terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NOTA TÉCNICA: CASO DE RAIVA EM FELINO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

O documento abaixo pode ser visualizado em seu endereço de origem clicando AQUI.


SECRETARIA DE ESTADODA SAÚDE
COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS
INSTITUTO PASTEUR

NOTA TÉCNICA
(CASO DE RAIVA EM FELINO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO)

Em 01/12/2011, o Instituto Pasteur (IP) / Coordenação Estadual do Programa de Controle da Raiva recebeu a notificação telefônica e via eletrônica de um caso de raiva em felino no município de São Paulo, diagnosticado pelo Laboratório de Raiva da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ-USP).
O animal foi encaminhado à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (FMVZ-USP) pela proprietária do animal em 04/10/2011 com a suspeita de envenenamento e somente após ser descartada a hipótese inicial, o material foi encaminhado para o laboratório de raiva dessa faculdade, em final de novembro. A suspeita de envenenamento foi levantada pela proprietária, pois em maio e junho outros animais morreram tendo como possíveis causa das mortes a ingestão de veneno.
Nesse mesmo dia (01/12/2011), foi repassada a informação verbal e eletrônica ao Centro de Controle de Zoonoses do município de São Paulo (CCZ-SMS-PMSP) que encaminhou a proprietária e sua filha, ao Instituto Pasteur para os procedimentos de Profilaxia da Raiva Humana.
No dia seguinte (02/12/2011), iniciaram-se os procedimentos pelas equipes da Secretaria Municipal da Saúde da Capital (CCZ, Supervisões de Vigilância em Saúde–SUVIS e Coordenadoria de Vigilância em Saúde – Covisa), relacionadas às atividades voltadas ao caso: investigação, inspeção zoo-sanitária, levantamento de animais a serem vacinados contra a raiva, bloqueio de foco, identificação e encaminhamento das demais pessoas que estiveram em contato com o gato para imunoprofilaxia, monitoramento dos animais da residência etc.
Pela caracterização laboratorial do vírus (tipificação antigênica – IP e seqüenciamento genético - FMVZ-USP), foi identificado que a variante encontrada é de morcego hematófago, já adaptada para uma espécie de morcego frugívoro.
O felino em questão tinha cerca de 10 anos e saía todos os dias, costumando voltar com algumas presas (como roedores e morcegos). Provavelmente este felino, que havia capturado um morcego 5 a 14 dias antes da morte, segundo informações da proprietária, foi infectado neste episódio ou anteriormente.
Conforme já referido, a Secretaria Municipal da Saúde da Capital está realizando as atividades de vigilância e controle, seja para humanos ou animais expostos.
Importante ressaltar que no município de São Paulo o último caso de raiva em cão ocorreu em 1983 e no Estado de São Paulo, o último caso de raiva nessa espécie, pela variante canina do vírus rábico, ocorreu em 1998 em município da região de Araçatuba. De 1998 até o momento no Estado de São Paulo foram feitos diagnósticos laboratoriais de 24 casos de raiva em cão e 12 em gato, todos por vírus da raiva / variante de morcego.

São Paulo, 16 de dezembro de 2011

Comissão Estadual de Coordenação do Programa de Controle da Raiva
Instituto Pasteur

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