segunda-feira, 24 de junho de 2013

Brucelose e Tuberculose: Paraná vai intensificar ações para erradicar doenças animais


O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse durante a 56º reunião extraordinária do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) realizada no dia 20 de junho de 2013, que o Governo vai intensificar as ações voltadas para a erradicação da brucelose e tuberculose em pequenas e médias propriedades rurais no Paraná. O Cedraf é composto por 33 entidades representantes dos governos federal, estadual e municipais e entidades da sociedade civil. 

No encontro, realizado na Emater Paraná, em Curitiba, o secretário disse que esse trabalho deverá também melhorar a qualidade do leite paranaense, ajudando a influenciar no aumento de ganhos ao produtor e consequentemente no melhor aproveitamento do produto junto à indústria.

"Vamos trabalhar em conjunto com a OceparFaepFetaepFiepEmater Paraná, sindicatos rurais, da indústria do leite entre outras entidades ligadas ao setor pecuário, esclarecendo sobre a importância e necessidade de erradicarmos a brucelose e tuberculose dos rebanhos paranaenses", disse Norberto Ortigara, lembrando da obrigatoriedade em se vacinar as bezerras de três a 18 meses de idade. "O ideal é que essa vacinação seja feita até os seis meses de idade, e preferencialmente por técnicos veterinários", explicou o secretário.

Mariza Koloda, médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), órgão do Governo do Estado, explica que tanto a brucelose como a tuberculose são zoonoses contagiosas provocadas por bactérias do gênero brucella. "São enfermidades extremamente graves, de evolução crônica, que causa infertilidade e aborto no final da gestação, afetando principalmente as espécies bovina e bubalina. Esse tipo de doença também pode ser transmitida aos seres humanos", alertou. 

A Adapar tem um programa de controle e erradicação da brucelose e da tuberculose animal em pequenas e médias propriedades rurais. Conforme os dados de 2012, 48% dessas propriedades, e 61% do rebanho paranaense (676.584) de bezerras, já haviam sido vacinadas preventivamente contra essas duas enfermidades. 

"Estamos intensificando essas ações para ampliarmos esse quadro de vacinação no Paraná. Mas para isso precisamos também do entendimento e cooperação dos produtores. Procuramos primeiro orientar, para depois fiscalizar. Mas na realidade essas duas situações andam juntas", afirmou a médica veterinária na palestra feita durante o encontro do Cedraf. 

Além do programa estadual de controle e erradicação da brucelose e tuberculose animal, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) e a Adapar deverão também adotar estratégias coletivas como os encontros regionais com o setor rural no Estado. "Levando esse tipo de palestra nestes encontros para conscientizar ainda mais o nosso produtor. O cuidado que o produtor tiver com o seu rebanho determinará também a qualidade da sua produção", disse o secretário Norberto Ortigara. 

Outro trabalho que a Adapar já realiza desde 2010 é o reconhecimento de propriedades como livres de brucelose e tuberculose. Os procedimentos de certificação de propriedades obedecem aos princípios técnicos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A adesão ao processo de certificação de propriedades como livres ou monitoradas é voluntária, sendo a certificação livre indicada para propriedades de gado leiteiro e a monitorada específica para o gado de corte. 

O saneamento das propriedades em processo de certificação é realizado por meio da eliminação dos animais reagentes confirmados mediante exames periódicos em todo o plantel da propriedade, sendo que o período mínimo entre a adesão da propriedade e o final do saneamento é de 270 dias. 

A atividade de saneamento destas propriedades é realizada por médico veterinário habilitado privado e é monitorada por fiscais de Defesa Agropecuária da Adapar. "Já temos 52 propriedades no Paraná com essa certificação. Podemos e devemos ampliar esse trabalho", diz Mariza Koloda. 

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