Autor : Osler Desouzart (Consultor;
ODConsulting- Planejamento e Estratégia)
O mestre e guru, Professor Vicente Falconi, já nos
ensinava em sua obra indispensável, TQC Controle da Qualidade Total no Estilo
Japonês que o objetivo de uma empresa era sobreviver diante da concorrência
internacional, condensado em sua frase genial "o mercado internacional
inclui a rua em que vives". Os ensinamentos de Falconi precedem ao
fenômenoda globalização se tornar tema corriqueiro e à explosão internacional
que o agronegócio brasileiro experimentou, principalmente a partir de 1995. O
gráfico I nos permite visualizar o quanto o mestre tinha e tem razão. A cada ano
que passa o comércio internacional de carnes responde por parcelas crescentes
da produção mundial decarnes. Evidentemente que a cada crise econômica mundial,
este crescimento sofrerá solução de continuidade, pois diante de uma queda na
demanda é muito mais fácil, rápido e economicamente atraente frear importações
do que diminuir a produção nacional. Passado o período de crises, as transações
internacionais voltam a se acelerar e estou prognosticando que em 2011 mais de
9,5% da produção mundial de carnes será consumido fora do país onde foi
produzida. O comportamento do mercado internacional de carnes nos três
primeiros meses do ano permite mesmo dizer que meus prognósticos serão
facilmente superados e que neste ano estarem os de volta ao crescimento de dois
dígitos.
Gráfico I
Aqueles que integram as equipes de planejamento estratégico de suas
empresas nunca deverão deixar de considerar que crises são cíclicas. Mais
cedo ou mais tarde elas ocorrerão e por mais severas que sejam, como a de
1929, elas não são eternas e um dia o mercado retomará.
A única coisa que tem crescimento permanente e
garantido são a carga fiscal brasileira e o aumento dos escândalos
envolvendo malversação do dinheiro público, majoritariamente impunes. Isto
acompanhado por declarações de autoridades informando que a nossa
carga fiscal é igualzinha a da Dinamarca, omitindo que nossos serviços
públicos aproximam-se aos de Burundi.
Aproveito este interregno para pedir aos leitores que me perdoem por não seguir a nova orientação dos livros didáticos, custeados com o dinheiro público que sai dos nossos bolsos, ensine a irrelevância da concordância do plural, enquanto o Ministro da Educação - também pago com o nosso suado dinheiro - diz que seu ministério não tem nada com isso, pois seria censura interferir com a escolha de livros pelo corpo docente. Estou aguardando que se anuncie para breve a flexão dos advérbios, consagrando a forma "menas" usado fartamente em discursos e que em nome de se evitar o preconceito lingüístico seja perfeitamente aceito
como português escorreito a frase: "os cumpanheiro tá sofrendo menas perseguição da zelites que só faz pobrema". Ensinar não significa vilipendiar a forma popular do falar, pois esta se aprende fora da escola e não carece de livros didáticos. Ensinar é dar o direito de aprender a outra forma de falar e escrever o idioma, consagrada por escritores e pela academia. Quando se confunde isto por motivações ideológicas prega-se o maniqueísmo ditatorial. Que tal dar aos estudantes a possibilidade de falar e escrever "os companheiros estão sofrendo menos perseguições das elites que só causam problemas"?
Que Machado de Assis os perdoe e que Olavo Bilac seja levado da condição de poeta para profeta ao ter escrito: "Criança, jamais verás terra como esta".
Saindo das "razões pelas quais vou emigrar" e voltando ao tema do comércio internacional de carnes. Não há hoje como equacionar o abastecimento de carnes no mundo sem contemplar que parcela desse abastecimento terá que ser feito fora das fronteiras nacionais. Esta situação se torna particularmente verdadeira quando vemos que Ásia e África serão os grandes vetores da demanda futura de carnes. Ditas regiões estão experimentando um aumento dos ingressos de suas populações que até atingirem US$ 7,00/per capita/dia serão utilizados majoritariamente para melhoria de suas dietas, com maior ingestão de produtos de origem
animal. Estes requerem quatro vezes mais recursos naturais que os de origem vegetal e em muitos dos países daquelas regiões tais são insuficientes para presidir à mudança inevitável da dieta de suas populações.
Em média, nos países ricos "come-se" 3.000 litros de água por dia e "bebe-se" entre 2 e 5 litros de água por dia2. Na medida em que a renda aumenta o consumidor sai do trigo, do milho, do arroz e da soja para as carnes. Um quilograma de carne bovina exige até 16.0003 litros de água para ser produzido.
Muitos dos países asiáticos e africanos que responderão por 89,7% do crescimento demográfico mundial4 até 2050 (cf.Tabela I) apresentam carências de recursos naturais necessários à migração da "soja para o bife" .
Aproveito este interregno para pedir aos leitores que me perdoem por não seguir a nova orientação dos livros didáticos, custeados com o dinheiro público que sai dos nossos bolsos, ensine a irrelevância da concordância do plural, enquanto o Ministro da Educação - também pago com o nosso suado dinheiro - diz que seu ministério não tem nada com isso, pois seria censura interferir com a escolha de livros pelo corpo docente. Estou aguardando que se anuncie para breve a flexão dos advérbios, consagrando a forma "menas" usado fartamente em discursos e que em nome de se evitar o preconceito lingüístico seja perfeitamente aceito
como português escorreito a frase: "os cumpanheiro tá sofrendo menas perseguição da zelites que só faz pobrema". Ensinar não significa vilipendiar a forma popular do falar, pois esta se aprende fora da escola e não carece de livros didáticos. Ensinar é dar o direito de aprender a outra forma de falar e escrever o idioma, consagrada por escritores e pela academia. Quando se confunde isto por motivações ideológicas prega-se o maniqueísmo ditatorial. Que tal dar aos estudantes a possibilidade de falar e escrever "os companheiros estão sofrendo menos perseguições das elites que só causam problemas"?
Que Machado de Assis os perdoe e que Olavo Bilac seja levado da condição de poeta para profeta ao ter escrito: "Criança, jamais verás terra como esta".
Saindo das "razões pelas quais vou emigrar" e voltando ao tema do comércio internacional de carnes. Não há hoje como equacionar o abastecimento de carnes no mundo sem contemplar que parcela desse abastecimento terá que ser feito fora das fronteiras nacionais. Esta situação se torna particularmente verdadeira quando vemos que Ásia e África serão os grandes vetores da demanda futura de carnes. Ditas regiões estão experimentando um aumento dos ingressos de suas populações que até atingirem US$ 7,00/per capita/dia serão utilizados majoritariamente para melhoria de suas dietas, com maior ingestão de produtos de origem
animal. Estes requerem quatro vezes mais recursos naturais que os de origem vegetal e em muitos dos países daquelas regiões tais são insuficientes para presidir à mudança inevitável da dieta de suas populações.
Em média, nos países ricos "come-se" 3.000 litros de água por dia e "bebe-se" entre 2 e 5 litros de água por dia2. Na medida em que a renda aumenta o consumidor sai do trigo, do milho, do arroz e da soja para as carnes. Um quilograma de carne bovina exige até 16.0003 litros de água para ser produzido.
Muitos dos países asiáticos e africanos que responderão por 89,7% do crescimento demográfico mundial4 até 2050 (cf.Tabela I) apresentam carências de recursos naturais necessários à migração da "soja para o bife" .
Tabela I
A carência desses recursos pode ser contornada
através da importação de "recursos naturais virtuais", ou seja, através
da importação de produtos que exigem maiores quantidades de recursos naturais
(principalmente, terra arável e água) na sua produção.
No caso das carnes, isto já está acontecendo como
demonstrado no Gráfico II, onde podemos constatar que os Países em Desenvolvimento
que respondiam por 15,4% das importações mundiais de todas as carnes, hoje
respondem por 55,4% das importações mundiais.
Gráfico II
No Brasil, mui infelizmente, ainda vigora a cultura do "eu
acho", "eu estou certo que", "estou convencido" e
outras afirmações do empirismo. Ainda não faz parte dos valores coletivos
de nossa cultura empresarial a orientação pelos "fatos e dados",
preconizados pelo mestre Falconi e presente no processo decisório de
muitas empresas brasileiras de ação global.
Se eu perguntar a uma platéia como estaria a
orientação das exportações mundiais de todas as carnes, a visão ufanista
afirmaria que seguiram o mesmo caminho das importações, e que hoje aquelas
estão lideradas pelo Brasil.
O gráfico III apresenta dados que seguramente surpreenderiam a grande maioria. As exportações mundiais seguem sendo dominadas pelos Países Desenvolvidos. E alerto aos leitores que os dados de 2009 e 2010 devem ser considerados com uma necessária reserva. Ao contrário daqueles de 1965 a 2008, individualizados por países, estes mais recentes traduzem os 30 principais países e estimam os dados dos demais. Eu confesso que ficarei gratamente surpreso se os dados 2009/10 se confirmarem, mas temo que a prevalência dos países desenvolvidos nas exportações mundiais siga em patamares superiores a 60% do total.
O gráfico III apresenta dados que seguramente surpreenderiam a grande maioria. As exportações mundiais seguem sendo dominadas pelos Países Desenvolvidos. E alerto aos leitores que os dados de 2009 e 2010 devem ser considerados com uma necessária reserva. Ao contrário daqueles de 1965 a 2008, individualizados por países, estes mais recentes traduzem os 30 principais países e estimam os dados dos demais. Eu confesso que ficarei gratamente surpreso se os dados 2009/10 se confirmarem, mas temo que a prevalência dos países desenvolvidos nas exportações mundiais siga em patamares superiores a 60% do total.
Gráfico III
Essa continuidade da prevalência dos países
desenvolvidos nas exportações mundiais de carnes deve-se a uma política de
generosos subsídios e protecionismo. O dado mais recente disponível sobre as
exportações por países data de 2008 e no Gráfico IV apresentamos os dez
principais exportadores mundiais naquele ano. Verifiquem que o único país em
desenvolvimento que figura desta lista é o Brasil, um estranho no ninho.
Gráfico IV
Ninguém gosta de estranhos no ninho e se busca
sempre extirpar quistos. Países europeus e norte-americanos sofreram episódios
de BSE, Febre aftosa, HPAI, anaplasmosis Bovina, bluetongue, etc e suas
exportações suspensas por períodos mínimos. Se os episódios tivessem ocorrido
no Brasil indago se ditas suspensões teriam tido o mesmo tipo de tratamento. A
pergunta é naturalmente retórica, pois sabemos bem qual é a realidade de dois
pesos e duas medidas quando se trata de avaliar situações sanitárias em países desenvolvidos
e em desenvolvimento.
É perfeitamente lícito falar de obstáculos
pseudo-sanitários como forma de protecionismo comercial. Dos 10 países que
lideram as exportações mundiais, 2 são membros do NAFTA, 7 da União Européia e
o Brasil integra o bloco do "eu sozinho", já que o MERCOSUL há muito
se desviou de seu propósito de integrar as economias da Região num bloco para
ser pautado por uma postura de esquerdismo de centro acadêmico. Enquanto isso
os países membros criam obstáculos ao comércio intra-bloco e são habitualmente
os primeiros a suspender as importações dos demais membros quando da ocorrência
de episódios sanitários. Ao invés de caçarem em bando e se defenderem em bando,
o MERCOSUL está se tornando um instrumento de protecionismo, de favorecimento
às importações extra-bloco, quando não da facilitação de maquiagens de origem.
Os Estados Unidos e a União Européia dividem com o
Japão a primazia dos subsídios à agricultura e os dois primeiros à exportação
de seus produtos agrícolas, incluindo nessa postura de suporte o protecionismo
sob as formas as mais diversas e em constante processo de inovação. Estão eles
errados em defender os interesses de suas economias? Eu diria que não, por mais
que condene subsídios à produção agrícola já que geram distorções nocivas e
prejudiciais aos países em desenvolvimento e os condenam a uma perenização de
sua pobreza. Não sou contra subsídios à agricultura, pelo contrário sou
amplamente favorável, sempre e quando esses sejam para garantir a renda do
agricultor, o que se pode fazer sem a promoção de gerar excedentes produtivos
colocados no mercado internacional por meio de subsídios ou de "ajuda
alimentar", esta sempre coincidindo com os excessos produtivos dos países
desenvolvidos e não com os episódios de fome em países pobres.
Quando avaliamos a participação percentual desses
10 países nas exportações mundiais de carnes (Gráfico V e Tabela II),
verificamos que os sete países da União Européia dominavam as vendas no mercado
internacional de carnes até 1995, quando então surge uma potência exportadora,
os Estados Unidos, a qual se soma outra em 2005, o Brasil. Somadas essas duas
novas potências alcançam 31,1% das exportações mundiais em 2005, percentual que
sobe para 34,3% em 2008 e que, segundo dados estimados pela FAO9, teria
alcançados 49,1% em 2010.
Gráfico V
Tabela II
Ao constatarmos essa evolução dos Estados Unidos e
Brasil é de se indagar se os setores decarnes dos dois países não teriam pontos
de convergência a uni-los para além dos óbviospontos de divergência entre dois
competidores internacionais? Onde estariam mais bemdefendidos os interesses do
campo brasileiro? No MERCOSUL onde ao protecionismo dosvizinhos respondem
nossas autoridades com pedidos aos produtores brasileiros para quecompreendam
os interesses maiores implícitos nas constantes concessões? No romantismo
dodiálogo Sul-Sul, belíssimo para poesia de boas intenções e realidade de não
contar com o apoiopara quaisquer das pretensões brasileiras nos organismos
internacionais? Ou na busca de acordos bilaterais com quem compartilhamos a
condição de potência exportadora e onde osempresários brasileiros de carnes
estão presentes como grandes atores?Os interesses presentes no mercado
internacional de carnes e suas preparações não sãopequenos. As importações em
2008 somaram mais de US$ 100 bilhões (US$ 103.059.546.000)e movimentaram mais
de 35 milhões de toneladas (35.398.081 tm). As carnes de aves e suaspreparações
dominam os volumes (cf. Gráfico VII), mas em valores as carnes bovinas e
suaspreparações respondem por 31,7% (valor de US$ 32,7 bilhões de dólares), sendo
superadapelas importações de carnes suínas e suas preparações.
Gráfico VI
Gráfico VII
Considerando que esta edição circula na FEICORTE,
detalharemos a carne bovina, onde o Brasilocupa a liderança das exportações
mundiais. Na Tabela III encontra-se como foi compostoesse comércio de carnes
bovinas e suas preparações em 2008.
Tabela II
Nas exportações totais de todas as carnes bovinas e suas preparações, o
Brasil liderou em2008, seja em quantidade quanto em valores (cf. Gráficos VIII
e IX ).
Gráfico VIII
Gráfico IX
Sob o risco de cansar aos leitores com excesso de
dados, creio que é indispensável mostrar não somente a situação dos 12
principais países em 2008, mas sua evolução ao longo dos anos.
As Tabelas IV e V traduzem respectivamente a
evolução dessas exportações em valores equantidade, com o domínio brasileiro
nos anos de 2005 e 2008. Em volume somos os maioresexportadores desde 2004 e em
valores essa conquista é mais recente, datando de 2006quando superamos a
Austrália que até então detinha a primazia.
Tabela IV
Tabela V
Na Tabela VI, verificamos que em preço médio por
tonelada de carne exportada, o Brasil ocupa 9º lugar nessa lista. Há
explicação, ou como dizia um ex-chefe meu, há sempre explicação. O mix de
produtos exportados difere de um país para outro, assim como o destino dessas
exportações. Além disso, os países da União Européia beneficiam-se das vendas
intracomunitárias que não estão sujeitas aos impostos de entrada pagos por
terceiros países em suas vendas à CEE.
Tabela VI
Os Gráficos X e XI apresentam o crescimento
percentual das exportações de 11 desses 12principais países exportadores.
Eliminamos a Índia na medida em que suas exportações em1965 eram ínfimas, o que
destorceria a apreciação dos gráficos. Os três principais países poreste
critério - Alemanha, USA e Brasil - guardam suas posições, tanto no crescimento
do valorquanto do volume de suas exportações (cf. Gráficos X e XI).
Gráfico X
Gráfico XI
A partir de 2004 o Brasil constrói uma liderança
nas exportações de carnes bovinas, situação que se confirma se considerarmos os
dados preliminares divulgados pelo Food Outlook de novembro de 2010 da FAO (cf.
Tabela VII). Todos os prognósticos futuros elaborados pelasmais distintas
fontes - MAPA, OCDE-FAO, USDA - coincidem na previsão de que essa liderança
estaria confirmadas pelo menos até 2019. Quem atua nesse campo de mercado
internacional de proteínas animais endossa com facilidade essas previsões. Além
disso, empresas brasileiras do segmento bovino estão hoje presentes com
operações locais em inúmeros países do mundo, criando, abatendo, transformando
e comercializando gado e carnes bovinas. Muitas das exportações de terceiros
países são fruto desta atuação e em muitos casos transformaram positivamente as
perspectivas da pecuária em alguns desses países. O segmento bovino enfrenta
inúmeros desafios futuros. Alguns deles foram brevemente abordados neste
artigo, como o aspecto de que a demanda futura por carnes e a preferência por
espécies será condicionada pela carência e má distribuição dos recursos
naturais no fundo, mormente terra arável e água. As espécies mais eficientes
prevalecerão. Isso não significa que a demanda por carne bovina desaparecerá.
Entretanto, é inevitável que acarne bovina se torne progressivamente mais cara,
fazendo com que os cortes selecionados se tornem artigos de luxo e acessíveis
somente aos segmentos de maior renda, que hoje representam < 15% da
população mundial. Os produtos transformados de carne bovina estarão cada vez
mais presentes na mesa do consumidor mundial. A geografia da produção também
mudará fazendo com que países de escassos ou limitados recursos naturais
busquem suplementar com importações parcelas da expansão do consumo de suas
populações, inevitável na medida em que a renda de suas populações aumente.
Nesse cenário um país como o Brasil, onde o trinômio terra, água e fotossíntese
está presente tem tudo para manter por décadas uma posição de liderança em
produção e exportação decarnes bovinas. Ainda que o berço seja esplêndido não
oferece ele segurança de sono tranqüilo e nem garantia de sucesso. O setor de
bovinos será obrigado a se re-inventar e a se questionar - até quando poderemos
seguir convivendo com uma cabeça por hectare quando a terra, recurso finito, se
tornará progressivamente mais cara? Até quando se conviverá sem o conceito de
produtividade de água numa espécie que é a campeã no uso do mais escasso de
todos os recursos? Até quando prevalecerá 48 meses para se ter um animal pronto
quando muitos o produzem em menos da metade desse tempo? Até quando prevalecerá
a postura individual, obloco do eu sozinho, num mercado que é global, sujeito a
valores e pressões globais? Convido-os a que dediquem uns poucos dias a
refletir e a partilhar idéias sobre o futuro do segmento bovino.
Tabela VII
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