sábado, 30 de abril de 2011

Prêmio WSPA de Bem-Estar Animal 2011: inscrições abertas



Apr 4, 2011
Prêmio WSPA de Bem-Estar Animal 2011
As inscrições para o Prêmio WSPA de Bem-Estar Animal 2011 já estão abertas. Até o dia 6 de maio ou até o limite de 100 grupos, universitários poderão se inscrever para o concurso que já acontece há cinco anos, e atrai participantes de todo o país.
O grupo vencedor ganhará uma viagem para a Inglaterra, onde visitará a sede da WSPA em Londres e a Fazenda-Modelo da WSPA em parceria com a FAI (Food Animal Initiative), além de conhecer especialistas em Bem-Estar Animal de renomadas universidades britânicas.

O concurso

O Prêmio WSPA de Bem-Estar Animal 2011 é dirigido a universitários de Medicina Veterinária, Zootecnia, Agronomia e Biologia; porém, qualquer área de graduação pode disputar o desafio. Os interessados devem formar grupos de dois a cinco alunos e um professor-orientador. Ao longo do ano, as equipes deverão cumprir tarefas teóricas e práticas sobre o bem-estar dos animais de produção.
Os trabalhos são elaborados, analisados e julgados pelo Comitê Avaliador. O objetivo é difundir conceitos de bem-estar animal baseados em evidências científicas atualizadas e estimular o conhecimento nessa área, envolvendo sistemas de criação, abate humanitário e outros temas. “A realização do Prêmio é uma forma de estimular a  academia a refletir sobre o tema do Bem-Estar Animal e perceber a sua importância na formação do profissional contemporâneo”, destaca Ingrid Eder, Gerente de Campanhas da WSPA Brasil.
Clique aqui para se inscrever no Prêmio WSPA de Bem-Estar Animal 2011
Além de ser premiada a equipe vencedora, o grupo classificado em 2° lugar ganhará um vale-livros no valor de R$1.000,00, e o 3° lugar no valor de R$500,00. Todos os estudantes classificados ainda receberão o Certificado de Premiação, um conjunto completo do curso CAW - Concepts in Animal Welfare (Conceitos em Bem-Estar Animal) e uma cópia do documentário "Animais: Seres Sencientes", da WSPA.

Cinco anos de aprendizado em bem-estar animal

Alunas Luciana Martins e Tatiana Ceratti com a Profa. Denise Leme da Fazenda Modelo em Oxford, Inglaterra.
Em seu quinto ano de existência, o Prêmio já teve um total de 1.152 alunos e 335 professores inscritos. Os participantes – inclusive os professores - têm a oportunidade de agregar um conhecimento que será utilizado e transmitido ao longo de toda a carreira profissional.
É o caso da professora Denise Leme, orientadora da equipe vencedora da primeira edição do prêmio, em 2007. Na ocasião, ela lecionava a disciplina Reprodução Animal e Semiologia Veterinária na Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista. “Após a vitória do Prêmio, minhas aulas foram enriquecidas com exemplos reais”, relata a professora. Ela relembra que na época, as informações bibliográficas sobre o bem-estar animal ainda eram raras:
“Não encontrávamos literatura ou artigos tão facilmente. Achávamos que bem-estar animal no meio produtivo era algo complicadíssimo, coisa de outro mundo. As criações de animais na fazenda-modelo de Oxford, e até mesmo os restaurantes que correspondiam à demanda pelo uso de produtos animais com o selo de bem-estar animal nos fez comprovar de perto a simplicidade e a viabilidade de se instalar uma cultura de bem-estar animal em um país”, compara Denise.

Para professor, dedicação e motivação são essenciais

Já o Prof. Silvio Luiz Negrão, que ministrava a disciplina Bioética na Fundação Universidade Regional de Blumenau, orientou o grupo vencedor do prêmio 2009. Segundo ele, das cinco componentes do grupo, três trabalham atualmente com pequenos animais, e uma com inspeção de frigoríficos.
Para o professor, o aprendizado adquirido com o Prêmio certamente está sendo utilizado por todas elas. “Todos os conceitos de bem-estar animal são universais e aplicáveis independentemente da área. Certamente as alunas estão levando esses conceitos para quaisquer espécies animais que venham atender”.
Quando perguntado sobre o que é preciso para vencer o concurso, o professor afirmou: “Quem faz o concurso e desenvolve as atividades são os acadêmicos, e o professor tem o papel apenas de orientá-los. Por isso, é preciso dedicação, pesquisa, um bom trabalho em grupo e motivação da equipe. A jornada é grande, e se o grupo não estiver unido, fica muito mais difícil”, concluiu o professor.
O concurso é gerido pela WSPA Brasil e, neste ano, elaborado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP).

Venenos mutantes: Animais da mesma espécie têm peçonhas diferentes



Carlos Fioravanti

Edição Impressa 182 - Abril de 2011

© JULIANA SCIANI / INSTITUTO BUTANTAN
 
Ouriço: depois de uma espetada, um anti-inflamatório pode ser útil
Uma mesma espécie de sapo, a Rhinela granulosa, produz venenos diferentes quando vive na caatinga ou em florestas como a mata atlântica. Uma jararaca da região amazônica, aBothrops atrox, fabrica venenos de composição distinta no Maranhão ou no noroeste do Amazonas. Em um mesmo local, jararacas machos e fêmeas injetam em suas presas venenos com componentes distintos. A composição e, portanto, a letalidade dos venenos podem variar em um mesmo animal: uma espécie de anfíbio – a cobra-cega Siphonops annulatus – produz toxinas diferentes na cabeça e na cauda, por onde é mais atacada quando se enterra ou entra em buracos. Já as abelhas produzem venenos com cheiro que lembra o de mel e ingredientes que variam de acordo com a temperatura e a estação do ano.

Antes pouco diferenciadas, essas misturas de toxinas estão ganhando identidades próprias, à medida que seus ingredientes e as prováveis funções biológicas de cada um deles se tornam mais conhecidos nos laboratórios do Instituto Butantan, o centro nacional de referência na produção de soros contra animais peçonhentos. A eficácia dos tratamentos, agora está claro, poderá ser ampliada à medida que se agregarem informações sobre a origem, o ambiente, a idade e a dieta do animal peçonhento: o soro para a picada de uma jararaca de São Paulo pode não servir para aplacar totalmente os efeitos da picada de uma espécie do norte do país. As Bothrops respondem por cerca de 80% dos 20 mil acidentes com cobras registrados por ano no Brasil, com uma mortalidade de 10% entre as pessoas que não tomaram soro, enquanto as cascavéis são responsáveis por cerca de 10% dos casos, embora com 75% de mortalidade.

O conhecimento crescente sobre os componentes dos venenos pode ser útil para tratar até mesmo acidentes com animais menos perigosos como os ouriços-do-mar Echinometra lucunter, causa comum de ferimentos no litoral. “O veneno desse ouriço não mata, mas merece respeito”, diz Daniel Carvalho Pimenta, pesquisador do Butantan. Sob sua orientação, Juliana Sciani analisou o veneno liberado pelo espinho do ouriço e verificou que o inchaço – ou granuloma – do local da espetada é um sinal de uma reação inflamatória intensa, que pode durar dias, embora geralmente não mereça muita atenção. Por essa razão, diz ele, “receitar um anti-inflamatório e um analgésico pode ajudar muito depois da picada”.

Para os animais, os venenos expressam as estratégias de sobrevivência. “O veneno facilita a vida das cobras venenosas, que podem ser magrinhas, enquanto as jiboias, que não são  peçonhentas, têm mais trabalho para se alimentar: elas matam as presas enrolando-se nelas e sufocando-as”, observa Carlos Jared, biólogo do Butantan que há duas décadas investiga a origem e as prováveis funções dessas misturas de toxinas que representam a continuidade da vida para uns e o fim da vida – ou ao menos muita dor – para outros.

Matar ou apenas espantar – Jared sabe bem o que uma cobra pode causar: já foi picado três vezes, na primeira por uma cascavel e nas outras duas por jararacas. Por sorte, estava no próprio Butantan e o atendimento foi rápido. Em 1984, ele demonstrava para um grupo de visitantes como um par de botas recém-importadas poderia evitar a picada de uma cascavel. Ele esticou a perna, a cascavel atacou, mas a bota não barrou a picada, como todos esperavam. “Senti os dentes da cascavel injetando o veneno na minha perna. Eu sempre dizia que temos de manter a calma nessas horas, mas naquele momento não consegui. Nunca corri tão rápido até o hospital.”


O veneno é uma forma de defesa de que muitos animais se valem para caçar ou evitar que sejam caçados. Enquanto cobras, escorpiões e aranhas atacam ao menor sinal de perigo ou de alimento por perto, os anfíbios – sapos, rãs e pererecas – preferem afugentar em vez de matar, adotando o que Jared chama de veneno pedagógico. Jared e sua equipe têm visto que as Rhinella, diante de possíveis predadores, enchem os pulmões de ar, estufam o corpo e deixam as glândulas chamadas parotoides prontas para esguichar veneno. Ao morder os sapos, os animais da floresta ou os cães domesticados apertam as glândulas, que liberam um líquido leitoso tóxico diretamente na boca do predador, causando taquicardia e vômitos. Uma perereca-verde do grupo das Phyllomedusa adota uma tática defensiva mais refinada: ela se deixa comer e, enquanto o predador a engole, libera substâncias que provocam o vômito; em menos de um minuto a perereca sai pulando enquanto o predador permanece entorpecido e faminto.

Às vezes o veneno depende da dieta. Os dendrobates – rãs de pele de cor azul, verde ou amarela de no máximo três centrímetros que vivem principalmente na Amazônia – se alimentam de formigas, besouros ou ácaros que, por sua vez, se alimentam de fungos venenosos. Os dendrobates sequestram esse veneno, que se acumula nas glândulas da pele. É assim que uma espécie de dendrobates, a Phyllobates terribilis, incorpora a poderosa batracotoxina, produzida por besouros e talvez por outros insetos. Jared comparou a letalidade dos venenos da Phyllobates e da jararaca e concluiu que o primeiro, da rã, é 8.750 vezes mais letal. Um pássaro da Papua-Nova Guiné, o Pitohui dichrous, também come desses besouros e libera essa toxina pela pele e penas. Se a alimentação muda, o veneno desaparece. Os dendrobates mantidos nos viveiros do Butantan, que comem baratinhas, são inócuos. “Na verdade”, diz Jared, “eles eram venenosos, mas não estão venenosos”.
© EDUARDO CESAR/DADOS DANIEL PIMENTA-INSTITUTO BUTANTAN
 
Abelhas: composição do veneno varia ao longo do ano

Dos gosmentos aos diáfanos – A composição do veneno de dois representantes da mesma espécie de jararaca, uma do Maranhão e outra do Amazonas, também pode variar e induzir à produção de diferentes grupos de anticorpos, de acordo com um estudo de Maria de Fátima Furtado e outros pesquisadores do instituto paulista. Como explicar as variações de venenos em seres da mesma espécie que vivem em lugares diferentes? “Esse pode ser um sinal de que o bicho está mudando e outra espécie se formando”, comenta Jared. “Em alguns milhares de anos, talvez sejam espécies completamente distintas.”

Pimenta está vendo que venenos evoluem, passando de misturas rudimentares como a gosma amarelada e insolúvel de um anfíbio como a cobra-cega para líquidos transparentes e cristalinos como o veneno de pererecas, aranhas e escorpiões. “Os venenos dos animais mais primitivos consistem principalmente de proteínas, cuja produção exige um alto custo energético, e de alcaloides, moléculas bem menores que as proteínas”, diz ele. É o caso do veneno da jararaca, amarelo viscoso por causa da elevada quantidade de proteínas. “Na outra ponta, temos venenos com muitos peptídeos, de custo energético menor, e esteroides, cuja estrutura química permite muitas variações”, acrescenta, exemplificando com o veneno de escorpião, líquido incolor e fluido, formado principalmente por peptídeos.

Ainda não há regras claras sobre a variabilidade química dos venenos dentro das mesmas espécies. O da cascavel varia pouco e apresenta cerca de 10 componentes básicos, principalmente enzimas que, em segundos, paralisam os músculos e o sistema nervoso de outros animais, de acordo com um estudo de Airton Lourenço Jr., da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com base em 112 amostras, colhidas de serpentes jovens e adultas de diferentes regiões do país ou de cativeiro.

No entanto, verificou Pimenta, o da jararaca é uma mistura de centenas de componentes de proporção variável, principalmente peptídeos e enzimas que corroem a pele e o tecido conjuntivo das presas, iniciando a digestão. “A composição dos venenos pode ser redundante, com muitas moléculas com a mesma função, de modo a compensar as variações dos mecanismos de defesa das presas”, diz ele. Às vezes aparecem moléculas sem uma função biológica clara. Podem ser resquícios de outros tempos, na avaliação de Osvaldo Augusto Sant’Anna, pesquisador do Butantan e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Toxinas. “Componentes dos venenos hoje sem uma função biológica aparente podem ter sido essenciais para a sobrevivência de uma espécie, tendo se conservado ao longo da evolução, e talvez um dia voltem a ser necessários”, diz ele. “Do mesmo modo que reconhecemos a diversidade entre os Homo sapiens, identificando os indivíduos com suas características próprias, devemos reconhecer que há diversidade em uma mesma espécie de Bothrops.”

Os mecanismos de defesa que permitem a aves, às próprias cobras e a alguns mamíferos resistir a venenos normalmente letais também permanecem incertos. A boipeva (Xenodon merremii), uma serpente agressiva, embora não venenosa, especializou-se em comer sapos venenosos, os corpulentos sapos-cururus, do gênero Rhinella, antes chamado de Bufo. Um gambá brasileiro, o Didelphis aurita, da mata atlântica, é totalmente imune ao veneno das jararacas e parcialmente imune ao da cascavel. Quando não têm imunidade, os animais adotam outro comportamento. Os quatis (Nasua nasua) escalpelam os sapos, raspando-os em pedras até tirarem a pele com as glândulas de veneno, comendo só a carcaça – mesmo quando estão em viveiros, longe da mata.

>Artigos científicos
1. JARED, C. et al. Parotoid macroglands in toad (Rhinella jimi): their structure and functioning in passive defense. Toxicon, v. 54, p. 197-207. 2009.
2. FURTADO, M.F. et al. Antigenic cross-reactivity and immunogenicity of Bothropsvenoms from snakes of the Amazon region. Toxicon. v. 55, p. 881-7. 2010.
3. FERREIRA Jr., R. S. et al. Africanized honey bee (Apis mellifera) venom profiling: Seasonal variation of melittin and phospholipase A2 levels. Toxicon. v. 56, p. 355-62. 2010.

http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4396&bd=1&pg=1&lg=

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Veterinary Public Health E-Bulletin




Veterinary Public Health (VPH) is defined as “The contributions to the physical, mental and social well-being of humans through an understanding and application of veterinary science” [WHO/FAO/OIE definition 1999].
Human health, animal husbandry and animal health are closely connected and VPH is a fundamental part of public health whereby human health and well-being are the main objectives. VPH is multidisciplinary and contributes to many areas of public health that are not always related to animals. In order to integrate veterinary public health into the goals of public health, it is essential to improve collaboration between human and veterinary medical science, environmental science and other related fields - in accordance with ‘one health’ principles.

  NEWS
LATEST OUTBREAKS – VPH
AFRICA (Egypt): Avian Influenza virus infection in humans
April 21, 2011. On 16 April 2011, the Ministry of Health of Egypt notified WHO of two new cases of human infection with avian influenza A (H5N1) virus [...]
ASIA (Bangladesh): Avian Influenza (HPAI)
April 19, 2011. A total of 6, 000 poultry birds were culled and 29, 000 eggs destroyed following outbreak of bird flu at a hatchery at Kashada village under Shivalaya upazila last week [...]
ASIA (Cambodia): Avian Influenza virus infection in humans
April 21, 2011. The Ministry of Health of the Kingdom of Cambodia has announced a confirmed case of human infection with avian influenza A (H5N1) virus [...]
ASIA (Indonesia): Avian Influenza (HPAI)
April 26, 2011. Ministry of Agriculture, Indonesia has reported 18 new outbreaks of H5N1 HPAI, all of them in the Gorontalo region during the month of April, 2011 [...]
ASIA (Mongolia): Avian Influenza (HPAI)
April 21, 2011. One new outbreak of H5 HPAI has been reported from Sukhbaatar region among wild species of Whooper swans [...]
ASIA (Vietnam): Avian Influenza (HPAI)
April 26, 2011. Vietnam reports new outbreaks of H5N1 HPAI in villages in the Vinh Long and Quang Tri regions [...] [...]
AUSTRALIA (New South Wales) Leptospirosis
April 21, 2011. Four cases of leptospirosis have been confirmed in the Murrumbidgee Local Health Network [...]
To view reported cases of animal diseases visit the EMPRES-i website.
EMPRES-i is a global animal health information system of the FAO's EMPRES programme that focuses on the user need to easily find and collect in one place all the information available for animal health and transboundary animal diseases. EMPRES-i compiles, stores and verifies animal diseases outbreaks data (including zoonoses) from numerous sources (e.g. FAO representatives, FAO reports, OIE reports, official government, European Commission, FAO reference centres and laboratories) for early warning and risk analysis.
LATEST NEWS – FOOD SAFETY
USDA Announces Availability of Compliance Guide to Help Reduce Foodborne Illness
April 25, 2011.  The U.S. Department of Agriculture´s Food Safety and Inspection Service (FSIS) is providing a set of draft guidelines to help small and very small meat and poultry manufacturers reduce harmful bacteria in ready-to-eat foods [...]
How to manage media over meat contamination
Prompt public communication, acknowledgement of real and perceived risks, and control of stigma are key to effective management of food safety crisis, says a team of experts investigating lessons from two dioxin crises [...]
OTHER NEWS
World Veterinary Day - 30 April 2011
World Veterinary Day was instigated by the World Veterinary Association (WVA) in 2000 to be celebrated annually on the last Saturday of April [...]
Stamping out H5N1 avian influenza could take decades
Eliminating the highly pathogenic H5N1 avian influenza virus from poultry in the six countries where it remains endemic will take ten or more years, according to a new FAO report [...]
Carriage of methicillin-resistant Staphylococcus aureus by veterinarians in Australia
Research has proved that carriage of MRSA is a notable occupational health issue for veterinarians in clinical practice in Australia, particularly those who work with horses [...]
Interactive database of emerging animal diseases goes live
The database - established with the assistance and input of expert groups – contains 12 disease fact sheets made available for public consultation and comments [...]
Study suggests avian flu risk low in falconers
The risk of contracting avian influenza is low in falconry, according to a field study that involved a group of German falconers, their falcons, and the birds' avian prey [...]
ONE HEALTH NEWS
One health: the small companion animal dimension. Veterinary Record 167, 847-849 [...]
One Health News [...]
One Health Newsletter [...]
ANNOUNCEMENTS
IDF World Dairy Summit 2011 – Call for Abstracts
IDF World Dairy Summit would be held at Parma, Italy from October 15 – 19, 2011. The deadline for the submission of abstracts is April 30, 2011 [...]
Colloquium on Zoonoses and Neglected Infectious Diseases of Africa - First Announcement
This colloquium organised jointly by the Institute of Tropical Medicine (ITM, Belgium) and the Department of Veterinary Tropical Diseases of the University of Pretoria (DVTD, South-Africa) will be held from 1 to 4 November 2011 at Johannesburg, South Africa. The deadline for abstract submission is 15 May 2011 [...]
Towards Global Health Equity: Opportunities and Threats 2012 - Call for Abstracts
The 13th Triennial World Congress on Public Health would be held at Addis Ababa, Ethiopia from April 21-29, 2012. Abstract Submission Deadline is Friday, October 21, 2011, Midnight Pacific [...]
IV International Giardia and Cryptosporidium Conference 2012
Organisers have announced the IV International Giardia and Cryptosporidium conference that would be held at Wellington, New Zealand from 30th January to 3rd February 2012 [...]
15th International Congress on Infectious Diseases 2012
Bangkok has been selected by the International Society for Infectious Diseases (ISID) as the venue for the 15th International Congress on Infectious Diseases in June 13-16, 2012. The deadline for the submission of abstracts would be February 12, 2012 [...]
AGA e-newsletter
To receive regular updates by email on all issues relating FAO's work on animal production and health, subscribe to the AGA e-newsletter. It contains information on upcoming events, publications, programme activities, articles and press releases [Click here to subscribe]

  EVENTS
1. May 17-20, 2011. International Conference on Animal Health Surveillance at Lyon, France [...]
2. June 12 – 15, 2011. International Symposium on Emerging and Re-emerging Pig Diseases at Barcelona, Spain [...]
3. June 13 – 17, 2011. Role, Impact and Welfare of working animals at FAO Headquarters, Rome, Italy [...]
4. June 20 – 22, 2011. Safe Pork Conference 2011 at Maastricht, The Netherlands [...]
5. July 8-10, 2011. ISID-Neglected Tropical Diseases meeting 2011 at Boston [...]
6. July 10-13, 2011. 4th Biennial Australian Animal Studies Group Conference 2011 – “Animals, People – a Shared Environment” at Brisbane, Qld Australia [...]
7. July 26-29, 2011. 3rd International Conference on Sustainable Animal Agriculture for Developing Countries at Nachonratchasima, Thailand [...]
8. August 21- 25, 2011. 23rd. International Conference of the World Association for the Advancement of Veterinary Parasitology would be held in Buenos Aires, Argentina [...]
9. August 31-September 1, 2011 International Symposium on EID and Zoonoses at Shanghai [...]
10. September 7-9, 2011. Global Conference on Rabies Control: Towards Sustainable Prevention at the Source at Seoul [...]
11. September 7-9, 2011. 1st International Congress on Pathogens at the Human-Animal Interface (ICOPHAI): Impact, Limitations, and Needs in Developing Countries at Addis Ababa, Ethiopia [...]
12. September 14-18, 2011. XXIVth World Congress of Hydatidology at Urumqi, China [...]
13. October 10-14, 2011. 30th World Veterinary Congress 2011 “Caring for Animals: Healthy Communities” at Cape Town, South Africa [...]
14. October 16-21, 2011. 22nd International Conference on Rabies in the Americas (RITA) in San Juan, Puerto Rico [...]
15. October 27, 2011. 27th meeting of the task force on zoonoses data collection at Rome [...]
16. October 27-29, 2011. The Second Chinese Veterinary Conference 2011 2011 at Xiamen, Fujian Province [...]
17. November 21-24 2011. 2nd World Conference on Biological Invasions and Ecosystem Functioning at Mar del Plata, Argentina [...]

  PUBLICATIONS
1. Vector-borne Infections [...]
2. The WVA veterinary schools and faculties database [...]
3. International Veterinary Information Service [...]

  TRAINING

  EMPLOYMENT
1. FAO – Senior Livestock coordinator, Nairobi, Kenya – Closing date: April 27, 2011 [...]
2. FAO – Programme Officer (FAOR Network), Santiago, Chili – Closing date: May 5, 2011 [...]
3. FAO – Food Safety and Quality Officer, Rome, Italy – Closing date: May 22, 2011 [...]

Rússia impõe novas restrições a frigoríficos brasileiros



A Rússia, principal mercado para as carnes do Brasil, impôs restrições temporárias às importações de produtos de estabelecimentos brasileiros após uma inspeção de duas semanas a 29 plantas nacionais de carnes bovina, suína, de frango e industrializados, finalizada no dia 18 deste mês.

Conforme apurou o Valor, o Rosselkhoznadzor, agência russa de saúde animal e vegetal, manteve restrições às importações de produtos de 13 plantas de carnes brasileiras que já estavam sob embargo e que buscavam voltar a exportar. A missão de veterinários visitou ainda oito plantas pela primeira vez, que também não foram habilitadas.
Além disso, a missão teria descrendenciado quatro fábricas de processados da Brasil Foods. Os russos mantiveram a habilitação de quatro unidades restantes que já estavam autorizadas a exportar, mas solicitaram "informações adicionais" das empresas e do governo.
Em comunicado em seu site, com um tom duro e com críticas ao Ministério da Agricultura brasileiro, o Rosselkhoznadzor diz ter proposto a restrição temporária das exportações de produtos de todas as unidades visitadas. A razão, segundo o órgão, é que os estabelecimentos não atendem às exigências da legislação sobre segurança dos alimento da Rússia, Belarus e Cazaquistão, que formam uma união aduaneira e são clientes do Brasil.
Segundo o órgão, a inspeção demonstrou uma piora nos últimos anos no sistema que assegura a conformidade dos produtos de carne do Brasil às normas de segurança previstas pela legislação russa. A inspeção mostrou ainda, diz a agência, que não são feitos o volume necessário de análises de matérias-primas e produtos finais para verificar a conformidade com as normas e exigências russas. Além disso, a missão viu deficiências sistêmicas no trabalho do serviço veterinário brasileiro, especialmente no atual programa nacional e no dos estabelecimentos.
De acordo com os russos, análises laboratoriais de amostras de produtos do Brasil indicaram contaminação com listeria, salmonella, bactérias do grupo e-coli, além de resíduos de antibióticos, como tetraciclinas. A missão também colocou em dúvida a eficácia dos controles veterinários e sanitários nos estabelecimentos de carnes.
O vice-presidente de assuntos corporativos da Brasil Foods, Wilson Mello, confirmou que a empresa teve plantas embargadas, mas disse não ter informações sobre número e local das unidades. Segundo ele, foram descredenciadas plantas de processados e de produtos in natura. "Como temos 13 plantas habilitadas a vender à Rússia, vamos atender [a demanda russa] com unidades que continuam credenciadas", disse, reiterando que a companhia está preocupada com a medida russa.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (reúne exportadores de suínos) disse que estará hoje em Brasília para discutir o problema no Ministério da Agricultura. A Rússia é o principal comprador de carne suína do Brasil.
Antônio Camardelli, da Abiec (exportadores de carne bovina) disse que o relatório dos russos não tem "informações peremptórias" sobre frigoríficos de carne bovina. A missão visitou dez estabelecimentos de carne bovina.
O governo brasileiro vai tentar reverter o embargo russo e avançar na habilitação de mais frigoríficos. Para isso, fará reuniões com o serviço veterinário russo em Moscou. Uma missão brasileira deve ir à Rússia em maio, aproveitando a visita do vice-presidente Michel Temer no país, que participará de reunião com o premiê russo Vladimir Putin.
Não é a primeira vez que os russos impõem restrições às carnes do Brasil. Mais uma vez, a percepção é de que a medida pode ter razões comerciais, dizem fontes do setor. Os russos estariam incomodados com a grande oferta de processados de carne do Brasil no país.
Valor Econômicohttp://www.aviculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/russia-impoe-novas-restricoes-a-frigorificos-brasileiros,20110428084050_W_301,20081118093812_F_643.aspx

Primeira vacina contra esquistossomose terá tecnologia 100% nacional




Débora Motta

Gutemberg Brito/Comunicação/Instituto Oswaldo Cruz 
 
 Para a pesquisadora da Fiocruz e médica Miriam Tendler,
 a vacina será um investimento social de impacto global
 

O Brasil será o primeiro país a desenvolver uma vacina contra a esquistossomose, doença que acomete cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A substância, desenvolvida com tecnologia 100% nacional, foi descoberta no início da década de 1990 pela médica e pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Miriam Tendler. Desde então, já apresentou resultados positivos em testes com animais – 70% de imunização em camundongos – e, ainda em 2011, será testada em humanos. Além de estar se mostrando eficaz para promover a imunização contra casos de esquistossomose, a vacina também poderá evitar casos de outras doenças causadas por helmintos, como a fasciolose, doença do gado de corte que tem um parasita causador semelhante ao da esquistossomose. O estudo contou com recursos da FAPERJ, por meio do edital Apoio ao Estudo de Doenças Negligenciadas e Reemergentes, além de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

Como em qualquer outra vacina, a técnica consistiu em utilizar um antígeno – substância que estimula a produção de anticorpos – para fortalecer o sistema imunológico do potencial hospedeiro contra o ataque do parasita. No caso, foi a proteína SM-14, obtida pelo grupo de pesquisadores da Fiocruz e colaboradores coordenado por Miriam Tendler, a partir do próprio Schistosoma mansoni, o parasita causador da esquistossomose. Proteína essencial para a sobrevivência do parasita, a Sm-14 é propriedade intelectual da Fiocruz e faz parte de um grupo conhecido como fatty acid-binding proteins (proteínas ligadoras de ácidos graxos). “No início dos anos 1990, a SM-14 foi eleita pela OMS como um dos seis antígenos prioritários para o desenvolvimento da primeira vacina contra a esquistossomose, ao lado de quatro propostas americanas, que não foram para frente, e de uma francesa, que não tem a mesma abrangência que a nossa, pois é restrita à esquistossomose”, conta.

 Reprodução
 
A proteína SM-14: antígeno da vacina pode
imunizar contra esquistossomose e fasciolose 
                                                                
De acordo com a coordenadora do projeto, a versatilidade da utilização do antígeno é o grande diferencial da proposta brasileira. A proteína SM-14 pode servir como base para a produção de vacinas que atuem contra diversas doenças causadas por helmintos. “Estamos na fase final do desenvolvimento de uma vacina anti-helmíntica bivalente, ou seja, capaz de prevenir duas doenças, a esquistossomose, doença humana de grande importância social, e a fasciolose, que acomete rebanhos em todo o mundo”, explica Miriam Tendler. O próximo passo, no entanto, é ampliar ainda mais a abrangência da vacina para torná-la multivalente. “Já temos em vista adaptá-la para que também possa prevenir outras doenças causadas por helmintos, como a hemoncose, que afeta bovinos e ovinos”, completa.  

A possibilidade de abrir o leque, tornando a vacina um produto da indústria veterinária em um futuro próximo, ajudou a impulsionar, indiretamente, o desenvolvimento da substância também para humanos. Uma parceria que envolve o licenciamento da exploração de patentes foi fechada entre a Fiocruz e a indústria brasileira Ourofino Agronegócio. “Estamos às vésperas da realização de testes de segurança da vacina em humanos, que deve durar cinco meses. Depois dessa etapa, será importante que a vacina transponha os limites da academia e seja produzida em escala industrial, para entrar no mercado”, avalia. “Será a primeira vacina desenvolvida com tecnologia totalmente brasileira. Isso dará ao país autonomia para prevenir a esquistossomose, adotando a prevenção como medida prioritária, e não apenas o tratamento. Será uma vitória nacional e um investimento social de impacto global”, conclui Miriam Tendler.

Sobre a esquistossomose e a fasciolose 

Conhecida popularmente como “barriga d’água”, a esquistossomose é considerada uma doença negligenciada, por ser típica de países tropicais em desenvolvimento e não receber atenção adequada da indústria farmacêutica para a produção de ferramentas para a sua erradicação. Ela é transmitida através do contato direto com as larvas do parasita em águas não tratadas. Embora o homem seja seu hospedeiro definitivo, o parasita necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários. O planorbídeo, caramujo hospedeiro do Schistossoma mansoni, verme que causa a esquistossomose, habita barragens, rios, lagos e terras irrigadas de qualquer parte do país.


A esquistossomose compromete a saúde em geral e a capacidade de aprendizado, além de provocar diarreia, dores de cabeça, vômitos e sangramento do sistema digestivo. No Brasil, os focos da doença, antes concentrados principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, agora estão em expansão também para outros estados. Segundo a OMS, 747 milhões de pessoas vivem sob o risco da infecção causada pelo parasita Schistosoma mansoni em 56 países das Américas, da África e Ásia. Já a fasciolose hepática é uma das mais importantes doenças que atingem os ruminantes, gerando constantes prejuízos aos produtores rurais de todo o mundo, devido à mortalidade do gado e à redução na produção de carne e leite.

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.