quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Companhias têm regras para o transporte de animais em viagens de avião

16-11-2011

Com a proximidade das férias escolares, muitas famílias pensam em viajar e levar consigo o animal de estimação. A companhia do cão nesse período pode ser muito prazerosa, mas é preciso ser planejada, já que as empresas aéreas têm regras sobre o transporte de animais.

Se o pet for um filhote, haverá certa dificuldade para levá-lo em voos. As companhias aéreas exigem a carteira de vacinação completa, com as vacinas V10 ou V8 e a vacina antirrábica, que só pode ser aplicada com quatro meses de vida.

"A carteirinha é apresentada no momento do embarque e fixada no teto da caixa de transporte. As companhias também exigem que o dono comprove que o animal está em perfeito estado de saúde, por meio de um atestado sanitário emitido por um veterinário", explica a gerente de pet shop Cristiane Domingos Gonçalves. Esse atestado também tem validade mínima de sete dias. As fêmeas prenhas ou amamentando não são permitidas nos aviões.

A antecedência é um fator fundamental na hora de viajar com o pet. A vacina contra a raiva deve ter sido aplicada no mínimo 30 dias antes da viagem e é preciso fazer reserva, na maioria das companhias, 48 horas antes do voo. O número de animais é limitado pela empresa e geralmente são aceitos entre um e três por voo.

"Ao fazer a reserva, a pessoa deve informar o peso aproximado do animal e da caixa de transporte, além da raça e a posse do laudo do veterinário", diz Cristiane.

Bagagem ou cabine

Os animais de pequeno porte, que pesam entre cinco e dez quilos (peso do animal e da caixa de transporte), a depender da companhia, podem ir como bagagem de mão, desde que em sacolas especiais, vendidas em pet shops. Os cães-guia são os únicos isentos de taxa e que podem ser sempre transportados dentro da cabine, independente do peso.

A taxa cobrada pela viagem do animal varia de acordo com a forma que o animal será transportado, se dentro da cabine de passageiros ou no compartimento de malas ou cargas, e do peso total com a caixa. Geralmente, as empresas cobram uma taxa fixa e mais um percentual do valor da passagem por cada quilo do animal. Se for despachado como bagagem, ele deverá ser acomodado em um kennel, um tipo de contêiner, com espaço suficiente para garantir a movimentação, ventilação e o conforto durante a viagem. A identificação do animal e os contatos do dono devem estar claros na caixa. A maioria das companhias estabelece 30 quilos como limite para transportar o animal como bagagem. Acima desse peso, ele deve ser despachado como carga.

Nas viagens mais longas ou que envolvam cães de raças consideradas ferozes, os animais devem ser sedados para garantir a segurança no voo. Segundo Cristiane, em algumas companhias o animal é retirado da carga para respirar durante as escalas, diminuindo seu estresse.

Nota do CRMV-SP: A sedação do animal deve ser feita ou prescrita somente por um médico veterinário.

Estresse pode gerar vômito e tontura

O nível de estresse que o animal pode sofrer deve ser avaliado antes de embarcá-lo no compartimento de bagagens. "Ele vai sofrer estresse devido ao barulho da turbina. Somente por ficar preso na caixa por algumas horas, ele pode ficar estressado", afirma a médica veterinária Camila Duquini.

A tensão do animal pode provocar sintomas como vômitos, tontura e até mesmo uma crise convulsiva, se ele tiver predisposição a isso. "Esses sintomas podem aparecer ainda durante o voo ou após a chegada ao destino. O animal pode apresentar inapetência e indisposição", explica a veterinária.

Camila sugere o uso de tranquilizantes leves, dos alopáticos aos florais, desde que aprovados pelo veterinário que acompanha o animal e em doses recomendadas. "Não chega a ser um anestésico, é apenas um tranquilizante para que o animal durma durante o voo", diz.

Vacinas

As vacinas exigidas pelas companhias asseguram também a saúde do animal. "Garantem a resistência, impedindo que ele possa adquirir doenças e viroses de outros animais que estejam viajando junto", diz Camila.

Fonte: Jornal A Cidade (acessado em 16/11/2011)

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