quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Uruguai: falta identificar cerca de 2,5 milhões de bovinos adultos

Ainda faltam identificar no Uruguai, antes de junho de 2011, cerca de 2,5 milhões de bovinos que, em sua maioria, são vacas adultas. Serão utilizados os mesmos identificadores usados nos bezerros, mas outro alcance numérico.


Com a presença do próprio titular da Secretaria de Estado, Tabaré Aguerre, o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (MGAP), começou uma nova etapa de capacitação e educação dos operadores que trabalham assessorando os produtores sobre rastreabilidade obrigatória bovina.

Segundo a lei vigente no país, até 30 de junho de 2011, todo o rebanho bovino uruguaio deve contar com rastreabilidade, o que permitirá rastrear a história da vida do animal desde o seu nascimento, até que seu corte de carne esteja servido no prato do consumidor (do campo ao prato).

Nessa nova etapa do Sistema de Identificação e Registro Animal (SIRA), mediante a qual se recebe e guarda a informação gerada pela rastreabilidade obrigatória dos bovinos - que começou em setembro de 2006 com bezerros nascidos a cada ano -, o MGAP realizará várias reuniões com os produtores e operadores, informando e assessorando, para evitar erros que levem a perder animais que estão inscritos e rastreados.

"Faltam identificar uns 2,5 milhões de bovinos que são, principalmente, vacas adultas", disse o diretor geral dos Serviços Pecuários do MGAP, Francisco Muzio. Esses animais serão identificados nessa nova etapa para cumprir a meta estabelecida pela lei. Em paralelo, o SIRA já tem registrados cerca de 8,5 milhões de cabeças sobre um rebanho de cerca de 13 milhões de bovinos, mas bovinos com rastreabilidade completa seriam cerca de 7,8 milhões.

"Na semana que vem já estarão sendo distribuídos os identificadores e se decidiu que não haverá um modelo diferenciado, mas sim, que serão os mesmos identificadores para os adultos e os bezerros". O registro deverá ser feito por formulários separados, já que o bovino adulto não leva data de nascimento como o bezerro.

O MGAP, apesar das falhas no sistema do SIRA, todas corrigíveis, avaliou a primeira etapa, que começou em setembro de 2006, até agora como "muito positiva". O ministro recordou que a porcentagem de animais que perdeu a rastreabilidade por diferentes erros foi de 6% a 7%, de forma que "deveríamos melhorar essa meta". "Temos o único sistema de rastreabilidade individual do mundo e estamos a caminho de completar 100% de identificação. Isso não é pouco".

A reportagem e do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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