quinta-feira, 25 de abril de 2013

Chico Bento vai estudar agronomia na USP

História em quadrinhos pretende retratar o cenário agro no Brasil

Assim como muitos jovens de 18 anos, Chico Bento vai deixar sua terra natal, a Vila Abobrinha, para fazer faculdade em Piracicaba. O curso escolhido é engenharia agronômica na renomada Esalq, a Escola Superior de Agricultura da USP. Essa nova fase do protagonista vai ser contada por Maurício de Sousa na revista em quadrinhos "Chico Bento Moço". O projeto pretende retratar o cenário agro no Brasil, mostrar o dia a dia dos agrônomos, o currículo do curso, a importância das atividades e a necessidade de mais profissionais nesse mercado. O objetivo é atrair jovens para uma futura carreira no ramo.

Tal como o personagem da HQ, muitos estudantes brasileiros optam por esta área. É o caso de Verônica Mendes, de 19 anos. Ela está no 3º semestre de engenharia agronômica da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). "O curso é bem amplo. A agronomia abrange muitas áreas, como exatas, biológicas, humanas e sociais. Creio que é um dos cursos mais complexos que existem", afirma.

Segundo a Esalq, compete ao engenheiro agrônomo produzir, conservar, transformar e colocar o alimento no mercado, cuidando do aproveitamento racional e sustentável dos recursos naturais e renováveis. Além da USP, outras universidades brasileiras oferecem o curso de engenharia agronômica. Os mais bem conceituados do país no Enade 2010 foram, respectivamente, o da UFES, do Espírito Santo; UFSM, de Santa Maria; Unesp, de São Paulo; UEPG, de Ponta Grossa; e UFRGS, do Rio Grande do Sul.

O número de engenheiros agrônomos no Brasil praticamente dobrou nos últimos dez anos. Segundo dados do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), o sistema havia cadastrado quase 40 mil profissionais até 2001. O número atual é de 83040 engenheiros agrônomos.

Atualmente, a sustentabilidade é uma das grandes preocupações do campo de estudo. O primeiro estágio de Verônica foi no projeto "Utilização de Cédulas Trituradas na Produção de Composto Orgânico", financiado pela Fundação Amazônia Paraense de Amparo àPesquisa (Fapespa). "Mais de 13 toneladas de cédulas de real são descartadas e automaticamente trituradas. Essas cédulas eram depositadas nos lixões a céu aberto de Belém. Nós produzimos o composto orgânico com elas e beneficiamos alguns produtores rurais da região nordeste do Pará", conta a estudante.

(Paloma Barreto/ Jornal da Ciência)

Esta matéria está na página 9 do Jornal da Ciência, disponível em PDF desde sexta-feira, dia 19 de abril.

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