinião compartilhada por Enori Barbieri, representante da Defesa Agropecuária de Santa Catarina. “É preciso ter uma padronização nacional dos serviços feitos pelos estados, supervisionado pelo ministério. O produto consumido em Santa Catarina tem que sofrer a mesma fiscalização do produto feito em São Paulo, Paraná ou na Bahia”, acredita. 

MODERNIZAÇÃO - Outro ponto destacado no fórum foi a necessidade de modernização do SISBI antes da adesão dos estados. “Estamos abertos à inovação, mas gostaríamos de mais participação do Ministério da Agricultura para que possamos encontrar uma nova forma de inspeção sanitária para todos os estados”, apontou Eraldo Marques, representante da Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul. 

Na visão do coordenador do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Leandro Feijó, este é o caminho a ser seguido em busca da melhoria dos serviços de sanidade agropecuária do país. “Estamos abertos a discussão sobre modernizar os procedimentos que a inspeção necessita para criar um padrão único que dê a segurança esperada pela população brasileira e que atenda aos requisitos sanitários dos diversos países com os quais nós temos relação comercial”, disse ele. “É um desafio importante, pois o SISBI é a porta de entrada para unir os conhecimentos das esferas federal e estadual para transferir acertos e erros na busca por um modelo ideal”, complementou. 

No caso de Mato Grosso do Sul, o governo procura a melhor maneira de implementar o sistema brasileiro. “Estamos tentando nos adequar ao SISBI e temos sentido dificuldade. Mas essa troca de informações nos auxilia a tomar diretrizes, usando a experiência dos outros estados como nosso guia”, explicou a representante do Estado, Maria Cristina Carrijo. 

DOENÇAS - O encontro também abordou outros temas, como ações conjuntas no controle à tuberculose e brucelose, e estratégias para a evolução do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). “Neste fórum de discussão procuramos fazer uma integração entre os órgãos estaduais para ver a melhor forma de cumprir a legislação, propor alteração quando a lei estiver defasada. A troca de experiências e interação das ações fortalecem todos os serviços de defesa sanitária do país”, avaliou Nelmon Costa, integrante da defesa sanitária de Minas Gerais. 

COESA - Pela manhã também foi realizada a reunião do Comitê Estadual de Sanidade Avícola. Houve a reeleição pelo mandato de dois anos do coordenador, Humberto Schiffer Cury, e do vice-coordenador, Irineu Dantes Peron. “A reeleição da coordenação demonstra que o Coesa está seguindo seus objetivos e cumprindo com a sua missão”, acredita Inácio Afonso Kroetz, presidente do Coesa. 

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br ewww.facebook.com/governopr

http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=79669&tit=Parana-e-cinco-estados-defendem-a-padronizacao-da-inspecao-sanitaria

quarta-feira, 26 de março de 2014

Vacina contra dengue pode ser disponibilizada até setembro deste ano

AGUUma nova vacina para evitar a dengue poderá ficar disponível no mundo a partir de setembro deste ano. A vacina poderá imunizar os quatro tipos do vírus que causam a dengue, inclusive, a mais grave: a hemorrágica. Para ser liberada, a vacina precisa de aprovação de uma comissão escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A avaliação será realizada pelo laboratório Sanofi Pasteur. A pesquisadora baiana Glória Teixeira, médica infectologista e membro do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba), participará da comissão. A pesquisadora diz que a doença atigne todos os países do mundo, inclusive os mais ricos.
Outros imunizantes, segundo ela, estão sendo desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com uma industria farmacêutica, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e o Instituto Butantan. Mas os testes ainda estão nas fases iniciais. De acordo com o jornal Correio, a nova vacina deve ser avaliada em junho, em Lion, na França, e em setembro, em Genebra, na Suíça. De acordo com diretora de saúde pública da Sanofi, a médica Lucia Bricks, os resultados preliminares mostram a eficácia da vacina. Os resultados da fase III do teste foi realizado em mais de 31 mil pessoas, e agora, em 2014, serão avaliados a eficácia em uma população mais ampla.
Em 2011, a comissão avaliou uma versão anterior da proposta de vacina, mas que não demonstrou eficácia contra o tipo da dengue 2. Glória diz que a notícia vem em um bom momento, já que houve aumento da incidência da doença e da gravidade da dengue na última década. De 2000 a 2010, mais de 8,44 milhões de pessoas contraíram dengue no Brasil, sendo 221 mil casos graves, com mais de 3 mil mortes. Em 2010, foram registradas 80 mil internações relacionadas à dengue. Em 2010, mais de um milhão de brasileiros foram infectados, enquanto que em 2000 foram registrados 200 mil.
A infectologista diz que estudos demonstram que o mosquito da dengue tem se adaptado a todas as formas de controle. Somente neste ano de 2014, até o momento, a Bahia já registrou 2.504 casos de dengue, com redução de 91,89% dos casos comparados no mesmo período de 2013, quando cerca de 30 mil casos foram notificados. Os municípios baianos com maior índice de registros da doença são Salvador, Feira de Santana e Itabuna. Até o momento, 11 casos com sinais de alarem já foram confirmados, três casos de dengue grave e uma morte na cidade de Coaraci.
http://www.itapetingareporter.com.br/vacina-contra-dengue-pode-ser-disponibilizada-ate-setembro-deste-ano

S. Korea reports additional infection of bird flu in dogs

SEJONG, March 24 (Yonhap) -- South Korea reported additional cases of avian influenza (AI) in dogs Monday, further confirming the spread of the bird flu to different species.
The cases also marked the first time in the world in which infected dogs survived, according to officials from the Ministry of Agriculture, Food and Rural Affairs.
The ministry said antibodies to AI have been detected in 11 dogs at two separate farms in Cheonan, 80 kilometers south of Seoul, and Buyeo, located 195 kilometers south of the capital.
The detection of antibodies against bird flu confirms that the canines have at least once been infected with the virus that mostly affects poultry. The first case of a dog being infected with the virus was reported March 11 at a different farm in Cheonan.
Since the first outbreak of AI at a duck farm on Jan. 16, South Korea has culled over 11 million birds, mostly chickens and ducks. The government has so far tested samples from 28 pig and dog farms to confirm their infection. Another 18 suspected cases are currently undergoing tests, according to the ministry.
Ministry officials noted the first dog infection of AI was reported in Thailand in 2004, but said the infected dogs here marked the first case where the infected animals survived the virus.
Human infection of AI has been frequently reported, although no human infection of the fairly new H5N8 strain that is currently spreading here has been reported.
The infected dogs have been isolated to undergo further tests to see if they can still spread the avian virus, though the dogs themselves are showing no symptoms of the disease.

http://www.globalpost.com/dispatch/news/yonhap-news-agency/140324/s-korea-reports-additional-infection-bird-flu-dogs

sábado, 15 de março de 2014

Trabalhadores de frigorífico são infectados por brucelose no Paraná

Casos foram diagnosticados em dezembro, em Paiçandu, mas só agora foram divulgados. Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Maringá denunciou situação à Comissão de Direitos Humano do Senado

Dezessete trabalhadores do frigorífico Big Boi, em Paiçandu, região metropolitana de Maringá, no Noroeste do Paraná, foram infectados pela bactéria brucelose, que causa a chamada “doença da vaca”. O caso foi registrado em dezembro de 2013, mas só foi divulgado nesta semana. Desde então, os funcionários estão afastados e em tratamento. No início da semana, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Maringá (Stiam), Roberto Pino de Jesus, denunciou o caso à Comissão de Direitos Humanos do Senado.
De acordo com o presidente do sindicato, a denúncia foi formalizada para chamar a atenção sobre a não aplicação da Norma Regulamentadora 36, em vigor desde abril de 2013, que dita as regras que estabelecem os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados.

Conforme Jesus, o equipamento de segurança individual, que protege corpo, boca e olhos, por exemplo, não estava sendo usado no frigorífico de Paiçandu. Mas o presidente enfatiza que o problema não começa aí. Segundo ele, há muitas falhas na fiscalização por parte do governo. “A fiscalização é ineficiente. Muitas vezes o pecuarista consegue burlar o sistema e consegue o GTA [Guia de Transporte Animal]. Apresenta a documentação afirmando que o animal foi vacinado, quando não foi e mesmo assim é mandado doente para o abate.”

Brucelose
A brucelose, também conhecida como doença da vaca ou doença de Malta, é uma enfermidade bacteriana que pode ser adquirida pela ingestão de carne crua ou leite não pasteurizado. Além disso, também pode ser contraída pelo manuseio dos alimentos infectados, explica o médico infectologista e professor do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar) Luiz Jorge Moreira Neto.
Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe, diz o médico. Dores musculares, na cabeça e febre alta. No entanto, outros sintomas são acrescidos ao longo dos dias, como perda de peso, franqueza e crescimento de ínguas. Se não tratados, podem durar meses e acometer o sistema cerebral, causar infecção dos ossos e levar a morte.
O tratamento é feito a base de comprimidos e repouso e deve ser acompanhado por cerca de seis semanas.
Como prevenção o infectologista indica ingerir leite pasteurizado e somente comer carnes cozidas, evitando o consumo do alimento cru. (GF)
O gerente da Big Boi, Alex Costa, conta que três casos foram registrados durante os exames periódicos no final de novembro. Diante da situação, a Secretária de Saúde do município e a Secretária de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) foram informadas e solicitaram que os 350 funcionários fossem submetidos a exames de sangue para atestar a ausência da bactéria. Os resultados obtidos em dezembro encontraram outros 14 acometidos.
Costa também se queixa da fiscalização. Segundo ele, os frigoríficos têm como garantia os guias de GTA emitidos pelo governo que atestam que o animal foi vacinado e está em condições para o abate. “Nós entendemos que os animais que chegam aqui são saudáveis, pois deveriam ter passado por uma fiscalização rigorosa. Mas tivemos a prova de que não é assim.”
Sobre a não utilização dos equipamentos de segurança individual pelos funcionários, o gerente se defende alegando que, muitas vezes, foge do controle dos fiscais internos. “Tem gente que se recusa a usar. Nesses casos nós fazemos a advertência verbal e escrita, podendo até gerar [demissão] justa causa. Não é de interesse da empresa que o funcionário contraia uma doença.”
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) informou que tem enrijecido a fiscalização com produtores e que o índice de prevalência da doença no estado está em torno de 1,73%.
A médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), órgão ligado à Seab, Mariza Koloda, explica que a vacinação é feita em dose única em fêmeas de 3 a 8 meses. Segundo ela, uma nova portaria estadual, de 19 de janeiro deste ano, incluiu outra vacina que pode ser aplicada em animais adultos.
“Fiscalizamos e não deixamos nenhum animal sair do campo sem o GTA. Se o produtor não vacina, ele é autuado por não cumprir o que determina a lei”, diz a médica veterinária.

“Tive medo de morrer”
Antônio Gonçalves, 48 anos, foi um dos primeiros infectados pela brucelose no frigorífico em Paiçandu. Há 27 anos trabalhando no setor, confessa sentir receio em voltar ao trabalho. Segundo ele, mesmo usando o equipamento de segurança, é impossível não ter contato com o sangue e a carne do animal. “Tudo fica coberto pelo sangue, pode colocar a luva, ainda assim a gente acaba tendo contato com tudo. Foi um susto. Tive medo de morrer.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1447384

Incidência de leptospirose representa alto custo social para o Rio de Janeiro

Informe Ensp

Analisar o custo social dos casos de leptospirose ocorridos em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em decorrência das chuvas extremas de janeiro de 2011. Esse foi o objetivo da dissertação do aluno do mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Carlos Alexandre Rodrigues Pereira, cuja conclusão apontou que o custo pode ter variado, no mínimo, entre R$ 63.348,57 e R$ 269.190,27. "Isso significa que 52% do custo total ao Sistema de Saúde e 35% da perda de produtividade total da sociedade ocorreram entre os 177 casos que tiveram confirmação diagnóstica", assegurou. A orientação do trabalho ficou a cargo da pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Martha Macedo de Lima Barata.
Micrografia eletrônica de varredura (MEV) mostra bactérias Leptospira sp
 
A leptospirose é uma doença infecciosa febril que ocorre em países tropicais como o Brasil, país onde sua notificação é compulsória. Trata-se de uma zoonose de grande importância devido aos impactos sociais e econômicos negativos, relacionados a altas taxas de absenteísmos, elevado custo hospitalar, alta incidência e letalidade. Contudo, explica Pereira, o seu real impacto econômico, ou seja, seu custo social, ainda é pouco estudado no Brasil, onde a última avaliação realizada se referiu aos casos que evoluíram a óbito em 2007. 
 
De acordo com o aluno, na avaliação realizada para o Brasil, verifica-se que os 3.492 casos de leptospirose ocorridos em 2008 geraram ao Sistema de Saúde um custo estimado de R$ 1.542.526,92. “Com base no que foi estimado sobre os custos atribuídos à sociedade, pode-se dizer, que nesse mesmo ano no país, foram perdidos 10.664,9 anos potenciais de vida devido à leptospirose, além de uma perda de renda da ordem de R$ 27.744.133,33 ocorrida entre os casos economicamente ativos que evoluíram a óbito”. No intuito de realizar uma avaliação mais abrangente, utilizando os dados secundários de acesso público disponíveis, a pesquisa analisou os casos ocorridos em 2008 no Brasil, buscando considerar não só os gastos do sistema de saúde com o tratamento da doença, mas também as parcelas atribuídas à sociedade, para que as estimativas encontradas se aproximassem do custo real da doença.

Uma vez que a leptospirose é frequentemente associada à ocorrência de enchentes e inundações, informou Pereira, foi necessário estudar a ocorrência dessa doença especificamente na ocasião de chuvas extremas, para entender melhor como esse evento pode facilitar a ocorrência de casos e aumentar, consequentemente, o custo social da doença. "Para isso, foi feito o estudo dos casos de leptospirose ocorridos em 2011 em Nova Friburgo, que foram atribuídos ao desastre de janeiro do mesmo ano, e em outros municípios da Região Serrana".
 
Segundo Pereira, as estimativas apresentadas pela pesquisa evidenciam a necessidade de desenvolver meios capazes de diminuir, além dos custos, a incidência, a gravidade e a letalidade da leptospirose. "Para que isso ocorra, é preciso mais que os esforços isolados do setor de saúde: é fundamental a gestão integrada entre os diversos setores da gestão pública, uma vez que não são apenas as medidas específicas em saúde que podem levar a alterações no comportamento da doença".
 
Os fatores sociais, ambientais, econômicos e políticos relacionados à ocorrência de leptospirose, acrescenta o aluno, necessitam ser mais estudados, esclarecidos e geridos, de modo a reduzir a magnitude do impacto social e econômico da doença para o país. Carlos Alexandre Rodrigues Pereira tem especialização em Libras, pela Faculdades Integradas de Jacarepaguá (2012) e graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade de Uberaba (2011). Trabalhou na Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e foi professor em Cursos Técnicos no Centro Educacional de Uberaba. 

http://www.agencia.fiocruz.br/incid%C3%AAncia-de-leptospirose-representa-alto-custo-social-para-o-rio-de-janeiro

sexta-feira, 14 de março de 2014

Tecnologia para manter as tropas bem alimentadas

Brasília, 28/02/2014 – “Alimento seguro é a garantia do emprego operacional da tropa”. É com este lema que as Forças Armadas mantêm seus homens com moral elevado e sempre prontos para o combate. A questão da alimentação no meio militar sempre foi tratada como assunto de segurança. Quando foi criada em 2003, a Comissão de Estudos de Alimentação para as Forças Armadas (CEAFA), do Ministério da Defesa (MD), deu novos rumos para os padrões de rações de comida e alimentação da tropa, convencional ou operacional.


De acordo com o atual presidente da CEAFA, comandante Luís Campos, a comissão busca melhorias nos modelos de alimentação e das rações utilizadas pelas Forças Armadas por meio de parcerias intersetoriais, atuando junto a outros órgãos do governo e da iniciativa privada, como empresas, institutos de pesquisa e estabelecimentos de ensino.
Para o comandante Campos, a importância da alimentação militar deve levar em conta todas as fases da cadeia de produção – procedência, preparo, manipulação, distribuição e armazenamento. “Caso contrário, não há como assegurar a desejável eficácia no suporte ao emprego operacional da tropa”, disse.
Ração Operacional
Muita coisa mudou na alimentação do soldado brasileiro nas últimas décadas. A comida enlatada, usada desde as grandes guerras mundiais, deu espaço a novas tecnologias e maneiras de preparar a refeição do militar. 
A ração operacional é uma composição de itens desidratados (refrescos, bebidas quentes), liofilizados (macarrão instantâneo, risotos), termoprocessados (comida esterilizada, cozida, pronta para consumo) e outros complementos industrializados, como doces e biscoitos.
As Forças Armadas têm optado, na atualidade, por rações operacionais de perfil tecnológico termoprocessado, alimento pronto para o consumo, cozido, esterilizado em embalagens flexíveis, chamadas em inglês de pouchs. Esse tipo de comida é preparada a uma temperatura em torno de 120°C. Quatro camadas da embalagem protegem o alimento de microorganismos, luz, calor e poeira.
São quatro os tipos de ração de campanha. A de combate deve suprir as necessidades de um soldado por um período de 24 horas. É composta café, almoço, jantar e ceia. Já a de emergência destina-se para uma campanha de 12 horas, com duas refeições (café e almoço ou jantar e ceia).
Já a ração de adestramento, para exercícios de instrução de até 6 horas, contém apenas uma refeição (almoço ou jantar). Também pode ser usada em situações de resgate ou calamidade pública. Todas as rações são acompanhas por um kit com acessórios para aquecimento – mini fogareiro, combustível e fósforo.
A finalidade da ração operacional coletiva é suprir a necessidade de um grupo. Tem duas ou três refeições principais, constituídas basicamente de alimentos termoprocessados e complementos (batata palha, farofa). Segundo a CEAFA, o alimento militar coletivo é uma das grandes tendências por atender demandas da defesa civil em catástrofes naturais e calamidade pública.
Esse tipo de mantimento foi utilizado, pela primeira vez, pelo 20º Batalhão Logístico do Rio de Janeiro (RJ), durante as eleições estaduais na chamada Operação Guanabara em 2010. À época, o batalhão desenvolveu o “Posto Cozinha Móvel” (instalação de campanha montada em container com módulos de aquecimento em banho-maria).
Outra tendência é o segmento de alimentos pré-preparados, que utilizam a tecnologiasous-vide (a vácuo), facilmente encontrados nas gôndolas dos supermercados e que dispensam refrigeração para conservação do produto.


Regionalismo
Além disso, as Forças têm se preocupado em adaptar seus cardápios às preferências regionais, de modo a satisfazer as tropas. Há menus como carne seca, rapadura, farinha de mandioca, feijoada, strogonoff, entre outros.
Está em estudo pela CEAFA um kit energético operacional com a finalidade de prover energia adicional ao combatente durante esforço físico prolongado, intenso e sob condições estressantes. Trata-se de uma fonte suplementar de carboidratos (380 a 500 Kcal), de fácil e rápida metabolização pelo organismo. O kit poderá ser composto por um carboidrato em gel, uma barra de cereal, um repositor hidroeletrolítico e água potável.
Cada Força tem suas particularidades em seus pedidos de alimentação: tipo de missão, duração e terreno da operação. Por exemplo, a ração de náufrago da Marinha é composta por um sachê de água, jujubas e goma de mascar, com duração por até seis dias.
A Aeronáutica possui um módulo de alimentação transportável para locais desprovidos de apoio e capaz de alimentar 250 homens. O Mapre, como é conhecido, foi projetado para ser transportado em aeronave Hércules C-130. No módulo são servidos alimentos frescos in natura e do tipo cook-chill – refeição cozida, embalada e resfriada.
Segurança
A segurança alimentar é preocupação capital do Ministério da Defesa. Em 2005, a então Secretaria de Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM) regulamentou as boas práticas nas organizações militares, desde a higiene, manipulação, armazenamento e até distribuição dos alimentos.
Por sua vez, o Exército Brasileiro estabeleceu, em 2010, o Programa de Auditoria de Segurança Alimentar (PASA). A iniciativa é uma estratégia pensada para conhecer, identificar e mitigar aspectos críticos nos serviços de alimentação das unidades da Força Terrestre. O PASA premia e certifica àquelas unidades com alto padrão de qualidade.
Em 2013, foram destinados recursos na ordem de R$ 46 milhões para a reforma das cozinhas das instalações militares e aquisições de novos equipamentos. Hoje, o Exército possui 469 ranchos; a Marinha, 156 em terra e 105 embarcados (navios); e a Força Aérea, 55 cozinhas.
Forças estrangeiras já tratam deste tema para além da segurança dos alimentos (Food Safety). Os Estados Unidos desenvolveram e trabalham com o conceito de Food Defense, que inclui medidas para prevenir a contaminação proposital da cadeia alimentar dentro de suas organizações militares.
Indústria
Um dos papéis da CEAFA é estimular a indústria e os centros de pesquisas para o desenvolvimento de novos produtos para as Forças Armadas. No Brasil, há diversas empresas habilitadas a fornecer rações operacionais.
Fundada em 1990, em Campinas (SP), a Cellier foi a pioneira e é a única, atualmente, a fabricar rações termoprocessadas para as Forças. A fábrica produz aproximadamente 430 mil rações, entre os tipos de combate (24 horas) e de emergência (12 horas). Para o Exército Brasileiro, a Cellier possui dez cardápios; para a Marinha do Brasil são cinco pratos; e para a Aeronáutica entrega seis opções de rações.

A Cellier forneceu produtos para o programa de pacificação, em 2002, no país africano de Angola. Também abasteceu a tropa brasileira na implantação da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), em 2004. O diretor José Luiz Favrin ressalta que os colaboradores da Cellier têm consciência que "não estão produzindo um saquinho de feijoada, por exemplo, mas o alimento que socorrerá o soldado numa situação hostil”.
Em 1995, um grupo de empresários paranaenses identificou uma boa oportunidade de negócios. O sistema de cozimento a vapor e embalagem a vácuo já era usado na França para conservar as batatas que não eram aproveitadas na época da colheita. Com essa ideia, os empresários fundaram a Vapza Alimentos S/A, no município de Castro (PR). O primeiro produto a sair da fábrica foi a Batata Vapza. Hoje, ela possui um portfólio com cerca de 40 itens. Por enquanto, a empresa não fabrica especialmente para as Forças Armadas.
A coordenadora de comunicação, Natasha Schaffer, enfatiza que os produtos estão adequados para o uso militar. “Nosso departamento de Pesquisa e Desenvolvimento está pronto para inovar e atender às diversas demandas do mercado.”
Fundada em 1953, a JBS S/A é considerada o maior frigorífico do setor de carne bovina do mundo. Os produtos da empresa podem ser utilizados tanto pelas organizações militares, como na alimentação coletiva civil. No entanto, a JBS ainda não guarnece às Forças brasileiras com refeições coletivas termoprocessadas.
Segundo o coordenador de vendas institucionais, Fábio Lucena Baptista, os produtos fabricados têm finalidade dual, ou seja, podem ser utilizados pelas Forças Armadas ou na alimentação coletiva civil. “A JBS exporta seus produtos com tecnologia pouch para as forças armadas da Grã Bretanha”, comenta Lucena.
Apesar de não entregar mais rações para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, a Liotécnica, com três sedes em Embu (SP), é pioneira na tecnologia de liofilização de alimentos. A empresa faz parte da história da ração militar, alimentou as tropas brasileiras de 1964 a 2008.
Fotos: divulgação/MD
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070

http://defesa.gov.br/index.php/ultimas-noticias/8959-28-02-2014-ciencia-tecnologia-para-manter-as-tropas-bem-alimentadas

Cientistas brasileiros desenvolvem metodologia para produção de abelhas


A agricultura não existiria, tal qual a conhecemos, sem polinizadores. Eles são responsáveis por garantir a reprodução de muitas plantas, com intercâmbio genético entre indivíduos, permitindo a produção de grãos ou frutos. Na Europa, o serviço ambiental de polinização é estimado em 150 bilhões de euros, que o agricultor deixa de pagar a cada ano.
O avanço das cidades e das áreas agrícolas diminui o espaço para os polinizadores e os cientistas se preocupam cada vez mais com o problema. Um exemplo de polinizador ameaçado são as abelhas sem ferrão, como a jataí (Tetragonisca angustula) e a uruçu (Melipona scutellaris) que, além de produzir mel, são importantes polinizadoras de plantas de berinjela, morangueiro, tomateiro e cafeeiro, entre outras culturas. É muito difícil produzir colônias para atender à grande demanda, pois uma característica dessas espécies é a baixa produção de novas rainhas.
Mas dois cientistas, meus amigos, encontraram uma fórmula para solucionar o problema. A Dra. Vera Imperatriz Fonseca é professora aposentada da USP, mas continua muito ativa. Ela orientou a tese de pós-graduação do Dr. Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa, que desenvolveu uma metodologia de produção artificial, em larga escala, de rainhas da espécie Scaptotrigona depilis, conhecida com mandaguari.
As colônias se compõem de 10 mil operárias, medindo 5 mm cada, e de uma única rainha, com 1,5 cm, a única com capacidade de por ovos. Tradicionalmente, uma colônia é dividida ao meio para originar outra, com uma nova rainha. Mas isto só é possível de ser feito uma vez a cada ano. O estudo do Dr. Menezes consistiu em fornecer a larvas recém-nascidas uma quantidade seis vezes maior de alimento do que o inseto está acostumado a ingerir. Assim, todas as abelhas fêmeas, superalimentadas, se tornam rainhas e 98% das novas rainhas formaram colônias.
O conceito está demonstrado. Agora o Dr. Cristiano se dedica a aprimorar o método e desenvolver uma tecnologia simples, barata e eficiente, que permite a agricultores ou a empresários interessados em um novo negócio produzir continuamente novas rainhas, que darão origem a novas colônias de mandaguari e outras abelhas sem ferrão.O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja.
http://www.cfmv.com.br/portal/noticia/index/id/3595

terça-feira, 11 de março de 2014

Abate de cães expõe açougueiros nigerianos a Raiva

Pesquisadores nigerianos demonstraram que os açougueiros locais do Estado de Abia podem estar expostos de forma rotineira a Raiva, a partir de cães clinicamente saudáveis ao preparar os animais para consumo humano. Um estudo conduzido no sudeste da Nigeria, cuja população nativa consome carne canina como parte da dieta tradicional, detectaram vírus da Raiva na saliva e tecido nervoso de 5% dos cães abatidos.  Pesquisadores também confirmaram que açougueiros tomam poucas medidas de precaução ao manusear cães sem quadro clinico de doença antes do abate, colocando mordaças nos animais com as mãos desprotegidas sem proteção adequada contra mordidas, colocando os açougueiros em um risco potencialmente alto para contrair Raiva.
Um foco recente de Raiva no Estado vizinho de Cross Rivers na Nigeria tirou a vida de 8 pessoas que receberam mordidas de cães, demonstrando que a Raiva é um problema regional crescente. Para obter uma maior compreensão da extensão da Raiva nesta área, pesquisadores coletaram saliva e tecido nervoso de 100 cães locais destinados ao abate e os testaram quanto à presença de vírus. Os resultados dos testes nas amostras de saliva e cérebro estavam coerentes, e todos os casos positivos de Raiva (5%) eram de raças indígenas e de animais aparentemente saudáveis e sem quadro clínico – confirmando que cães destinados ao abate podem estar liberando vírus na saliva por ocasião do abate. Como a carne canina é consumida rotineiramente, e os açougueiros locais não tem como detectar animais infectados e remove-los da cadeia alimentar, o processamento de carne de cães infectados pode ter implicações sobre a Saúde Pública Regional. Potencialmente pode ocorrer a transferência de vírus se fluidos ou tecidos nervosos de animais infectados entram em contato com soluções de continuidade na pele antes que a carne seja cozida.

Além do desafio de monitorar cães para Raiva, pesquisadores verificaram uma falta de vacinação contra Raiva (tanto açougueiros quanto a cães), hábitos de manejo de cães de maneira insegura, e baixos níveis de educação formal colocam os açougueiros locais em risco elevado quanto a contração da Raiva. Um questionário distribuído para 19 açougueiros revelou que praticamente todos os comerciantes de carne (94.7%) já foram mordidos no passado durante o processo de abate, nenhum estando vacinado, e muito poucos procuraram atendimento médico adequado (27.8%)—preferindo remédios tradicionais com base a plantas e cinzas.  Não foram coletados dados que permitiriam correlacionar a exposição a carne de um cão com Raiva, mas o estudo confirmou que vírus da Raiva pode estar presente em cães aparentemente saudáveis no comercio de carne canina na Nigéria. Isto traz risco adicional aos açougueiros, seus fornecedores, e seus clientes. Ao apresentar as práticas de abate sob risco na Nigéria, este estudo pode encorajar autoridades de saúde para providenciar educação para Raiva direcionada a população local de maneira que o abate de cães possa ser destacado como uma fonte adicional de exposição a Raiva.
Contribuição de Laura Baker, uma escritora científica e voluntária da GARC, embasado na publicação científica por Mshelbwala, Ogunkoya e Maikai em ISRN Veterinary Science, Volume 2013 (2013), Article ID 468043, p1-5.
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