terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dengue - NOTA TÉCNICA nº 01/2010, do Centro de Virologia do Instituto Adolfo Lutz

NOTA TÉCNICA nº 01/2010, do Centro de Virologia do Instituto Adolfo Lutz
  Estudo filogenético do Vírus Dengue - 2, Estado de São Paulo, 2010.
 Com o objetivo de aprimorar o monitoramento da circulação viral de dengue no Estado de São Paulo a Secretaria de Estado da Saúde implantou o método diagnóstico baseado na detecção do antígeno NS1 do vírus dengue em todos os municípios do Estado nos anos de 2009 e 2010. Essa ferramenta permitiu assegurar a realização de isolamento viral em número elevado de amostras, resultando altas taxas de positividade, possibilitando assim um monitoramento mais efetivo dos sorotipos circulantes no Estado.
 De janeiro a setembro de 2010, foram processadas 1.023 amostras de isolamento viral para dengue com 80,2% de positividade. Das amostras positivas, 78,1% foram  do sorotipo DENV-1, 19,0% DENV-2 e 2,9% DENV-3.
 Com o objetivo de avaliar possíveis mutações virais relacionadas com manifestações graves da doença, o Instituto Adolfo Lutz realizou estudo de fragmento genômico viral de algumas amostras biológicas.
 Amostras de pacientes com suspeita de infecção por dengue, procedentes de Santos (n=2), São Vicente (1) e Presidente Epitácio (1), inoculadas em cultura de Células C6/36, resultaram o isolamento de 4 cepas de Dengue 2 (DENV-2).
 A partir dessas quatro cepas virais obteve-se a amplificação de fragmentos de 943 pares de bases, pertencentes ao gene codificador da proteína E do envelope viral. Comparando-se as seqüências desses fragmentos com outras seqüências conhecidas, depositadas no GenBank, obteve-se por análise Bayesiana, alta homologia com amostras brasileiras isoladas em 2007 e 2008, todas pertencentes ao sub-clado Asiático/Americano.
 Embora estudos anteriores tenham demonstrado a circulação de genótipos de DENV-2 menos virulentos nas Américas, o presente estudo indicou que o genótipo Asiático/Americano, ora circulante no Brasil, continua sendo similar àquele circulante nos anos de 2007 e 2008, sem alterações significativas.
 Pesquisas recentes têm indicado a associação de mutações localizadas em regiões específicas do genoma viral com a gravidade das manifestações clínicas. O gene E, dado seu papel importante na biologia viral tem se constituído num dos locais preferenciais para estudos de virulência, sendo particularmente importantes mutações no resíduo E-390. Nos fragmentos analisados nesse estudo, não foram observadas mutações nesse resíduo.
 Assim, com base na análise desses fragmentos amplificados sugere-se que não houve alterações significativas nessas cepas de DENV2, circulantes em 2010, em

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