quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Governo federal promove encontros internacionais para esclarecer caso não clássico da doença da vaca louca


Objetivo é conceder todas as informações necessárias sobre o caso aos mercados importadores de carne bovina e evitar mais embargos
Após o Egito e a Arábia Saudita anunciarem a interrupção das importações de carne bovina brasileira em função da divulgação de um caso não clássico da doença da vaca louca no Paraná, o governo federal deve aumentar os esforços para evitar mais embargos. O objetivo é esclarecer a situação aos países importadores e destacar que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve a classificação do Brasil como país de risco insignificante para a proteína que causa a doença da vaca louca.


 
- Estamos fazendo todos os esforços para demonstrar que foi um caso atípico e que não representa risco algum. Alguns países, no entanto, estão tomando medidas preventivas para depois receber as explicações. Nossa preocupação é prover os esclarecimentos necessários para que eles revejam os embargos - explicou o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto.

Entre as medidas adotadas, está o envio de representantes do governo aos principais mercados importadores.
- Desde a semana passada estamos participamos de encontros para dar explicações aos países com os quais o Brasil tem relação de importação. Foram enviados representantes à Paris, na França, e à Genebra, na Suíça, e, no dia 21, haverá uma nova reunião sobre o assunto na capital francesa. Nesse primeiro momento estamos dando explicações em âmbito multilateral, mas, se for necessário, mais a frente faremos encontros bilaterais também.
Além do Egito - que embargou apenas a carne paranaense - e da Arábia Saudita, China, Japão e África do Sul também interromperam as compras de carne do Brasil. Apesar do efeito dominó que o assunto vem causando, o impacto nas exportações ainda deve ser pequeno, já que os principais importadores não interromperam as negociações.
 - Estamos monitorando os 20 principais mercados. A China é o 16º principal, responsável por 1,8% das importações. A Arábia Saudita é o 8º em quantidade e 9º em valor, representando 2,9% do que o Brasil exportou esse ano. Somando os dois, dá 3,7% do total. Os outros países que suspenderam as compras tem ainda menos representatividade. Então os embargos ainda não são muito impactantes. Mesmo assim, é importante estarmos atentos e prestarmos todas as informações para contornar o episódio - afirmou Porto.
CANAL RURAL

http://www.suino.com.br/SanidadeNoticia.aspx?codigoNot=103241

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