segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cerco contra a Influenza equina


De forma inédita, a Secretaria de Agricultura cobrou o atestado de vacinação na Fenasul, por informe de alerta de risco

Ainda não existem casos confirmados por exame laboratorial, mas há suspeitas no Interior<br /><b>Crédito: </b> eduardo seidl / cp memória
Ainda não existem casos confirmados por exame laboratorial, mas há suspeitas no Interior
Crédito: eduardo seidl / cp memória
Um informe alertando para o risco de disseminação da Influenza equina levou o Departamento de Defesa Animal da Secretaria de Agricultura (Seapa) a cobrar, de forma inédita, a realização da vacina contra a doença e a apresentação do atestado de vacinação na Fenasul. O primeiro caso suspeito no Estado foi registrado em março, pelo Ministério da Agricultura. A exigência em eventos com concentração animal foi reforçada especialmente por causa de um surto no Uruguai. Ainda que a Influenza equina apresente baixa taxa de mortalidade, sua alta transmissibilidade pode acarretar impacto econômico devido à queda de performance dos animais acometidos e a complicações em virtude de infecções secundárias.

Conforme o chefe da Divisão de Sanidade dos Equinos, Caprinos, Ovinos e Abelhas do Mapa, André Pereira Bompet, a situação está sob controle no país. O que aconteceu, segundo ele, foi que o aumento da vigilância e atuação dos serviços veterinários oficiais nos estados acabou gerando um incremento na detecção de suspeitas. Em 2011, foram encaminhados à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o registro de 24 casos no país.

A responsável pelo Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos no Estado, Vanessa Bandeira, comenta que nenhum caso foi confirmado com exame laboratorial no Estado, mas existem animais no Interior com suspeita da doença que aguardam a chegada dos resultados.

De acordo com o chefe substituto da Defesa Sanitária Animal no Estado, Fernando Groff, a doença está pulverizada. "Acreditamos que seja só um período mais delicado. Para a Expointer, o cerco contra doença deve estar menor", observa Groff. Ainda este ano, houve suspeita de Influenza equina no Jóquei Clube de Porto Alegre. Como na época o Mapa não tinha laboratório credenciado para fazer o exame, houve um diagnóstico clínico nos animais. Por precaução, o local ficou interditado por 28 dias.

A prevenção

A Influenza equina é uma doença viral que acomete todas as espécies de equinos, de notificação obrigatória junto à OIE.

O Mapa recomenda a adoção de medidas para evitar a disseminação da doença por:

- Interdição das propriedades com suspeitas e, em caso de confirmação de foco, proibição da realização de eventos de aglomeração de equídeos no raio de 10 km ao redor do foco.

- As propriedades onde foram confirmados casos da doença devem permanecer interditadas até 28 dias após o início dos sintomas clínicos no último animal, período necessário para garantir que não haja animais infectados. - A participação de equídeos em eventos de aglomeração animal poderá ser condicionada à apresentação de atestado de vacinação ou de que o exemplar vem de propriedade sem ocorrência da doença nos 30 dias prévios.

Fonte: Ministério da Agricultura

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