quinta-feira, 13 de maio de 2010

China: resíduos de vacas produzirão 38 mW/h por ano


O esterco de 250 mil vacas de uma fazenda leiteira no nordeste da China servirá de combustível para o maior projeto do mundo de produção de biogás a partir de esterco, que deverá começar a operar em setembro próximo. A Huishan Farm, em Shenyang, gerará 38.000 megawatts por hora (mW/h) de energia anualmente, que será vendida à rede estatal na China. O projeto deverá reduzir em cerca de 180 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono anualmente. Além disso, o resíduo do digestor de metano produzirá fertilizante orgânico.

A General Electric fornecerá os quatro equipamentos de biogás JMS420 Jenbacker para o projeto. O gerente de marketing da GE Energy, Michael Wagner, disse que existe um grande potencial nesse tipo de projeto e busca expandir-se globalmente.


O projeto resolve dois problemas - a crescente demanda por eletricidade e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. De acordo com um recente relatório das Nações Unidas, as pegadas de carbono da produção agrícola até a mesa do consumidor responsabiliza o setor leiteiro por 4% das emissões totais de gases de efeito estufa.

No entanto, o biogás não é uma novidade na China, já que o país conta com 1.500 plantas de biogás de larga escala ou digestores em fazendas pecuárias e depósitos de lixo industrial. A China quer que 300 milhões de moradores da área rural usem biogás como eletricidade até 2020, de acordo com um plano de 2007 da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Nos Estados Unidos, os digestores em fazendas de criação pecuária ficaram para trás, apesar de a Agência de Proteção Ambiental e o Departamento de Agricultu ra do país estarem trabalhando para mudar essa tendência.

A reportagem é do The New York Times.

Um comentário:

  1. Gostei muito de ler este artigo. Sou Médico Veterinário e trabalho em sanidade animal com cerca de 30.000 vacas o meu blog é http://vozdamurtosa.blogspot.com/
    estou a tentar convencer os meus produtores ou a autarquia da Murtosa a fazer o mesmo. Recentemente, esta zona passou a ser classificada como zona vulnerável, quanto ao uso dos solos, isto é, podiam ser distribuídos anualmente 120 toneladas de efluentes agro-pecuários por hectare, agora só podem colocas 50 toneladas, devido ao excesso de compostos azotados existentes no solo.

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